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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Alma atleticana

Imagem: Divulgação

Por Sílvio Scalioni

Tenho uma frustração na vida. Diferentemente dos meus dois filhos, não nasci atleticano. E me pergunto: como pude perder quase 20 anos de tanta paixão? Caí nesse mundão pelos idos de 1950, lá em Três Pontas, no Sul de Minas, cidade do nosso Mário Henrique Caixa e considerada a terra do Milton Nascimento, embora, na verdade, ele seja carioca. Ainda no colo, fui levado para Três Corações, que nos deu o Rei Pelé e Vanderlei Monteiro de Paiva, que lá era conhecido como Lêla. Para quem não sabe, Vanderlei foi um dos maiores volantes que o Galo já teve, titular absoluto daquele time que nos brindou com o único título brasileiro que temos, o de 1971, e que – não sei por que razão – não tem o devido reconhecimento por parte dos dirigentes e mesmo por torcedores que o viram jogar. Era o nosso carregador de piano. Uma pena!

Mas acontece que, em Três Corações, naquela época, nem se ouvia falar nos times de BH e a gente tinha de se contentar mesmo era com as transmissões da Rádio Nacional dos jogos dos times do Rio de Janeiro e com os videoteipes das equipes paulistas, mostrados pela extinta TV Tupi. Tinha minhas preferências, não nego, mas sem nenhuma grande paixão. No Rio, parece que eu torcia pelo Flamengo, influenciado pelo meu pai. Mas era doido mesmo era com o Garrincha, e não sofria nem um pouquinho quando ele acabava com o lateral Paulo Henrique ou quando desmoronava toda a zaga rubro-negra, como fez em 1962, quando marcou dois gols na goleada por 3 a 0, dando o bicampeonato ao Botafogo. Em São Paulo, eu via os tapes (hoje vídeos), quase sempre sem saber o resultado. Em um ano torcia para o Palmeiras de Dudu e Ademir da Guia, em outro pela máquina do Santos, de Coutinho e Pelé. Ou até mesmo pelo Corinthians, de Rivelino, o “Menino do Parque”. Não tinha fidelidade nenhuma.

Tudo mudou em 1970, quando, como num sonho, me vi em Belo Horizonte. Cheguei num sábado de manhã e, no domingo à tarde, já estava no Mineirão – acreditem – vendo o Galo, de Vanderlei, jogar. Foi amor à primeira vista, assim como ocorreu com meus dois irmãos, Silas e Nei Scalioni. Nos tornamos atleticanos de corpo e alma. Descobrimos o que é amar de verdade um time de futebol!

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

De vez em quando, Jaeci Carvalho, com quem trabalhei no Estado de Minas, e Homero Gotardello, conhecidos jornalistas flamenguistas, curtem com a minha cara. Dizem que ninguém muda de time. Deus do céu! Se algum dia eu torci para aquele time, eu mudei sim. EU SOU ATLETICANO! Eu amo esse time! Se o Flamengo tem muito mais título do que a gente, se tem a maior torcida do Brasil, se é protegido da CBF e muitas coisas mais, não estou nem aí (para não dizer nome feio). EU SOU ATLETICANO. E sei como ninguém o que isso significa. Significa sofrimento, tensão, dúvidas, mas, principalmente, muito amor e esperança. Costumo dizer que ninguém sabe o que é ser atleticano. Nós sofremos mais do que qualquer outro torcedor, mas nunca abandonamos o barco. Estamos sempre prontos para a batalha.

Maior exemplo do que este 2017 não existe. Tínhamos tudo para ganhar, no mínimo, três dos cinco títulos que disputamos. Ficamos apenas com o Mineiro. Nada deu certo, por motivos que dariam um outro comentário, e chegamos ao fim do ano nos arrastando em busca de, pelo menos, uma vaga na Libertadores. Podemos até não merecer, mas não é o que temos? Que seja então. E a corrente está formada: que venham esse Corinthians hoje e o Grêmio, domingo próximo. Vamos, como gostamos de dizer, meter ferro neles. Temos o melhor time do mundo! Alguém duvida disso? Perguntem a um tal de Eduardo de Ávila, se ele, assim como eu, acredita? Eu não nasci atleticano. Minha alma, sim, já era atleticana. E foi o que me tornei. E que assim seja até o fim dos meus dias. GALOOOO!!!!

13 thoughts to “Alma atleticana”

  1. Flamerda não tem mais títulos que a gente.

    Galo tem uma Libertadores legítima.
    Flamerda tem nenhuma.
    Como diz o Fred Melo Paiva, Flamerda é um Bangu sul-americano.

  2. Concordo com o Ricardo Madeira.Parece que quem está precisando da vitória é o corintias.o time do Galo realmente não tem garra,alma e gana de vencer.o time da 2ª divisão jogava com muito mais raça.agora,se renovarem com robinho,elias,valdívia,leonardo silva(pelo amor de Deus,ele tem 38 anos!) e mantendo este treinador que acha o Yago com condições de ser titular e deixa o meio de campo aberto com está hoje,o ano que vem será igual ou pior do que este.é só analisar a atuação destes jogadores agora.sinceramente dá vergonha ver o robinho atuar vestindo a camisa do Galo.o fato de ser Atleticano não quer dizer que tenho de concordar com o que está acontecendo.

  3. Oi Sílvio e Amigos, bom dia!
    Avise ao Eduardo que continuamos na corrente de orações para a sua breve recuperação.
    Outro jogador que tivemos e que incorporava a GARRA Atleticana em campo era o ÂNGELO. Típico atleta que não jogava para a Torcida e sim para o Time. Como seria bom se hoje tivéssemos uns três Vanderleis e uns três Ângelos em campo… as coisas seriam bem diferentes.
    Quanto ao jogo de hoje, pouco me importa se vamos buscar algum G; eu quero é a vitória a qualquer custo. É para colocar água no chopp dos gambás e vingar a derrota que tivemos em casa.
    Eh Galo, hoje é o dia de colocar em prática o lema: “QUANDO TÁ VALENDO, TÁ VALENDO”.
    Vamos subir, GAAALOOO!

  4. bom dia Eduardo e massa.bom dia silvio,melhoras Eduardo,no hino do maior de minas tem uma frase vencer,vencer,vencer este este nosso ideal,se sonharmos com g7,g8,temos que vencer o time da tv e cbf,o problema e jogar contra 12,reage galooooooooooooooo,vai galoooooooooooooooooo.

  5. Bom Dia.acompanho o Galo desde 1964 e este é,para mim, o melhor time do Galo até hoje.e comecei a ver o Galo perdendo para o Botafogo por 5×4 no Horto,onde moro até hoje,e o Mané Garrincha acabou com o Galo.o Vanderlei era o “carregador de piano”.nesta foto só está faltando o melhor lateral esquerdo,Hector Cincunegui,o jogador mais raçudo que já vi no time.e hoje vamos ganhar do corintias e sacramentar a vaga para a liberta/2018.

  6. Bom dia amigos. Nada contra o atual treinador O.O., mas mantê-lo no cargo pode ser um novo erro da atual diretoria, que ainda não entendeu que a torcida quer um técnico comandante, um técnico capaz de fazer o time jogar com raça, um time que dispute cada bola com fome de vencer. Infelizmente o O.O. não tem este perfil profissional e vai levando na base da conversa, do apelo, tomara que eu esteja enganado, mas acho que com ele não vamos a lugar algum.

  7. Bom dia, Silvio Scallione , transmita meu s votos de recuperação ao nosso guru blogueiro.
    Sou do interior, como voce e posso afirmar ,sem medo de errar que sua história se assemelha com milhares de mineiros, “vítimas” de um bombardeio, via rádio e tv de times do eixo , cariocas e paulistas. Esta verdadeira avalanche , esta overdose de notícias , até de treinos dos mesmos , é lógico nos fez escolher preferencias , eu (argh!) nutria simpatia pelo flamerda , Deus me perdoará por este desvio de conduta; porém, antes da década de 80, naquela roubalheira monumental, eu já era torcedor atleticano, meu irmão não teve tanta sorte, bandeou para as bandas marianas.
    A roubalheira orquestrada em conluio desta rede de tv com a madrasta gestora cbf , onde, na cara dura e mão grande nos tiraram dois títulos de expressão para outorgar de mão beijada para os mulambos , perdura até hoje . Nossa torcida foi forjada na luta dentro de campo e nunca, nunca, em tempo algum, nos submetemos a estes duas imorais entidades corruptas.
    Sou atleticano e serei atleticano até morrer, graças a Deus
    Sobre 2017, concordo e assino o que voce resenhou, dois passos para trás , na nossa caminhada.
    A mídia se esforça em blindar este péssimo e despreparado presidente , que a torcida conta os dias para sua saída, oxalá definitiva e a confiança em dias melhores, ressurge , mudanças drásticas e radicais terão que ocorrer.
    Desculpe o azedume, bom domingo.

  8. Bom dia massa. Nada melhor do que uma vitória hoje colocando água no chope dos Gambás, e de quebra se aproximar da vaga da liberta. Ao contrário de alguns amigos aqui, quero a vaga sim, porque se ela vier, com certeza virão os investimentos que precisamos para montar um time melhor em 2018. Sinceramente já não vejo a hora do rapa levar um bando de pernas de pau lá da cidade do Galo, e pior é que com o fim dos empréstimos tá chegando mais. Vai ser duro livrar destes caras ai, o negócio vai ser trocar 2 por 1. Arrumem as malas Fred, Elias, Marrone, Valdivia, Felipe Santana, Carlos Cesar, Leo Silva, Erazo, Yuri, Ralf, Roger Bernardo, Clayton, Pablo,Carlos… Ufa não vai acabar?

  9. Bom dia caros amigos, rápida recuperação para nosso nobre Eduardo. Caro scalione como diz o poeta…o amor não tem hora pra chegar… Que o Galo possa fazer um bom jogo onde todas as peças funcionem, pra não ser muito exigente se oito jogarem bem, dá pra ganhar, confesso que é meio indigesto pra mim torcer para Flamengo e aumentar nossas chances de libertadores, mas o que não se faz por amor? Se necessário for até para as garças eu torço em pro do nosso time, que tudo dê certo no final.

  10. Bom dia MASSA! Bom dia blogueiro! Abraço e melhoras, Eduardo! Bem, caro Scalioni, não há ninguém mais Atleticano que o outro. Não importa a forma como se tornou, o impossível é deixar de ser. Tenho até certa inveja de quem igual a ti tem uma data certa para se lembrar como a felicidade chegou. No meu caso, a minha família paterna é toda de Atleticanos e nem me lembro quando torci ou comemorei um gol pela primeira vez. Deve ter sido do Reinaldo, haja vista que nasci em 1975. O mais importante é que essa pluralidade nos une e, ao contrário de outros, não nos separa. Essa alegria de ser, a forma como nos sentimos em relação ao Galo, nos torna diferentes e jamais compreendidos por outros… Você foi muito feliz na sua postagem. Em tempos difíceis, onde o time não vem honrando nossa identidade e nos deixando meio desanimados, é importante lembrar que o Galo está acima. Muito além… Vamos lá hoje
    desbancar os gambás pra não precisar de maria. ?

  11. Concordo: Vanderlei Paiva foi um maiores volantes da história do CAM e dos que vi jogar. Marcação, desarme, saída de bola e chute a gol de alta qualidade. Um injustiçado pela crítica e pela torcida.

  12. Bom dia, Sílvio Scalioni e atleticanos!
    Rápida recuperação, blogueiro Eduardo, para retorno às atividades!
    Sucesso no jogo de hoje, Galo!!!

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