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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Mussula e Heleno: ídolos inesquecíveis

 

O texto sobre o Renato, publicado ontem, me fez viajar no tempo. Em conversa com Atleticanos, especialmente os mais antigos, nomes que marcaram nossa rica e invejável história centenária foram relembrados. Dois deles, ambos nem sempre titulares, foram mencionados insistentemente: Mussula, também goleiro; e Heleno, que, depois de João Leite, é o segundo atleta que mais vezes vestiu a camisa do Galo.

Mussula. Nome de batismo: Luiz de Matos Luchesi. Tive o privilégio de conviver com ele – num curto espaço de tempo – quando ele era supervisor de futebol no nosso time. Mussula formava, ao lado de Warley Ornelas, uma dupla de abnegados à disposição do Clube Atlético Mineiro. Começou sua carreira numa equipe sediada no Barro Preto, de 1955 até 1957. Após, descobriu o lado bom de Belo Horizonte; transferiu-se para o Galo.

De lá, passou pelo Villa Nova, voltou à sua origem, atuou pelo Renascença, e foi, ainda, para o América, até retornar à sua verdadeira casa, o Galo. Mussula era, como bem lembrou o executivo Álvaro Moreira, o nosso Geovanni. Reserva imediato de goleiros como Hélio, Renato e Mazurkiewicz (considerado, nos anos 70, o melhor goleiro do mundo).

Luchesi é natural de Belo Horizonte, atuou em 168 jogos e levou 156 gols. Foi campeão brasileiro de 1971. Depois de deixar os gramados, como disse acima, foi supervisor no Galo, assumiu de maneira interina e efetiva a condição de treinador. Em 1983, no posto de comandante, comemorou o título mineiro e ainda de campeão de Berna, na Suíça, superando times como Roma, Yong Boys e Grasshopper.

Fotos: UAI/EM – Heleno é o penúltimo, em pé, da esquerda para a direita

Heleno Abreu de Oliveira é outro nome que faz parte de minha extensa relação de amiGalos construída ao longo dos anos. Ele atuou entre 1971 até 1985. Foram 543 jogos (379 pelo profissional) e 25 gols marcados. Criado na base, era, já naquela ocasião, um segundo volante. Durante todo esse tempo foi chamado de reserva de luxo no time Atleticano. Sua titularidade efetiva só veio à tona por decisão do treinador Paulinho de Almeida. Sempre era utilizado pelos treinadores, que o viam como opção para mudar ou mesmo segurar resultados. Heleno atuava com a mesma desenvoltura na defesa e no ataque. Marcou época.

Oito vezes campeão mineiro, na conquista do hexacampeonato era o capitão do time, em 1983. Venceu importantes torneios internacionais, como Vigo (1977), Paris (1982) e Berna (1983). No primeiro, superamos Sporting de Lisboa, Torpedo de Moscou e Celta da cidade anfitriã. Em Paris, deixamos para trás o PSG da França, Colônia da Alemanha e Dínamo de Sagreb da Iugoslávia. Na goleada sobre o PSG, por três a zero, teve gol de Heleno, Reinaldo e Eder. Orgulho de nosso passado.

18 thoughts to “Mussula e Heleno: ídolos inesquecíveis”

  1. Boa tarde Eduardo!
    Lendo sobre os craques do passado que você e outros grandes atleticanos citam, fico imaginando como o Galo não ganhou tudo que disputou em décadas passadas! Como não vi alguns desses craques jogar, uso como parâmetro um jogador que pra mim é um craque e um dos jogadores mais importantes pra história do Galo, mas só ganhou uma Conmebol! Esse cara é o Marques. Um verdadeiro atleticano que em três passagens pelo Galo sempre fez tudo o que podia pra elevar o patamar, tanto tecnicamente (carregando times horrorosos nas costas) quanto financeiramente. Lembro que o mesmo foi vendido a um time japonês em 2005 deixando uma bela grana pro Galo e abrindo mão de 5 milhões de reais em dívidas acumuladas. Dito isso, peço sua opinião sobre duas coisas. Os jogadores mais importantes para a história do Galo e os melhores atacantes que você viu jogar no alvinegro! Adoro escutar as histórias do meu avô que é atleticano doente, mas o seu Vinicio ja está com os seus 94 anos e não consigo desfrutar das suas lembranças mais. Fica uma sugestão de post para discutirmos aqui.
    Saudações alvinegras!

  2. O Atlético precisa valorizar melhor a base, veja o exemplo recente do Gabriel, contrataram e pagaram caro por vários beques bondes (Edcarlos, Ronaldo Conceição, Felipe Santana) e a solução foi ele. Assim, tem acontecido em várias posições, precisam que ter paciência com os meninos da base, pois honrarão de verdade nossa camisa e num futuro podem dar até retorno financeiro como o Jemerson!!!

  3. O calendário melhorou muito, mas ainda precisa de ajustes. Vejamos:
    1 – Primeira Liga abrindo o calendário em janeiro: 6 datas (8 times em 2 grupos de 4, semifinal e final).
    2 – Brasileiro (início em fevereiro e término em Agosto)
    3 – Copa do Brasil ( final em Setembro)
    4 – Libertadores (o ano todo)
    Campeonatos Estaduais: início em Setembro e término em Novembro. Assim, os times poderiam salvar o ano, caso não tivessem êxito nas competições nacionais e internacionais.

  4. Eduardo. O GALO consegue recuperar muitos atletas considerados pela mídia como ex-jogadores. Para falar somente dos últimos tempos, quem não se lembra do Marques, Guilherme (centro avante), Ronaldinho Gaúcho? Até mesmo nosso capitão, Leonardo Silva, foi resgatado do lado obscuro de BH e, hoje, é um dos mais importantes jogadores do atual elenco. Por isso, acho que o Denilson, assim como esses ídolos acima, vai recuperar seu futebol quando vestir o MANTO SAGRADO e tiver o apoio da MASSA. Você não acha?

  5. Sugestão para o Calendário 2018.
    Essa mudança da Libertadores foi ótimo, assim os grandes campeonatos como Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil só começam a partir de Março.
    O Campeonato Mineiro e a Primeira Liga serve para dar ritmo de jogo, entrosar a equipe, um treinamento de luxo.
    Na minha opinião a Primeira Liga deveria ter 5 datas, 4 grupos de 4 times passando o campeão de cada grupo, semi final e final em jogo único.
    E o Campeonato Mineiro 13 datas, 10 times passando os 4 melhores e semi final e Final em 2 jogos
    Fica um calendário bem equilibrado valorizando o Mineiro e a Primeira Liga, com a primeira liga abrindo o calendário em Janeiro de 2018 e fechando no Máximo em Março com 5 datas, 2 em Janeiro, 2 em Fevereiro e a final em Março.
    Final do Mineiro em Maio
    Final da Copa do Brasil em Setembro
    Final da Libertadores em Novembro
    Final do Brasileirão em Dezembro
    Acho que fica bem equilibrado dessa forma e valoriza a Primeira Liga que é um embrião para no futuro comandar o Brasileirão.
    E o Mineiro também fica valorizado com 10 clubes é o ideal e o campeonato mineiro tem tradição e seu charme.

  6. Botafogo e Atlético Paraguay já estão em clima de Libertadores, os dois se classificaram na raça ontem e vão a faze de grupos.
    Acredito que esse ano a Libertadores fique no Brasil, além da quantidade de Brasileiros na faze de grupos, temos os melhores times.
    Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Galo para mim são os favoritos.
    Tomara que esse título venha para o único time de BH na Libertadores o Galão da Massa!!!
    Ontem o Palmeiras cometeu uma burrada liberou o Lucas Barrios para o Grêmio e ficou com Alecsandro vai entender né…
    Lucas Barrios é um ótimo jogador e foi mal aproveitado no Palmeiras, vai arrebentar no Grêmio reforçando o clube Gaúcho.
    Eles perderam Wallace e Douglas e ainda não tiveram reposição que continue assim pois o time deles é forte.
    Podem anotar aí um desses 4 levanta o caneco da Libertadores esse ano:
    Galo, Flamengo, Palmeiras ou Grêmio

  7. No futebol de hoje ninguém joga só com o nome, assim como o volante Denilson está sendo especulado, porquê não o Julio Baptista?
    São apostas que podem dar certo, o Ronaldinho Gaúcho quando chegou estava em baixa, muita gente criticou e deu certo.
    LÓGICO, que não pode onerar o clube, tem que ser contrato de EXPERIÊNCIA salário baixo e metas de produtividade, jogou ganhou, não jogou não ganha.
    Com um contrato de experiência de 3 meses não deu certo manda embora, evitando de ficar com jogadores inúteis no elenco como o Carlos Eduardo.
    Preservando o clube com contrato de produtividade e experiência sou a favor sim de jogadores como Denilson, Julio Baptista, etc, jogadores que já serviram a seleção e podem dar a volta por cima, o risco para o Atlético é muito pequeno pois está garantido por contrato entende.
    Acho que agregaria sim, mas só fazendo a experiência pra ver, as vezes contratações assim nos surpreende.
    O Danilo nos surpreendeu positivamente, já o Clayton nos surpreendeu negativamente, futebol é assim não existe uma lógica, tem que tentar, com sabedoria lógico.

    1. E sinceramente, vão querer me bater por isso, mas acho o Denilson craque! Está em uma fase ruim há alguns anos. Recentemente ressucitamos Ronaldinho, Jô, Datólo, Léo Silva, Réver e vários outros que vieram pro Galo desacreditados! Acho que com um contrato baixo esse Denílson também seria boa opção, bola ele tem.

  8. EduGalo, voltando no tempo, há uns anos atrás, no Glorioso, nós tínhamos o Vanderlei, jogava no meio campo, na época , a mídia o apelidou de, carregador de piano, no maio campo do Glorioso. Jogava muita bola, se não me engano, acho que hoje mora em Uberlândia.

  9. O volante Denilson está sendo especulado no Galo, é um bom jogador mas não joga em alto nível já algum tempo, não jogou nada no Cruzeiro e pode ser mais um Carlos Eduardo da vida.
    Eu até contrataria, mas só se for com salário baixo e contrato de produtividade.
    Jogou ganhou, não jogou não ganha, a diretoria tem que preservar o clube de contratações inúteis, não pode onerar o clube com péssimas contratações igual o Carlos Eduardo.
    Vale a aposta mas preservando o clube com um contrato de produtividade, e uma série de clausuras para rescindir o contrato na hora que o clube quiser, tipo um contrato de experiência de uma empresa.

  10. A maior atuação do Heleno foi contra o Ypiranga, numa das versões do Campeonato Rural. Perdíamos por 2 X 1 quando e ele apareceu marcou 2 golaços garantindo a nossa vitória por 3 X 2! Galo Sempre!!!

    1. Muito bem lembrado. Com um detalhe, jogou nesta partida com a camisa 7. Caia pela ponta direita, fechava pelo meio e ainda atacava. Jogos inesquecíveis.

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