
Como previa, fui lá ontem matar saudades, tanto do inesquecível Mineirão quanto e principalmente do Ronaldinho Gaúcho e seus coadjuvantes na festa dos 60 anos do Gigante da Pampulha. E o jogo festivo teve o nome de “Desafio de Gigantes”, já que do outro lado estava Alex e outros ex-jogadores do rival mineiro que marcaram época vestindo a camisa azulada. Foi maravilhoso, digo isso não pela vitória dos ex-Atleticanos, mas por tudo e pelo todo que pudemos acompanhar, apesar de alguns contratempos. As duas torcidas, evidentemente que a nossa em maior número e muito mais animada, sugerem um repensar sobre jogos com ambas nas arquibancadas, independente do mando de campo. O governo do Estado de Minas Gerais, deveria ser efetivo nesse caso e não escorregar (inércia), como sugeriu recentemente o vice em entrevista sinalizando que os clubes deveriam arcar com a despesa do uso da força policial nos eventos esportivos. Sem polemizar, isso é lavar as mãos e omissão.
Foi uma tarde chuvosa e fria, mas com o coração quente das duas torcidas presentes no evento. E Tardelli roubou a cena, marcando os três gols do Galo na vitória por 3 a 2. Os dois lados fizeram festa aos seus ídolos. Aqui falamos do nosso, que reviu vários campeões da Libertadores e da Copa Brasil (2013 e 2014) no gramado. R10, com seus 45 anos, mostrou sua genialidade. Um passe ao seu melhor estilo, olhar para um lado e rolar a bola para o outro, deixou atacante na cara do goleiro que fez milagre e não deixou o primeiro tempo terminar de quatro. No segundo tempo passou pela defesa inteira do adversário, sofreu penalidade, mas o árbitro (fraco desde os tempos que mediava jogos profissionais) enxergou uma falta do bruxo. Talvez por ser jogo festivo, buscando um melhor equilíbrio no resultado do campo de jogo. Por falar no árbitro, o preparo físico dele estava aquém da velha guarda em campo.
Voltei para casa satisfeito por rever Eduardo e Lee, goleiros, o primeiro (genro de Osmar Guarnelli) autor de gol inesquecível em cima do Juventude. Gol de goleiro! Vi ainda o time inicial com Lima, Leo Silva, Caçapa e Richarlison; Pierre, Donizete, Dátolo e Ronaldinho; Rafael Moura e Tardelli. Ainda, além do goleiro Lee, os ex-jogadores Alcir, Neguete, Paulo Roberto Prestes, Rosinei, Danilinho, Luan, Reinaldinho Rosa, Sérgio Araújo, Somália e João Henrique. Confesso, sem ironia, Leo Silva e Tardelli, pelo que estamos vendo do time atual teriam lugar entre os titulares. E mais: R10, Luan e os volantes Pierre e Donizete, pelo menos em um tempo de jogo seriam muito produtivos. Tem um misto de saudosismo sim, misturado com a indolência percebida em campo e a falta de cabeças de área que preserve o sistema defensivo. E Tardelli fazendo três, comparo sim com Rony perdendo três ou mais por partida. Inevitável.

Fui, vi, gostei e voltei para casa feliz com a memória de tudo que cada qual deles nos fez viver e agora revivendo. R10, dispensa considerações; Leo Silva, autor do gol nos minutos finais contra o Olimpia e tantos outros, formando as torres gêmeas com Rever; os dois volantes insuperáveis, Pierre e Donizete; Dátolo, que brilhou na conquista da Copa Brasil de 2014; Tardelli, continua liso e – sério – joga mais que gente que ganha um e tal por mês; Luan, guerreiro e ontem aplicou um chapéu que levou a Massa ao delírio. E todos que entraram em campo com o apoio do Atleticano. Em meio a esse devaneio pessoal, inevitavelmente, me comparando antes e depois de assinar este espaço (já por quase dez anos). Incrível, o tempo e essa condição obrigam a ser mais sensato. Insisto por não ser, mas o fato de redigir diariamente vai moldando e sugerindo (tentar) ser mais equilibrado. Reafirmo, prefiro a condição de Torcedor do Galo a ter de tentar buscar imparcialidade.
Digo isso, pois foi hilário assistir ao jogo tendo nas proximidades uma web rádio transmitindo para o torcedor, sem a leitura do jogo. No início era Galo versus o time BBBzero (dito pelo profissional com o nome próprio como o nosso Atlético). Então era Atlético e o tal nome impróprio para Atleticanos. Quando Tardelli marcou o segundo, a partida passou a ser entre amigos do Ronaldinho e amigos do Alex. Momentos antes do lance do terceiro gol do artilheiro, discorria sobre o fato de o time Atleticano ter melhor entrosamento pois vários jogadores atuaram juntos no passado e serem – discutível isso – mais novos. Em seguida a matemática era outra. Quantos títulos tinham em campo os ex-jogadores de cada lado. E assim foi ficando hilário, até que no segundo gol adversário, o time dos amigos voltou a ser chamado pelo nome original. Afinal, parecia que o empate e até uma virada sinalizava ser possível. Que nada! Os cabeças brancas Atleticanos que entraram nas vagas dos principais ídolos do passado, seguraram a vitória construída já no primeiro tempo.
Foi uma tarde legal, apesar – como disse – de alguns constrangimentos e imprevistos. O site de estacionamento, na parte da manhã, não estava disponível para o evento. Depois entrou e tive de fazer a reserva já na fila de acesso. Lá dentro, uma moto, acintosamente ocupando duas das melhores vagas do local. Talvez de algum prestador de serviço desavisado, pois foi só fotografar a situação que ela foi retirada. Diga-se, a empresa que explora o estacionamento no Mineirão e cobra 60 reais é a mesma que na Arena do Galo achaca por 100 reais cada veículo. Tive a iniciativa de levar uma pessoa amiga, tentamos comprar o ingresso e sem sucesso nos dirigimos para o Mineirão na espera daquele “Quer ajuda” colaborar. Os três abordados sabiam menos que os dois velhotes e, de uber, a pessoa voltou para casa. Apenas 20 mil ingressos com as duas torcidas atrás dos gols e na parte inferior. Uma pena! Gente de fora e as arquibancadas superiores vazias. Por fim, na área de imprensa, o banheiro estava trancado antes do início do jogo, já no intervalo – alguém deve ter percebido a gafe – liberado às bexigas inchadas de jornalistas. Apesar de tudo, valeu à pena, pois rever tantos ídolos e vencer um amistoso festivo é gostoso. Ainda que o resultado fosse diferente, seria válido.
*fotos: do blogueiro pelo celular

Sou fã e, dos esportes americanos, acompanho a NBA e a NFL, como já disse aqui ontem. E algumas coisas deles me encantam e, ao mesmo tempo, frustram, por não termos condições de absorver:
1) o nível de organização – se você quiser comprar um ingresso hoje para um jogo que acontecerá daqui 5 anos, você consegue e não corre nenhum risco de mudarem a tabela ou de ter alguém sentado no seu lugar se você chegar atrasado;
2) o respeito e o culto dos caras com os ídolos – Magic Jhonson parou de jogar num domingo e na segunda-feira foi alçado ao cargo de Vice-presidente de Operações dos Lakers, franquia que foi vendida em 2024 por U$ 9 bilhões, com um salário “simbólico “ de U$ 1 milhão por mês. Penso, o que não tem a menor importância, que o conhecimento dele para administrar algo daquele tamanho era zero, mas ele ficou lá só por ser quem era.l e por tudo que representava para a organização. Existem outros exemplos, mas é melhor deixar pra lá, uma vez que por aqui nós cagamos nós nossos ídolos apenas pra reforçar os nossos egos de ter liberdade de dizer o que pensamos;
3) a intolerância dos caras com simulações de faltas, simulações de contusões e outras farsas tão comuns no futebol deveria se objeto de exemplo para o mundo;
4) o respeito com o torcedor adversário na quadra é absurdo. Ninguém agride ninguém que esteja com o uniforme do outro time. Se alguém fizer isso é cadeia, multa e suspensão de retornar ao ginásio por até um ano.
Pra finalizar: Falar de volta de jogos com duas torcidas nessa selva chamada Belo Horizonte, com a quantidade de bandidos disfarçados de torcedores, com a certeza da impunidade, chega a ser piada! É o que penso, o que não tem a menor importância.
Continuando…
Quanto a questão de torcidas presentes no estádio, creio só ser possível se os jogos forem disputados no Mineirão, pois as meninas nervosas , já depredaram a arena MRV.
Abraço
Sim. Claro, lá no estádio do Estado, pagando aluguel.
Aí Domingos,
Por falar em carraspana…kkkk
Que em nada tem relação ao comentário, mas sim para quem é inadimplente.
Bom dia Eduardo.
No jogo contra o Bolívar, o Léo Silva estava tirando fotos e autografando camisas, junto aos torcedores.
Eu não resisti e de cara falei com ele de julho de 2013 ,e ele, visivelmente emocionado, respondeu que sempre passa um flash na sua cabeça sobre aquele dia.
Ainda provoque, dizendo que dava pra ele entrar hoje, lá prós 20 minutos do segundo tempo e já que não temos cabeceadores, ir lá dar uma de atacante.
Ele sorriu e olhou para o gramado.
Um sujeito educado e sério,
Quanto ao Caçapa, me lembro de uma entrevista dele, dizendo que iria jogar na bicharada do brasil, a pedido do seu filho crucruzete.
Poisé…
Vi pela TV, porque não pude ir. Nada a acrescentar ao que pensam os amiGalos. Só alegria por rever tantos craques dando show de bola. Que sirvam de exemplo e, quem sabe, estímulo para os milionários do elenco atual, se é que assistiram o espetáculo.
Ainda sobre possivel relação piso sintético-piso clorofila-contusão, de registrar o aparte do amigo JOSÉ ROBERTO, ontem, em nota que incluiu lesão ocorrida com o próprio JR e que somou detalhes ao tema que tanto tem promovido baixas no onze alvinegro .
Bom dia xará e amigalos. Assisti o jogo pela TV. Como é bom assistir a craques da bola como o Bruxo, Tardelli e tantos outros. Aliás pelo que vi ontem não só o Bruxo mas Tardelli, He Man Rafael Moura, Leo Silva, Caçapa, Leandro Donizetti e Pierre estão jogando muito mais dos que vários bagres do atual “elenco” do GALO que disputam a vaga na Série A 2026. Bom jogo o de ontem.
Bom dia amigalos,como é bom ver um craque de verdade jogar,o Tardelli ontem mostrou ao cabeça de bagre do Rony como se faz gol,como se posicionar,como tocar a bola,tabelar,foi uma verdadeira aula de futebol,da raiva pensar como um bagre desse quilate ganha mais de um milhão por mês,Leo Silva, Caçapa, Pierre,Datolo jogariam ao menos um tempo nesse Time do Galo,o Tardelli seria titular absoluto e nessa altura do campeonato seria mais útil que o Hulk
ÁVILA,
Bom dia!!!
Assisti pelo YouTube os melhores momentos da partida e pude perceber do quanto Tardelli está “liso”, como você bem observou…
Sobre o lance do R10 que você descreveu deu para perceber bem que este fez falta em Egídio e não foi pênalti como realmente pareceu ser, mas definitivamente não foi, uma pena…
Outro lance interessante foi ver um quase gol de Pierre em bom chute de fora da área, o que seria extraordinário se fosse gol. Aliás, ao ver Pierre e Leandro Donizete em dupla no jogo percebemos do quanto nosso Elenco está carente de peças, principalmente na zaga, na volância, na meia e no ataque, ou seja, no Time todo…
Basta ver a dor de cabeças que Sampaoli está tendo para formar o Time pra quarta contra o BBBZeiro…
E concordo muito contigo: Leonardo Silva tranquilamente jogaria ao menos um tempo na quarta próxima, basta ver a zaga que está sendo ventilada para entrar em campo no Clássico…
Misericórdia!!!
Bom dia Ávila. Bom dia a todos. Cacapa atleticano? Sei! Amigo do Ronaldinho? Pode ser! Daqui a pouco contratam o Tardelli, para se juntar ao Eder, Leo Silva e Vitor na gestão do futebol do Galo. Minha amargurada opinião, o que por óbvio é só mais uma asneira, que pela amizade com o blogueiro não vai para a lixeira! Sem ofensas GB, Toninho de Juiz de Fora! Irreverencia e zoação fazem parte do futebol. Ou não?? Um dia de paz e luz para nois tudo.
Amaríssimo, DOMINGOS SÁVIO!!!
A carraspana do GB me fez lembrar daquela entrada do COELHO (LD) no “Foquinha Azul”, na gengiva, em lance que poderia passar para a História do Futebol como “A Carraspana”…
Aliás, lembrando do Coelho lembrei-me do MÁRCIO GUGU e de suas “carraspanas” dele no campo de jogo que deixaram saudades…
E olha que, em matérias de “carraspanas em campo”, você não ficava devendo nada para o MÁRCIO GUGU…
Então esquece a carraspana do GB que não vai pagar pelas suas carraspanas em campo que tinham peso de enxada, no “cada enxadada uma minhoca”…
Kkkkkkkkkkkkkkk
Ernest você tem razão, melhor esquecer pois como dizia Padre Torga raiva, ressentimento é um veneno que a gente bebe, pensando que o outro vai morrer. Então, vamos em frente! Deletei o assunto carraspana. Segue o jogo!…kkkkk
Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
Bela festa a de ontem no Mineirão! Saudade não tem idade. Pelo que vi ontem, apesar das idades, Leonardo Silva, Caçapa e Tardeli, deram uma aula de como se joga futebol. Seriam titulares, fácil, fácil no time atual do gol. Será que os jogadores atuais do plantel do galo foram assistir ao jogo e aprenderam alguma coisa?
Hoje e sempre, galo!!!