Luciano Malta Gontijo de Amorim
Não poderia deixar de começar minha narrativa sem mencionar a frase título deste artigo que marcou a semana, dita pela Dona Ana Cândida de Oliveira Marques, a torcedora-símbolo do Galo, mais conhecida como “Vovó do Galo”. Nossa vovó completou 100 anos de vida no último dia 8 de julho e está mais forte do que nunca para ver muitos títulos vindouros.
Acompanhar, assistir jogos, ler noticiários e resenhar sobre o Galo é um remédio para nós, apaixonados torcedores do alvinegro das “Gerais”. Certamente uma terapia que nos faz bem e nos dá saciedade para viver. A torcida está em “lua de mel” com o novo elenco formado para as competições do ano e com uma grande expectativa de retomada do futebol mineiro, já prevista para o dia 26 de julho.
Antes mesmo deste clássico dos dois maiores times de minas, Atlético e América, agendado para o estádio Independência, ambos farão uma prévia em jogo-treino na Cidade do Galo na próxima quarta-feira, 15 de julho. Oportunidade da torcida já poder ver os seis reforços: os zagueiros Júnior Alonso e Bueno; os volantes Léo Sena e Alan Franco e os atacantes Keno e Marrony. Então a atleticanidade já tem terapia remota marcada para a TV Galo na próxima quarta-feira, às 10 horas.
O Brasileirão teve o dia 8 de agosto como data definida pela CBF para a rodada inicial e teremos um grande clássico nacional entre Galo e Flamengo já “de cara” na primeira rodada. Serão dois duelos de “primeira” entre o único time mineiro na Série A com o atual campeão brasileiro e uma disputa de JORGES. Que vença o Sampaoli sobre o Jesus e a concepção futebolística argentina sobre a portuguesa.
Rodou nas redes sociais nos últimos dias um vídeo de 2019 da jovem esperança do Galo, o atleta Savinho, de 16 anos, que já está treinando com a equipe de transição. O vídeo veio a tona em vista do meio-atacante ter assinado seu primeiro contrato profissional com o Atlético. A postagem traz um aproveitamento impecável nas cobranças de falta: três batidas seguidas no ângulo e indefensáveis.
O atacante, que tem passagens por seleções de base, é o atleta mais jovem da atual equipe de transição. É tratado internamente no clube como uma grande promessa e enche aos olhos dos amantes do futebol arte por sua categoria e jinga. Com mais de 100 dias, nunca se pensados, sem futebol no planeta bola, somos levados a buscar por tudo aquilo que nos remete a memórias e legados. Li, nos últimos dias, um artigo sobre o boleirês que domina a nossa língua. De 228,5 mil verbetes listados no Dicionário Houaiss, 502 possuem a palavra “futebol” em suas explicações.
Expressões que nasceram nos estádios, jogos amadores ou profissionais e em campos de várzea ou não, foram incorporadas ao linguajar comum. Oriunda da crônica esportiva ou de papos de arquibancadas, chegaram às ruas e aos livros. “Chutar”, é um exemplo. Mais do que o ato de bater com o pé, se tornou sinônimo de arriscar ou dar um palpite. Muitos tantos outros termos repetem na vida o que se dá dentro de campo e viraram metáforas de vivência. “Show de bola”, “suar a camisa”, “dar um chapéu”, “tirar de letra” e tantas e inúmeras outras expressões.
Para nós, seria o “Bica Bicudo”, “Aqui é Galo”, “O Galo é amor, não é simpatia”, “Galo é Galo”, “Eu torço contra o vento, quando uma camisa branca e preta estiver num varal durante uma tempestade”, “Galo forte vingador”, “Uma vez até morrer”, “Lutar, lutar, lutar” e por fim “O Galo é meu remédio”.
O mineiro e poeta Carlos Drummond de Andrade, torcedor também de um time de cores preto e branca, o vasco, rendendo-se ao esporte bretão, deixou-nos na poesia algo que daqui a duas semanas voltaremos a tirar as vendas dos olhos e ter novamente aquilo que nos encha a alma.
Futebol, por Carlos Drummond de Andrade
Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia,
futebol se joga na rua,
futebol se joga na alma.
A bola é a mesma: forma sacra
para craques e pernas de pau.
Mesma a volúpia de chutar
na delirante copa-mundo
ou no árido espaço do morro.
São voos de estátuas súbitas,
desenhos feéricos, bailados
de pés e troncos entrançados.
Instantes lúdicos: flutua
o jogador, gravado no ar
— afinal, o corpo triunfante
da triste lei da gravidade.
Bom dia Luciano, Eduardo, Lucy, atleticanos e atleticanas,
já disseram que o futebol é “o futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes da vida”, talvez ele seja a menos importante dentre as coisas mais importantes da vida… O Galo preenche espaços vazios. ….
Vou recorrer a outro grande poeta, Recifense, João Cabral de Melo Neto:
“A bola não é a inimiga como o touro, numa corrida; e embora seja um utensílio caseiro e que se usa sem risco, não é o utensílio impessoal, sempre manso, de gesto usual: é um utensílio semivivo de reações próprias como bicho, e que, como bicho, é mister (mais que bicho, como mulher) usar com malícia e atenção dando aos pés astúcias de mão”.
um ótimo domingo a todos
bom dia Eduardo e massa. grande texto luciano. parabéns a vovó do galo muita saúde e paz,100 anos ê para poucos e olha que nem 50 anos tem e ja estou cansado Rsrs. sobre o futebol do galo estou muito otimista mas com os pés no chão e bola para frente. o galo teve oferta no cachazares ok 7 câmera esta esperando para liberar o cachaceiro inresponsavel .qualquer milhares já é lucro. na minha opinião falta um 10 e 9 para fechar o elenco. os medalhões que abrem o olho que se não jogar bola vão para o banco de reservas. exemplo. rever.victor. Fábio Santos e Tardelli. boa semana a todos amigalos. se cuidam amigalos do vírus. volta galo estamos com saudades. vai galooo.