Max Pereira
@pretono46871088
@MaxGuaramax2012
Um dos mais importantes e icônicos autores teatrais e dramaturgos de todos os tempos, Samuel Beckett, escreveu uma peça cuja mensagem principal era exatamente essa: “ERRE, ERRE MAIS, ERRE CADA VEZ MELHOR”. O também romancista, crítico e poeta irlandês, um dos fundadores do chamado teatro do absurdo e que faleceu em 1989, entendia que o erro é a ferramenta fundamental da evolução humana e que, além disso, errar é um direito inalienável de todo ser humano. Eu diria que, uma vez tenhamos nascido, o erro passa a ser nossa companhia necessária, inevitável e inseparável para todo o sempre, amém.
É preciso errar para aprender a acertar. É preciso errar para crescer. É preciso errar para saber avançar. No futebol um simples erro de um jogador, de um treinador, de um dirigente ou de um árbitro pode significar a derrota ou a vitória nesta ou naquela partida e, mais, levar à conquista ou à perda de um determinado titulo. Curioso, não? No esporte bretão um erro de alguém pode levar a outro alguém à vitória e até a uma conquista memorável. Um erro pode gerar consequências cruéis para quem errou e para quem dele foi vítima. Pode ser o fim de um ciclo ruim e inicio de outro vitorioso ou o mergulho em uma espiral de terra arrasada e um corte decisivo em uma carreira promissora. Tudo vai depender de como esse erro vai ser trabalhado, utilizado, aproveitado.
Errar é humano, permanecer no erro é burrice. Quem ainda não ouviu essa frase, já velha e surrada, de tanto que é repetida aqui e ali? Ninguém é igual a ninguém. Cada um de nós é um ser único no cosmos e, portanto, nossas velocidades de assimilação do novo, das informações, das tragédias que sacodem nosso cotidiano e, claro, da percepção e da aceitação dos nossos próprios erros, são diferentes.
E, por óbvio, as velocidades de assimilação das ideias de jogo e dos conceitos táticos de um novo treinador variam de jogador para jogador. Não sem razão quem entende minimamente de futebol defende que não se monta time e o faz jogar em alto rendimento da noite para o dia. Demanda tempo. Enquanto isso, os erros nadam de braçada, o que, aliás, é absolutamente normal, embora inaceitável para muita gente, principalmente para muitos galistas apaixonados.
É verdade que a repetição infindável de erros que achamos que já deveriam ou poderiam ter sido corrigidos é bastante irritante. E a intolerância floresce nos canteiros irrigados pela impaciência, pela frustração e, claro, pelo ódio, sentimentos cada vez mais em voga nas sociedades modernas.
É nesse contexto que o trabalho de “El Turco” no Atlético vem sendo analisado por gregos e troianos, atleticanos ou não, e contestado por um numero significativo e crescente de torcedores alvinegros. Discordar do trabalho que está sendo executado, dessa ou daquela declaração, desta ou daquela medida, não gostar de alguma atuação do time do seu coração, de alguma noticia, disso ou daquilo, cobrar, e até vaiar este ou aquele jogador, o treinador e qualquer dirigente são direitos inegociáveis de qualquer torcedor, aqui visto sob o prisma de cidadão.
Durante muito tempo houve quem defendesse que os estádios de futebol eram os espaços mais democráticos que existiam. Era ali, pelo menos, que brancos e negros, pobres e ricos, religiosos e agnósticos, crentes e ateus, patrões e empregados, chefes e subordinados, o doutor e o analfabeto, homens e mulheres, independentemente de sexo, crença, etnia, idade, origem, nível cultural e escolar, orientação sexual, etc., se misturavam e se igualavam na paixão por um time de futebol e faziam uma necessária catarse, ora exorcizando os seus demônios, ora se vingando dos dissabores do dia a dia.
Hoje, a elitização das arenas modernas e a incapacidade catártica do futebol nesses tempos violentos e de negação de nossa humanidade, modificou radicalmente a interação de quem vai aos estados com os times e fez vir à tona um nível de exigência fundamentalmente beligerante e destruidor.
Assim, o como cobrar e o como receber essa cobrança passaram a ser as grandes armas para possibilitar a melhor interação possível e desejável entre os clubes de futebol e sua torcida. Ou seja, para fazer com que cada torcedor possa jogar junto com o seu time do coração e essa parceria ser efetiva e produtiva. É aqui que se verifica um agudo calcanhar de Aquiles histórico na relação entre o Atlético e o seu torcedor.
Dois momentos distintos sob diversos aspectos e muito parecidos porque registraram grandes conquistas para o Glorioso mostraram que, pelo menos nas arquibancadas, ainda é possível time e torcida jogarem juntos. No biênio 2013/2014, o emblemático “Eu Acredito” saiu das arquibancadas e embalou o time. Era uma resposta de fé da Massa, enlevada pela magia do Bruxo e pelos milagres do Santo goleiro. Em 2021, foi a vez do time, comandado por um super-herói, envolver a torcida e faze-la, primeiro acreditar e depois gargalhar com os títulos conquistados.
Mas, jogar junto não se restringe mais apenas ao apoio e à energia emanada das arquibancadas. O futebol moderno cada vez mais exige que o clube, se quiser ser vencedor, também seja eficazmente competitivo no jogo dos bastidores. E, por tabela, que o seu torcedor seja cada vez mais vigilante e participativo, cobrando o que deve ser cobrado.
No artigo “QUEM NÃO SE COMUNICA, SE “TRUMBICA”, publicado nesta última quarta-feira, dia 1 de junho, na minha coluna Preto no Branco no Fala Galo, chamei a atenção para a importância da qualidade da informação, i.e., do como informar e, também, do que fazer com a informação recebida.
Da parte do clube, defendi que se espera da comunicação institucional do Atlético e do próprio Glorioso que, sabendo blindar e blindando o que tem que ser blindado, façam com que a tão sonhada transparência se torne de vez a marca registrada da instituição. E. da parte do torcedor que este cheque, analise, disseque, debata, confronte, contrabalance, uma, duas, três, várias vezes, todas as informações e noticias que receber. E, se necessário, peça mais e mais explicações. Quantas vezes for preciso. Isso é vigiar e cobrar. Isso é jogar junto. Isso é participar. Isso é um direito e um dever.
E mais: se quisermos que dentro de campo o time produza aquilo que todos sonhamos e se cacife de fato a ganhar os títulos que disputa é preciso que aprendamos a jogar com ele também fora das quatro linhas, ou seja, que saibamos cobrar com inteligência e de forma construtiva. Que o clube e a torcida façam tudo isso sem medo de errar. Afinal, errar, errar mais, errar cada vez melhor é um exercício divino que só faz acertar, evoluir, crescer.
Um exemplo recente de erros e acertos, e seus benefícios:
Libertadores 2021
– Galo tira o gigante Boca Juniors da estrada, com aliviantes “acertos” da arbitragem;
– Galo acerta tudo, massacra e também tira o gigante River Plate do caminho;
– Galo massacra e Hulk erra pênalti contra o Palmeiras;
– Galo vencendo bem e Nathan Silva erra e escorrega, classificando o Palmeiras;
– Na decisão, Andreas Pereira erra e escorrega, dando o título ao Palmeiras.
Enfim, o Palmeiras contou com a sorte, nos erros e acertos dos outros, para triunfar.
Que domingo o Galo ACERTE e derrote os porcos, mesmo que com erros destes.
É a nossa vez. Avante Galo!
A propósito, diego costa errou três vezes contra o Galo, só ontem.
Ca..u no prato que comeu.
Espero que nunca mais pronuncie o nome do Clube Atlético Mineiro!
Bom dia Max e amigos do Galo. O que Mohamed fez ou está deixando de fazer, para que a defesa do NOSSO GALO se tornasse tão vulnerável? O que Mohamed fez ou está deixando de fazer, para que a saída de bola e a transição do NOSSO GALO se tornasse tão afobada? Pois é, depois do jogo contra o poderoso Avai, ele, Mohamed, fez o seguinte comentário: “Se não tomássemos o gol seria um jogo perfeito da equipe. Muita intensidade, muita posse bola, muitas finalizações”. Não entendi.
O fato é que depois deste comentário do nosso técnico, fique com a seguinte dúvida: será que assisti ao jogo ERRADO ou não entendo nada de futebol? Mas, apesar desta dúvida, alguma coisa me leva a acreditar, que depois do jogo de domingo tudo vai mudar.
Um dia vai chegar uma proposta irrecusável pela SAF Atleticana, isso é um fato real e uma questão de tempo, pode até demorar um pouco mas vai chegar… a pergunta é como “os donos” do nosso CAM vão receber essa notícia e como se comportarão com o fato… irão fazer uma vaquinha pra bater a proposta ou aceitarão de bom agrado???
OBS.: e o tal GODIN??? Continua de férias ou já entrou em forma??? Vai jogar um dia???
Caro Handel, boa tarde.
Prefiro perguntar se, ao receberem uma proposta pela SAF atleticana e receberão pq é inevitável que isso aconteça, os dirigentes e os parceiros (mecenas??!??) do Atlético acertarão ou errarão, seja ao aceita-la, seja ao recusá-la?
E o que seria acertar ou errar em relação a aceitar ou a recusar tal proposta?
Quem sabe, em razão dessa questão que vc levanta e do fato de que errar faz parte de qualquer processo, não seria prudente, inteligente e de bom senso, que o tema seja debatido à exaustão pelo mundo galistas, a fim de que, quando esse momento chegar, seja adotada a melhor solução para clube?
E qual seria essa melhor solução para o clube?
Bom dia a todos. Podemos até errar, mas que os acertos sejam superiores. Vamos galooo!!!!!
CRENDEUSPAI ,
o NACHO é o PRIMEIRO em AÇÕES COM A BOLA , e outras estatísticas pra lá de inventivas .
Só faltou apontar quantos laterais ele bateu …
DEFINITIVAMENTE , o FUTEBOL FOI PARA O RALO .
Ah ! , o GABIRU entrou faltando uns 10 minutos para o fim do jogo e fez o GOL DO TÍTULO MUNDIAL para o Inter .
Só pegou na bola UMA VEZ …..
Bom dia!!!
Há muito tempo que não ouvia a frase citada por você, Max: “Errar é humano, persistir no erro é burrice”…
Na hora lembrei-me do Levir Culpi que ao ser criticado pela Massa saiu com essa: “Burro com sorte”…
Onde entra o Turco nessa aí?
Dias desses, aqui mesmo no Canto do Galo, um AmiGalo sentenciou do alto de sua frustração o treinador: “El burro”…
Atualizando a frase de Levir, será que o Turco se encaixa dentro do que o Levir falou? “El Burro com sorte”…
Brincadeiras a parte, tenho cá comigo que o Mohamed, como todos nós, erra e erra muito. Inclusive a própria Torcida, a Massa, também erra, às vezes com sorte. Para ficar num exemplo, citemos o episódio com o goleiro Everson. Chegou ao Galo e foi amaldiçoado pela Massa…
Aliás, a esposa do Everson, então, coitada, foi achincalhada no Instagram quando pedia, acertadamente, calma para a Torcida…
O mundo dá voltas e Everson conseguiu reverter e inverter aquele dilúvio de murmuração e chegou até a Seleção…
Então é isso…
As críticas ao Turco foram em certa medida muito duras com o treinador por grande parte da Torcida…
El Turco tem erros e coleciona acertos. E tem que provar a cada jogo que está a altura de responder como o distribuidor de camisas de plantão…
E o torcedor é daquele jeito: a garganta sempre aberta, ora para aplaudir, ora para criticar. E as duas mãos sempre estão escondidas. Na vitória aparece a mão do afago. Nas derrotas da outra mão surge uma pedra. Na derrota, a pedrada é certa…
Assim caminha o Atlético, “entre tapas e beijos”…
Abre o olho, Turco!!!