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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Por uma imprensa isenta e imparcial

A repercussão da postagem da manhã de hoje, aqui no “Canto do Galo”, reabriu – sem que essa fosse a intenção – uma antiga discussão em torno da imparcialidade da mídia esportiva. No nosso caso, já adianto, aqui não tem dissimulação: minha missão, conforme anunciado desde a primeira publicação, é defender o Galo. Ainda que, eventualmente, possamos criticar. Tanto é, e isso é inegável, que o espaço é aberto e muitas vezes o leitor questiona posições do blogueiro e o comentário – desde que não seja ofensivo – é aprovado sem restrições.

Ocorre que, estados e clubes fora do eixo Rio-São Paulo são ignorados nas programações diárias dos programas esportivos. Raramente ligo a TV, exatamente por isso, uma vez que um joguinho entre times desses dois estados rendem enormes matérias, desde gols, lances, comportamento de torcedor e uma série de discussões que nada acrescentam.

Já um jogo com oito gols, num empate de quatro para cada lado, vale um gol apenas de cada time no noticiário de quem quer vender ao país todo que o Brasil se resume a Rio e Sampa. No primeiro caso, desde tempos atrás com um futebol medíocre. Mas, a CBF fica lá. Seus dirigentes, em sua maioria, são paulistas e os grandes anunciantes também ficam em seus territórios.

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Fotos: UAI/Superesportes

Os balanços dos clubes, e aqui falo do Galo, são publicados e anunciados, conforme pode ser pesquisado. Já o balanço das empresas que dão guarida a esse tipo de jornalismo, nunca. Clubes dos demais estados brasileiros são ignorados e prejudicados, ano a ano, seja em transmissão, tabelas, juízes, tribunal – e por aí a coisa desanda. Aqui em Belo Horizonte, quando os times mineiros jogam fora da capital, ligamos a TV e a partida transmitida é de time paulista e/ou carioca.

Sou Galo, mas devo admitir que nosso principal e atual grande adversário, também já foi prejudicado pela ação nefasta dessa gente. Alguém se lembra do Campeonato Brasileiro de 1974? A CBF – ou ainda era CBD? – covardemente tirou a final de Belo Horizonte e levou para o Rio de Janeiro com a intenção clara e inequívoca de favorecer o Vasco da Gama.

Diante disso e por uma imprensa imparcial, baseado ainda nos números e comentários do blog até este momento nesta sexta-feira, em que milhares de acessos são registrados com dezenas de comentários (tendo apenas um questionando o tema), entendo que chegou a hora de exigirmos imparcialidade daqueles que se dizem imparciais.

Aqui, não, pois aqui é SÓ Galo!

 

11 thoughts to “Por uma imprensa isenta e imparcial”

  1. Caro blogueiro, como você pode afirmar algo sobre a programação de tv já que afirma quase não assisti-la? E os programas da nossa imprensa mineral são imparciais?

  2. Eu respeito as colcoações dos amigos e entendo até a validade delas.Mas acredito que deveríamos discutir mais a fundo esse maldito controle do futebol brasileiro pelo eixo Rio -São Paulo. Não tenho dúvidas de que essa conduta nociva de boa parte da imprensa destes dois estados está relacionada a esse maldito controle de poder entre os dois .Controle este, que não só prejudicando clubes como os de Minas e os Rio Grande do Sul, por exemplo , como estão levando o próprio fuetbol brasileiro para o inferno.
    E ,agora com a chamada ” espanholização do futebol brasileiro ” , até alguns grandes e médios do eixo estão saindo prejudicados .haja vista que até clubes tão tradicionais como Bangu , América, Portuguesa , Guarani estão quase que fechando as portas . E não adianta nem esperar algo de bom nem do Rio e nem de São Paulo . Eles são as velhas oligarquias de interior : se odeiam ,matam uns aos outros , mas basta um grupo de servidores públicos e estudantes organizarem uma força mais liberal , que se unem sem cerimônia em nome da manutenção da hegemonia política .
    É por isso que eu digo : Atlético x Cruzeiro , Grêmio x Inter ,sejam rivais somente no campo. Fora dele, dêem jeito de construírem uma grande aliança política , ou então ,nem adianta mais chorar .

  3. A matéria é clara e correta, mas aqui mesmo em minas os proprios comentaristas de TV valorizam muito os times do lado de lá. A globo minas anos atrás transmitia sempre aos domingos um jogo seja do galo ou da rapoza. Porém nem isso mais vem acontecendo.

  4. Gente, pra mim tá tudo certo. Esse bairrismo sempre existiu e nunca vai acabar na imprensa brasileira, em qualquer setor e não apenas na mídia esportiva. Ou ninguém aqui sabe o que é matéria paga? Pois eu digo, é a prática mais comum que existe dentro da imprensa nacional. Agora se vocês querem prestar atenção num comentarista carioca de uma empresa paulista e se revoltar achando que vai mudar alguma coisa??? Quando o Atlético foi Campeão da Copa do Brasil em 14 um jornalista local, cobrindo a coletiva do Levir após o título perguntou o que o técnico achava sobre isso. Lembro que na ocasião a pergunta foi, salvo engano: Como vc se sente após vencer o maior clássico mineiro da história e mesmo assim saber que a transmissão nacional da TV aberta transmitiu São Paulo X Fulano de Tal pela semi-final da Sul-americana?…O Levir se esquivou dizendo que não comentaria sobre, que aquele dia era dia de comemoração. Acho que ele ou alguém da diretoria deveria ter se manifestado. O Sportv, como era de se esperar, interrompeu a transmissão da coletiva pra pegar uma palavra de um jogador do desclassificado São Paulo. Não existe meio de comunicação fora de MG que dê ao Atlético ou a futebol mineiro, que desde 2013 é o único futebol do Brasil que conquista títulos relevantes

  5. Ora, ora, ora…com diria Teotônio ViIela… os nobrres coleguinhas da mídia carioquista (ou paulistoca) acabou com o Galo quando contratamos o R10. Lembro-me perfeitamente de um que disse, ipso literis, “Ronaldinho Gaúcho ? É dienheiro jogado no ralo”. Lamberam sabão…e vão lamber mais… a ignorância transparece nessa falta de critérios, de imparcialidade…, MAS UM POUCO DE SENSO, QUEM SABE, ATÉ BOM SENSO ?
    Com toda minha parcialidade Galista, VVão tomar caju… Aqui é Galo, carajo.

  6. Caro Eduardo, a imprensa mineira (claro existem exceções) deveria atuar sempre ao lado dos times mineiros e não é exatamente o que acontece. Existem muitos corneteiros na imprensa local, alguns vindos de fora e que não valorizam o futebol mineiro, insistem unicamente em especular e criar situações de crise nos clubes. Esses ………. da vida não sabem nada de futebol, são especuladores e corneteiros, mas ainda assim conseguem muito espaço na mídia. Tem outros que se intitulam polêmicos, são apenas falastrões mal informados e mal intencionados. A moda do momento é criticar a opção de alguns treinadores fecharem parte do treino para a imprensa, como se o treinador não tivesse esse direito, na visão dos cornetas isso é censura, tá de sacanagem?!
    A imprensa do eixo RJ-SP nunca valorizou ou deu a importância merecida aos times dos restante do Brasil e isso não vai mudar nunca. Cabe a mídia local valorizar o nosso futebol, tirar o espaço desses corneteiros que se acham celebridades e trabalhar com profissionais sérios e imparciais.
    Saudações e boas vindas ao FRED!!!

    1. Perfeito seu comentario, Raul. Esse senhor que voce menciona, sem precisar dizer o nome, um pobre coitado que gosta de “furos” jornalisticos. Conceito ultrapassado derrubado pela tecnologia de redes socias, onde o proprio empresario faz a divulgacao sem ter de passar pela midia jornalistica.

  7. Ohh Eduardo meu xará, vc que tem contato lá com os Galos chefes, vê se fala com eles que não dá para aguentar ouvir que cruzeirense agora quer fiador para jogar no nosso Galo. Tenha paciência.

  8. Há parcialidade também na cobertura local. Basta ligar o rádio às 18h, por exemplo, e ouvir a paixão com que um clube é noticiado e comentado e os outros não. Bom tema do artigo.

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