Galo inspira declaração de amor a cada dia

Esse período sem jogos do nosso time, nem de longe afastou nosso pensamento e olhar para a sequência da temporada. No meu caso, como de outros amiGalos que diariamente produzem conteúdo sobre essa nossa paixão, temos de produzir algo para um bom debate. Breno Galante, com quem tenho o privilégio de participar eventualmente de suas lives, produz duas ou mais vezes todos os dias. Haja assunto, mas o Galo é uma fonte inesgotável e que dá prazer a quem dedica a este trabalho voluntário.

Tenho entre meus amigos, de vida e de Galo – se misturam -, que o tempo todo sem perceber me sinalizam pautas para trazer ao nosso Cantinho Atleticano. Foi assim nessa última semana, como em outras curtas paralisações que já convivemos. E na pandemia, durante aquele longo período de confinamento e sem convivência social. Se conseguimos passar por aqueles dias, sem descumprir com esse compromisso, tem algo que explica e motiva essa assiduidade. Falar de Galo, faz bem!

Depois de amanhã reencontramos com o nosso time em campo, vai ser um feliz reencontro, assim esperamos. Claro! Agora cedinho, ao tomar assento para redigir nossa prosa de hoje, me ocorreu que os dias sem Galo demoraram mas estão na reta final. Antes de iniciar a escrita, fui puxando aqui pela memória, como foi que esse espaço sobreviveu nesse período sem jogos ou treinos. Resolvi a reler as postagens e comentários da semana. Meus tempos de escola, desde a fundamental até os cursos de Jornalismo e Direito se mostraram presentes.

Tive o privilégio de ter grandes professores ao longo da vida. Desde o primário, depois ginasial e científico. No ginásio tinha o padre Torga, que virou ídolo de alguns amiGalos daqui como Mendonça, Otto e Teobaldo. Tem mais. No jornalismo, vários professores que depois foram colegas de trabalho, junto a amigas/os queridas/os que ajudaram nos primeiros tempos de redação. Na Milton Campos, uma casta de renomados nomes do Direito de invejável trajetória foram mestres dos primeiros formandos daquela Faculdade incipiente.

Se fosse citar nomes perderia o foco pretendido, mas destaco um inesquecível mestre. Décio Fulgêncio Alves da Cunha. Ter sido aluno dele é um dos grandes privilégios que a vida me reservou. E seu filho Epaminondas – para nós o Pepi – era nosso colega de sala. É hoje meu orientador para não cometer excessos nessa missão que o Galo me deu. Amigo de uma vida toda. Lá já são quatro gerações de Atleticanos. Pois o professor Décio tinha uma característica interessante. Levava sua esposa nos julgamentos que atuava. Antes da sustentação oral do caso no Tribunal, de improviso, renovava e fazia uma declaração de amor à sua amada companheira.

O que tem isso a ver com o Galo e o Canto do Galo? Nada! Pois tem tudo! Percebi, agora pela manhã, que esse compromisso e exercício diário exige essa renovação de amor, paixão, dedicação ao clube do nosso coração. Foi assim que passamos os últimos dias aqui no Cantinho Atleticano. Sexta-feira a razão de viver o Galo; sábado sobre a saudade do time; domingo da ausência de jogos e ontem provocando os atores que nos representam. Notei ali, sem ter sido programado ou premeditado, o quanto as aulas e as revelações do professor Décio e de todos os mestres da minha vida foram importantes. E falar de Galo é falar de amor! É sim uma declaração dessa felicidade e fidelidade. Aqui é Gaaalooo, po##@!

*fotos: Pedro Souza/Atlético