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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

A base na marra como no passado

Tenho boas recordações da base, especialmente em dois momentos da nossa história, sendo que no primeiro deles só não ganhamos títulos nacionais por ações inescrupulosas da organização. Leia-se cbf/tv e interesses político/econômico da ocasião. Não vou entrar nessa celeuma hoje, até porque quem tiver interesse em entender, sugiro procurar num sebo o livro “O campeão de audiência”, assinado por Walter Clark. Vale à pena!

Em meados dos anos 70, ainda jovem estudante secundarista e de olho no vestibular, me mudei para Belo Horizonte. Ansioso por deixar minha pequenina Araxá – na ocasião em torno de 30 mil habitantes, hoje passa de 110 mil moradores -, em busca de desafios pessoais e profissionais. Já trazia no peito essa marca de Atleticanidade, num momento que o time amargava a perda temporária da hegemonia do futebol mineiro.

Como meu primeiro ano foi em 1974, amaguei essa e a temporada seguinte, com a segunda colocação. Aí veio 1976, vencemos e seríamos ainda no ano seguinte, não fosse um tal Maurílio na bandeira daquela partida. Anulou, pressionado pelo banco adversário, o gol do título. Seguimos e veio o hexa, se não fosse aquela bandeirada do sujeito, seria octacampeonato. Nessa ocasião, período que fomos vice nacionais duas vezes e deixamos de avançar na Libertadores, sabe se muito bem as razões disso. Pergunte ao stjd e Arnaldo, 1977; Carlos Rosa Martins e Aragão, sobre 1980; e Wright, em 81, na maior vergonha do futebol mundial de todos os tempos.

Pois bem, nessa ocasião, tivemos o privilégio de torcer por um time quase todo da base Atleticana. Dirigido por Barbatana e Procópio, ambos mineiros e conhecedores do nosso futebol, muito eventualmente por alguns figurões que não se adaptaram, o Galo brilhava em campo e era parado no “apito amigo”. Na formação daquele elenco, era comum, ver o time com oito ou até nove jogadores formados na Vila Olímpica. Não existia a Cidade do Galo. Posteriormente, naquele triste ano do rebaixamento (2005), começamos a temporada – sob o comando do Tite – cheio de medalhões e bois cansados. Terminamos rebaixados, afogados – ele já um ex-treinador e a Massa – lançando garotos quando mudamos o treinador como Rafael Miranda, Tchô, Eder Luiz e outros que nos tiraram da única temporada na série B, no ano seguinte e sob o comando do Levir.

Ontem, ao final da noite, antes de me recolher fui ver um interessante vídeo do amiGalo Breno Galante. Ele, que é um dos setoristas mais atentos ao que se passa no Galo, adiantava que podemos ter três garotos na partida da próxima terça-feira. E deu uma palhinha sobre cada deles. Gostei. Vamos! Rômulo, o bom zagueiro, atuando pelo lado esquerdo, que vai dar mais liberdade de atacar ao Scarpa naquele setor do campo. O zagueiro, de apenas 20 anos, jogou apenas em três ocasiões. Fluminense (BR) e Sport (CB), ambas entrando no intervalo, e nos minutos finais frente ao Caracas pela Libertadores. Nas divisões de base, marcava gols, esse da foto foi frente ao Bologna da Itália em 2019.

Outro que ele defendeu foi Alísson, que vem sendo mais utilizado pelo Milito, embora tenha tido chances com Felipão. Já atuou em 23 jogos, sendo sete vezes como titular, mas altera bons e maus momentos. Fez dois gols e deu uma assistência. Finalmente o Cadu, jogador que muito agrada também ao blogueiro, que já participou de dez jogos e duas dessas vezes como titular. Fez gol e deu assistência. Ao assistir, imediatamente, enviei mensagem para o Galante em apoio, acrescentando ainda o nome do Paulo Vitor nesse rol de garotos que merecem oportunidade. Ponderou, com toda razão, a volta de contusão e necessidade de entrar gradualmente. Confio na base!

*fotos: Pedro Souza/Atlético

7 thoughts to “A base na marra como no passado”

  1. Bom dia,

    Concordo com ambos, Ávila e Breno.
    Está na hora de jogar um pouco de responsabilidade nos ombros da base, estou colocando minhas fichas principalmente no Cadú.
    Espero apenas que o Milito não decepcione o torcedor colocando o Alan Kardec ao invés do Cadú.
    Outro que gostaria de ver é o Rômulo, poderia perfeitamente vir de titular com o Scarpa mais avançado ou mesmo pela direita.
    Minha escalação seria Everson, Saravia, Fuchs, Rômulo, Bataglia, Zaracho, Igor Gomes, Scarpa, Cadú, Paulinho e Alisson (Palácios). Seria 3-1-3-3
    Teríamos 3 jogadores da base sendo titulares.
    Vamos ver e torcer para ser um bom jogo.

  2. Caro JBHGALO,

    Há alguns anos, o Reinaldo disse que o GALO não aceitava jogadores para testes depois de uma certa idade, porque nos testes, os atletas sabotavam os novatos, para manter a panelinha da turma que já vinha desde o dente de leite.

    Então isso não é nenhuma novidade.

    Cadê o Iseppe?

    Abraço.

    1. Boa Noite,

      Com todo o respeito amigalo Eustáquio, o sub 20 está jogando as competições nacionais, sintonize um jogo deles, assista para depois pedir o Iseppe.
      Perceba pelo torcedor que parou de pedir por ele neste momento, possui talento, mas nitidamente não conseguiria estar no profissional neste momento.

  3. Boa tarde!
    Quando o Galo não tinha dinheiro craques foram revelados da base. Agora eles “nunca estão prontos”. São chamados quando não tem outro jeito. Torço muito pela base do Galo. Espero que os garotos deem conta do recado nesses jogos sem alguns dos medalhões.

  4. Vejo a base como um profissional recém formado. Ele tem de ir entrando no mercado e galgando os degraus na empresa aos poucos. Ninguém vira diretor no segundo mês de empresa ( exceto nessas empresas que o pai e dono e da cargo ao filho). E além disso, precisa ter paciencia c os garotos. Mas pergunto: pq não ir colocando aos poucos nos jogos que são mais fáceis, estadual, jogo c placar favorável. Tudo isso são oportunidades p ir tirando a expectativa dos garotos e dando confiança e alternativas ao elenco.
    É muita burrice achar que vão resolver nosso problema nesse período sem 4 a 6 jogadores. E se resolverem, voltam p banco depois? Calma lá né. Cabeça e bom senso Galo.

  5. Bom dia amigalos, infelizmente nosso Galo querido é uma máquina de torrar dinheiro, contratações equivocadas , inúteis como Alan Kardec, esse cara é o maior custo benefício do mundo, Ednilson,Patric, vários outros que detonaram os cofres do Galo, enquanto isso a base deixada de lado, Diretoria do Galo é completamente cega

  6. Salve Massa e Guru

    Então o tal “Não estão prontos” agora não existe mais não é?
    Claro, agora que o time não tem jogadores em número suficiente, ai chamam a base é isso?
    Novamente os garotos entrando numa gelada e jogados aos leões da torcida corneteira.
    Nosso problema é que ultimamente o Galo só tem contratado técnicos covardes, que ficam escanteando a base, para dar cadeira cativa a jogadores vagabundos e em fins de carreira como os defuntos Edenilson e Patrick, sem falar em mais uns dois ou três do atual elenco.
    E o plantel tem culpa nisso, já que a panelinha corre solta, inclusive em um comentário do próprio Breno ele disse; “Mandar o Everson para a reserva pode não fazer bem ao elenco”.
    Uai, não deveria jogar quem está melhor no momento?
    Digo e repito: nossa base só não está melhor porque não temos um diretor de base à altura do clube.
    Enfim, vamos confiar na garotada! Paciência ai Galera do Galo!!!!

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