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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

O que o “Sempre” faria durante essa pandemia?

Mineirão dos anos 60/70
Ricardo Galuppo

Imagine o que o atleticano José Gomes Ribeiro sentiria caso se visse privado de ir ao estádio durante essa pandemia que veio infernizar a nossa vida. Ficaria desesperado. Andaria de um lado para outro, esbravejando e acusando esse tal Covid-19 de torcer para certo time do Barro Preto ou de ter surgido apenas para impedi-lo de fazer o que mais gostava: ver o Atlético em campo. E não sossegaria enquanto não achasse um jeito de se fantasiar de um desses totens de papelão instalados nas cadeiras só para conseguir estar no estádio. 

Estava sempre nas arquibancadas durante os jogos. Fizesse sol ou chovesse canivete, ele estava lá — numa fidelidade tão extrema que acabou se tornando seu apelido. José Gomes Ribeiro é o nome de Sempre, que merece reverência como o maior atleticano de todos os tempos. Símbolo de uma época que, mesmo não contando com o reconhecimento que lhe é devido, foi fundamental para a consolidação do Galo como potência do futebol, Sempre tinha manias que inspiraram mais de uma geração de atleticanos. 

INSTRUÇÕES AOS JOGADORES 

Não posso afirmar que tenha nascido com ele um princípio que era uma espécie de dogma no início de minha vida de torcedor: um atleticano, para merecer lugar na torcida, não vaia o time nem xinga quem estiver em campo com a camisa alvinegra. O que se pode dizer é que ele não apenas praticou esse mandamento como, também, cuidou para que outros o obedecessem. Se alguém vaiasse o time perto dele, seria chamado às falas. Dono de um vozeirão poderoso e de uma força física descomunal (que nunca utilizou por razões banais), deixou um exemplo para quem o conheceu: se o time estiver jogando mal, ao invés de vaiar, incentive!

Ele nunca se referia ao time como Galo — parece que via como afronta chamar pelo apelido o Clube Atlético Mineiro, que, para ele, era a instituição mais importante do mundo. Funcionário público de baixo escalão, andava por Belo Horizonte levando documentos de uma repartição para outra. Isso permitia que estivesse sempre na rua e, tanto quando conseguia, dava um jeito de escapulir e passar pelo estádio de Lourdes para acompanhar os treinos  e “dar suas instruções” aos jogadores (como todo bom atleticano, gostava de dar pitacos. Mas as críticas se calavam quando o time entrava em campo. Aí, era só apoio)

No início dos anos 1960, durante uma das muitas crises financeiras que quase levaram o clube à falência, ele sempre aparecia para ajudar o lendário Zé das Camisas a cuidar dos uniformes. Também se apresentava como voluntário toda vez que Francisco Gonçalves Filho, o Leiteiro, outro grande atleticano, precisava de alguém para aparar a grama do campo ou dar uma demão de tinta nos alojamentos. Não cobrava nada por isso. Era uma forma de demonstrar o amor que sentia pelo Galo.  

Cheguei a vê-lo algumas vezes, na arquibancada do Mineirão, onde chegava com a Charanga do Júlio, o Mais Amigo, e também nas apresentações de gala que o “Juvenil” do Atlético (com Cerezo, Marcelo, Paulo Isidoro e Danival em campo) fazia no velho Independência, nas manhãs de domingo, em 1973 e 1974. Era impossível não reparar naquele sujeito inquieto, que nunca se sentava para ver o jogo. Era comum vê-lo andando de um lado para o outro, sempre dando suas “instruções” ao time. Isso começou nos anos 1950, quando ele teve os primeiros contatos com o clube, e o ano de 1977, quando, por convocação de Deus, ele abandonou definitivamente os estádios. 

Crédito para Francisco Meira/Arquivo EM/Data 07/12/1951
ESTATÍSTICAS E ESQUEMA TÁTICO 

Às vezes fico pensando na maneira que um amor incondicional como o de Sempre seria recebido nos dias de hoje. Fico imaginando, por exemplo, como ele teria reagido se estivesse no meu lugar dias atrás, quando li num dos grupos de Whatsapp do qual participo, alguém que se diz atleticano não se importar com o gol que o Internacional fez no time do Galo porque tinha escalado o artilheiro do time gaúcho num jogo de azar chamado “Cartola”. Quando li essa besteira, senti um desânimo profundo. Sempre, com certeza, teria sentido ódio do sujeito.

Esse caso foi o mais extremo, mas tenho presenciado outros igualmente ridículos. Dias atrás, ouvi uma crítica a Jorge Sampaoli pelo hábito de promover rodízio na escalação: isso prejudica, olho só, o desempenho dos jogadores do Galo no tal Cartola. Fico por aqui com minha implicância. Não tenho a pretensão de competir, a partir deste espaço generosamente cedido pelo amigo Eduardo de Ávila, com os comentaristas e apresentadores de TV que falam mais desse jogo de azar do que dos times. 

Nesses tempos estranhos em que o futebol vem se tornando um negócio cada vez mais caro e sofisticado, ninguém pode reduzir um time a uma pilha de estatísticas e de esquemas táticos. Os números, por melhores que sejam, são inúteis para o time que não tem uma torcida apaixonada. Um clube, por mais bem administrado que seja, jamais se firmará potência nesse esporte se não conseguir despertar amores incondicionais como o de Sempre nem conquistar a fidelidade de uma legião de torcedores que não formam sua opinião com base apenas no número de desarmes e de assistências.

APOIO INCONDICIONAL 

Esse tipo de ideia pode parecer fora de moda numa época em que todo mundo parece ter se tornado especialista em futebol e se dá o direito de criticar treinador que prefere jogar no quatro-quatro-dois quando poderia muito bem escolher o três-cinco-dois. Eu evito desse tipo de discussão. Meu papel nessa engrenagem maravilhosa que faz mover o Galo é idêntico ao de Sempre: torcer. Não quero, claro, me colocar na mesma altura desse grande atleticano. Sou muito pequeno perto dele. Só digo que, se tivesse que escolher entre o apoio incondicional de Sempre a cornetagem que destrói um jogador ao menor erro, não tenho dúvida sobre o lado que escolheria. 

Cada um tem sua maneira de torcer e de ver o jogo e todas elas merecem respeito. Para mim, atualmente, não há companhia eletrônica que me deixe mais feliz durante as partidas do que o da torcida Raça Galo, que existe desde meados dos anos 1970 é é formada por um grupo egresso do Centro Pedagógico e do Coltec da UFMG. Tínhamos e ainda temos em comum o amor incondicional (embora não acrítico) pelo Galo. Hoje, ainda jovens, embora um pouco mais rodados, voltamos a nos reunir para trocar ideias e torcer durante as partidas. Tem gente em BH (Marcelo, Sérgio Luz, Chico Celso, Mada Eulálio de Souza, Eugênio Barrote, Mário Caporalli, Binha e Nelsinho), em Brasília (Clara Arreguy), em Viçosa (Renato Feio), em Santos (Gilmar Cocenza) e em São Paulo (Cristine Braga e eu). Cada um tem sua opinião — mas nenhum de nós comete o despautério de torcer por jogadores adversários porque isso renderá pontos no Cartola. 

Em outro grupo, tenho um amigo, Jorge Machado Guimarães, o Guima, que é extremamente crítico em relação ao time, ao treinador e à diretoria — qualquer que seja o time, o treinador ou a diretoria. O jogador pode fazer dez gols que será sempre lembrado por ele pelo lance que chutou para fora. Outro amigo, o araxaense Luciano Santos Marques, o Muchacho, é exatamente o oposto: sempre acredita que o Galo conquistará o título, independente de quem esteja em campo. O jogador pode perder dez gols feitos que sempre será lembrado por ele pela bola que pôs para dentro. 

Uma partida, relatada por um ou por outro, parecem dois eventos distintos. Essas características, porém, não significam que um seja mais atleticano do que o outro. Significam apenas que há maneiras distintas de viver o amor pelo clube. Só não me venham, por favor, querer que eu — que devo parte de minha formação atleticana ao exemplo de pessoas como Sempre — considere normal que se julguem os jogadores do Atlético com base em estatísticas que não levam em conta o respeito à camisa, o empenho em campo e o compromisso com a torcida. Isso, no final das contas é o que importa. Sempre.

27 thoughts to “O que o “Sempre” faria durante essa pandemia?”

  1. Boa noite MASSA!

    Já me chamaram p participar desse jogo. Recusei. Até p q os 11 jogadores escolhidos seriam Sempre os do 9ALO.

    Eu crítico, mas torcer contra: jamais.

    Pra mim o lance do gol do Inter, está igual ao bostafogo: atravessado na guela.

    BORA 9ALÃO DA MASSA!!!!!!

    BORA, P@&&@!!!!!!

  2. Bom dia amigos do Galo. Graças a Deus as opiniões são diferentes, eu renovaria o contrato com o Vitor, que ao meu ver é muito mais goleiro que o Everson . Resumindo, estamos muito bem de goleiros, gastem com um cara que faça gols.

  3. Caros,

    Ñ vamos nos DISPERSAR agora…o jg é o q tá sendo jogado… Torcida ñ entre em campo, muito menos em tempos de Covid-19!

    Pq cargas o time vem todo AFOGADO, uma constante na até agora desastrosa GESTÃO SETTE Câmara, toma uma série de traulitada, aí no dia seguinte o torcedor vai a campo e APOIA incondicionalmente, nada aconteceu…NONSENSE!, isso é jogar contra o CLUBE: ñ confio nessa PREGAÇÃO barata! Dizer q é OTIMISMO? A paixão pode descambar para o masoquismo, facim facim!…

    TORCER E APOIAR INCONDICIONALMENTE É A MESMA COISA?:

    O CLÁSSICO da FAMA falaciosa do APOIO INCONDICIONAL e Dadá Maravilha!:

    Dadá era uma problemática prA torcida q Ñ o suportava, nem em treinos, queria vê-lo longe. O cara era RUIM de doer! As vaias eram jg após jg…isso tá fartamente documento e o próprio Dadá confirma a VERDADE!…É o FATO! A narrativa jg com os fatos!…Ah! mas se tivessem ido na onda da torcida, 1971 ñ aconteceria. Pessoal, as coisas ñ se deram bem assim e ñ houve Ah! mas se… FATO!…O time de 71 existiu com Dadá, q era vaiado pq era ruim, foi campeão e ele continuou sendo contestado, até ser negociado. Os fatos diminuem o Boa Praça Dadá, jogador raçudo, catimbeiro e fazedor de Gols?…diminui a qualidade da AGUERRIDA torcida atleticana? Houve Dadá, ÍDOLO MAIOR!, há a VAIA, os dois SEMPRE vão existir! FATO!

    Jogador do naipe d PASTOR Lero Lero vestir nossa camisa desleixado daquele jeito, fazendo favor. Aplaudir? Ñ tenho! E nenhum RESPEITO tenho por quem trouxe, fingiu ñ “ver” e manteve a negociata da FÉ dentro do CT! Vergonhoso!… Patrick 10 anos, ali creio q era um LOVE, só pode aquilo ñ tem nada a ver com futebol!

    Obs.: NÃO VAMOS NOS DISPERSAR!

    AVISO aos incautos: O caneco tá encomendado prá Nossa Sra de LOURDES!…!
    O de q o time precisa é de REFORÇOS prá encorpar e VENCER!
    Vamos exigir do SETTE e dos Mecenas o compromisso do nosso hino VENCER VENCER VENCER! …!
    o resto é estória!

    AQUI É GALO?
    AQUI É GALO!
    GALO SEMPRE!

  4. O goleiro que está sendo contratado pelo GALO, Everson, é muito, muito fraco. É o popular “chama gol”, goleiro para times pequenos. TODOS os nossos goleiros (Rafael, Victor e Matheus Mendes), são bem melhores que ele. Dinheiro mal gasto, para uma posição em que estamos muito bem servidos. Uma pena. Espero que Sampaoli não cometa o grande equívoco de colocar o Rafael na reserva. No Santos, ele preteriu o ótimo Vanderlei, que acabou indo para o Grêmio, para colocar o fraco Everson como titular. Não existe nenhum santista que tenha sido a favor dessa mudança. Nosso treinador é o melhor do país, mas todos erramos, não é mesmo!? SAN

    1. Concordo plenamente! Dinheiro que poderia ser investido em outra posição. Um armador e um centroavante. É o que o Galo tá precisando. Acho esse Everson fraquíssimo. Que o Sampaoli mantenha o Rafael como titular, pois tá jogando muito! Até entendo o rodízio de jogadores e tal, mas goleiro não precisa de participar disso, né?! Colocá-lo na reserva agora, seria uma tremenda covardia. Galo, sempre!

  5. Esse jogo contra o Santos merece uma atenção redobrada. O time paulista tem dois pontas muito velozes e habilidosos. Geralmente empurra o adversário quando joga em seus domínios. Para este jogo, não terá a dupla de zaga titular (luan perez e veríssimo), além do volante Alisson que joga na frente da zaga. É a hora do Sampaoli. Jogo bom para Marrony e Sasha juntos. Savarino e Keno não vivem bom momento. Eis aí meu time: Rafael, Guga, Rabelo, Alonso e Arana; Jair, Allan, Franco; Marquinhos, Marrony e Sasha. Palpite: Galo 3×2.

  6. Apesar deste espaço ser dedicado exclusivamente aos Atleticanos, embora eu reconheça ser irresistível para os não-atleticanos, gostaria de deixar registrada a minha indignação com a falta de respeito com um técnico intragável que vinha proporcionando enorme alegria para a maior parte da população do estado. Aproveito a oportunidade e lanço a campanha #givanildoliveiranão. Abraços!

  7. Boa tarde, Eduardo!
    Boa tarde Massa!
    Boa tarde, Galuppo!
    Você é um mago nas palavras!
    Santas palavras!
    Santas palavras!
    Que nenhum atleticano cometa o sacrilégio de torcer pra jogador de cartolixo!!!
    Ah…que saudades do “juvenil” time do Galo!!! Dali saía Cerezo, Reinaldo…já o “sub” só revela “subjogador”.

  8. Bom dia Ricardo, Eduardo, Lucy, atleticanos e atleticanas,

    penso que se o SEMPRE estivesse vivo nesses tempos de isolamento ia ficar igual o Eduardo, sempre tentando achar um jeito de acompanhar o Galo, ahahahahhahahahahahhahahaah…
    O SEMPRE nunca precisou de “títulos” pra ser feliz com o Galo, a simples existência do time bastava…. Pessoas assim são sempre mais felizes… Tem gente que apregoa que só será feliz com o time quando ele for “multicampeão”, coitado!!!! Talvez espere muito tempo pra ser feliz…. melhor ser como o SEMPRE, sempre feliz enquanto existir o Galo…
    Mais um grande texto e uma grande lembrança… Esses sim merecem não ser esquecidos….
    Uma ótima terça àqueles que torcem SEMPRE pro Galo em qualquer situação….

  9. Alguns Atleticanos ficaram marcados na história do Clube ao dedicarem suas vidas a essa CAMisa e contribuírem para a sua história centenária. Bodão foi um desses abnegados q muito contribuiram p a grandeza da Instituição sem que seus nomes fossem lembrados em qualquer registro,a ñ ser pela lembrança da torcida. Esse Atleticano foi o criador do símbolo da Torcida Dragões da FAO, a primeira Torcida Organizada do CAM,época em q as arquibancadas do Gigante da Pampulha eram pintadas somente pelo preto e o branco. Em 1981 ganhou um Manto Alvinegro das mãos do Cerezo,este foi o um dos prêmio pela sua dedicação,o outro foi o de conseguir enfeitar e deixar um estádio com o cenário digno de arrepiar cada Atleticano e deixar os de camisa feiona embasbacado. Parabéns pelo texto, é isto q ele transmite p a gente, lembranças,belas lembranças!
    Saudações Atleticanas e #GALOSempre

  10. Alô , MAURICIO !

    E não é que o Hyoran merece mesmo
    a sua correta citação ?

    Joga como Heleno ,Humberto Ramos,
    o Jorginho do time do Leão …..

    Preenche bem demais aquele espaço
    por ali .

  11. GALUPPO ,
    sua família é de Curvelo ?
    Lá tem , inclusive , um seu homônimo , advogado.

    Mas esse texto veio em boa hora para mim , que
    já não suporto a engrenagem que conduz a todos
    como discípulos do politicamente correto .

    Essa história de “torcida fazer a sua parte” é uma
    das coisas mais irritantes que se ouve em todas
    as transmissões esportivas .

    Os chavões são extremamente irritantes .
    O “torcer a futuro” , que é sempre esperar o time
    se dar bem “ano que vem” , é coisa de torcedor
    do América , que virou chacota :
    “vocês vão ver no ano que vem ” .

    NO MEU CASO assisto a um jogo do Atlético com
    a atenção voltada para o espetáculo do dia , que
    os jogadores podem proporcionar .

    No quesito VAIA , sinceramente , poucas vezes a
    partir de 60 e até um tempo atrás presenciei nas
    arquibancadas .
    Agora virou moda . E incentivada .

    Xingamentos , sim . Aos montes e com força .
    Casos curiosos até , de jogador que tentou e fez
    um belo gol , MAS QUE DEVERIA TER SERVIDO O
    COMPANHEIRO MAIS BEM COLOCADO , e teve
    a sua progenitora desancada por alguns .

    Isso é TORCEDOR DE FUTEBOL .

    Essa onda agora de analista é um pé no … deixa
    pra lá .

  12. Bom, cada um torce como quer.
    Não há problema, em nem poderia haver, em que alguém discorde da forma como o outro torce.
    O que não pode haver é a tutela de um torcedor pelo outro.
    A reação no estádio reflete o estado de espírito do torcedor naquele momento: há quem vaie pelo “conjunto da obra”, há quem prefira apoiar incondicionalmente.

    Se é tudo feito dentro da civilidade humana, sem que ninguém chame ninguém para a briga, que seja.

    Eu, Sempre, fui mais ao estilo Jorge Guimarães. E assim serei, Sempre.
    Até já fui chamado para a briga por isso. Mas declinei do convite.
    Minha mãe ensinou: quando um não quer, dois não brigam.
    E isso Sempre vale, Sempre valerá.

    Além disso, eu Sempre fui fisicamente fraco.
    Vou brigar para quê?! Além de incivilizado, com certeza eu iria perder a briga.
    Mas nem por isso vou mudar minha forma de torcer.
    O torcedor não pode ser tutelado. Até pode ser criticado. Mas tutelado… NUNCA.

  13. Coxa 0 x 1 CAM – 7′ Rodada – Comentário 2/2:

    Sampaoli montou a equipe num 4-3-3 ofensivo com um só volante, Jair, que fez uma dupla de contenção com Allan que foi ao jogo como “lateral armador” (uma das invenções do treinador), e de três no ataque (Savarino, Sascha e Keno).

    No 1’T essa invenção funcionou até muito bem.

    Na média todos os jogadores, no 1’T, tiveram um desempenho até muito bom.

    Digo todos para incluir o Keno (eficaz para se apresentar e construir e deficiente para finalizar jogadas), o Guga (que salvou um gol certo do Coxa e quase fez um Gol Puskas) e do Sasha (que sumido mostrou que é definidor).

    Já no 2’T a garapa do Atlético quase azedou pelo efeito quem não mata pode morrer.

    A rigor o Coxa foi melhor no 2’T e poderia ter saído com uma melhor sorte.

    Jorginho, treinador do Coxa, promoveu substituições ofensivas que obrigou a Sampaoli terminar com uma linha de cinco defensiva para segurar o resultado.

    O Galo termina a 8′ Rodada com o melhor aproveitamento (71%) e com um jogo a menos (7).

    Como o Atlético não tem outras competições paralelas e os adversários concorrentes estão em disputas na Copa do Brasil e Libertadores, afora falar da Sula para outros médios, tudo indica que o CAM pode conquistar esse BR20.

    Deve-se ainda considerar que a equipe será ainda reforçada dentro do próprio elenco por retornos (Tardelli, Blanco e Natan), assim como por chegadas (contratações) que serão feitas, a exemplo de Everson, goleiro do Santos, que está chegando.

    Tirante o Flamengo, que vai brigar no BR20 até a última rodada com o CAM, os demais concorrentes vão ficar pelo caminho.

    Nesse BR20 o caneco será disputado pelo Urubu e pelo Galo.

    Quem errar menos, leva!!!

  14. Coxa 0 x 1 CAM – 7′ Rodada – Comentário ½:

    Sampaoli, ora “Maluco Beleza”, ora “Professor Pardal”, ora um “Supertécnico”, segue com sucesso no Galo (14 jogos – 11V – 1E e 2d), num espetacular aproveitamento de 80%.

    Bom lembrar que a foice da degola de técnicos no Brasil sempre aparece quando o aproveitamento cai para menos dos 60%.

    Por enquanto Sampaoli está longe desse sarrafo fritador de técnicos e tudo leva a crer que dessa vez vai!!!

    O inusitado fica por conta das constantes mudanças na equipe. Em todos os 14 jogos mudou o time com escalações, táticas e sistema de jogo diferentes.

    Por conta disso, quando vence, Sampaoli é um Supertécnico ou um Maluco Beleza. Se perde se transforma de imediato em Professor Pardal.

    Essa “gemura” ocorre por causa do Teorema de Kalil: “A Torcida do Atlético é a mais chata do Brasil”.

  15. Sempre fui adepto do jeito Sempre de torcer. Jamais vaio o Galo dentro do campo, jamais! Já disse isso algumas vezes, vaiar o Galo é aplaudir o adversário, isso não faço de jeito nenhum! Isso não quer dizer que eu seja “chapa branca” , ou que ache tudo maravilhoso. Principalmente hj em dia, existem outros locais apropriados para a crítica e a corneta, do que o sagrado campo de jogo. Eu escolho, SEMPRE, ajudar o nosso Galo e não atrapalhar. Grande texto e homenagem ao inesquecível Sempre, deveria ser lembrado por todos. Quanto aos praticantes do “cartola”, uma grande bobagem, tbm não participo, pois do contrário, escalaria apenas os jogadores do Galo. Não torço nem pra seleção da cbf, qto mais pra jogador de outro time, o Galo me basta! Sempre preferi uma partida do bom e velho futebol de botão, na qual escalo o meu Galo de todos os tempos. Imbatível! SAN

  16. Bom dia amiGalos,

    Prezado Ricardo, como Atleticano, escritor e poeta, assino contigo o texto.
    Porém, apesar de acreditar que o Galo irá ganhar todos os títulos que venha disputar, não me furto a criticar quando convêm. Até porque “toda unanimidade é burra”.
    Veja por exemplo agora:
    O Rafael vem fazendo um excelente trabalho nos jogos, tendo como reserva nosso “São Vitor’, que tem dado muita segurança à defesa. Agora por imposição de Samparolha, a diretoria vai buscar Everson no Santos. Isso na minha visão, desestabiliza que já vem empenhando esforços para fazer o melhor. E funcionário insatisfeito, em qualquer empresa, “entrega a rapadura”…
    Existem outras carências no time, as quais deveriam ser vista, não os goleiros, ou seja, será um investimento desnecessário.
    E quanto ao sentimento de ser Atleticano, eu “Sempre” fecho meus comentários aqui com:

    “Somente sendo um pra saber”

    1. Prezado Antonio. O Vitor só tem contrato até dezembro. Pelo que conhecemos dele a reposição de bola é uma deficiência. O salário dele é de 400 mil/mes. É claro que ele tem interesse em renovar até por 300 mil para continuar na reserva. Mas, a pergunta fundamental: se Rafael nao puder jogar o Vitor teria condições de exercer o mesmo papel no inicio da construção das jogadas ou teriamos aqueles chutoes para as laterais? Respeitosamente acho que o Atlético fez um negócio de oportunidade: nao renova o Vitor e se livra do Ze Wellisson cujo contrato ia até dezembro de 2003 e contrata alguém para substituir o Rafael sem comprometer o modelo de jogo. Penso até que o Rafael irá é melhorar com a concorrencia.

      1. Ok Domingos Sávio,

        Até concordo com sua ponderação, mas as perguntas deveriam ser:

        Não seria melhor estabelecer prioridades?
        Existem outras funções no time que mereceriam maior atenção?

        Pois é: se as duas tiverem respostas positivas, deveriam ser respeitadas as ordens cronológicas de atenção.

        Cordialmente.

      2. Perfeito seu comentário Domingos Savio! Penso o mesmo!
        O Vitor é ídolo e assim será pra sempre na história do Atlético. Pra mim um dos maiores goleiros (se não o maior) que vi no Galo. Seguramente uma das contratações que mudaram a história do Galo. Mas isso não significa que o Galo precisa renovar com ele pra sempre ou mantê-lo no time.
        Não confundamos as coisas. Concluir que ele não cabe mais no time por questões técnicas ou de idade não significa desrespeitá-lo. No time tem que jogar quem está em melhores condições. Sempre!! Nome não ganha jogo.

        Saudações!!

        1. Prezados, a discussão não é Victor X Everson. O problema, é que estamos contratando um goleiro muito ruim (Everson). Se é pra contratar outro goleiro, que seja um bom goleiro. SAN

  17. Imagens do Mineirão com bandeiras, em fotos ou vídeos, são sempre muito bonitas. É lamentável o que a falta de educação fez, e continua fazendo, com o futebol.

  18. Bom dia Massa, Galuppo e Guru

    É meu amigo Galuppo parece que vc veio para ficar e principalmente para trazer para nós, um pouco da história do clube, mas pela ótica do torcedor. Se Sempre estivesse entre nós hoje em dia, seria chamado de passa pano e outras adjetivos mais. Hoje somos bipolares e achamos que entendemos de tudo. Somos contraditórios e às vezes até inconsequentes ao escolhermos jogadores para fazer deles os nossos alvos de críticas, mesmo após terem feito uma ótima partida.
    Para mim a lição que fica ao ler este post é a mesma que venho adotando ultimamente: jogador que mostrar vontade e comprometimento, mesmo que não esteja conseguindo mostrar o melhor de seu futebol, terá o meu apoio, pois já apoiei muitos outros inconsequentes, mal intencionados e até delinquentes só porque vestiam nosso manto. Por que seria diferente justamente agora com quem honrar nossa camisa?

  19. Bom dia Ricardo. Bom dia Avila. Bom dia a todos. Excelente texto que com maestria aborda uma situação que presenciamos aqui no Blog. Lendo o texto identifiquei seguidores do Sempre e do Jorge Guimarães e até do companheiro do grupo de Whatsapp que lhe causou indignação. Pessoalmente,estou mais para a turma do Guimarães. Nao conseguiria deixar de vaiar o Pastor, Patrick e este Fabio Santos. Ademais, esse romantismo da turma do Sempre , na minha opinião, nao combina com o futebol de hoje, que se tornou um negócio, no qual os atletas nao tem vinculos afetivos com clubes de futebol. Será que, no atual time existe algum jogador que torce para o Galo? Eu até vejo que os remanescentes da época romântica terão um atrito com o Sampaoli que ao insistir na contratacao do goleiro Everson, sepultou a era Vitor no Clube e isto desagrada aqueles que idolatram o Vitor. Será que os devotos do santo Vitor irao torcer contra o Sampoli ?

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