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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Entre o ontem e o hoje. Saudade x realidade

Max Pereira
@pretono46871088
@MaxGuaramax2012

“Há 62 anos assisti, pela primeira vez em minha vida, o Atlético jogar ao vivo, sentado nos ombros do meu velho e saudoso pai. Era uma noite fresca e com ar de chuva de uma quarta-feira que lá vai distante. Onde? No velho estádio Antônio Carlos, onde hoje se ergue o Shopping Diamond Mall”. Assim, iniciei o artigo “REMINISCÊNCIAS EM PRETO E BRANCO: HISTÓRIAS, FATOS, MITOS, LENDAS, CAUSOS, CURIOSIDADES E MUITAS SAUDADES, publicado em 7 de abril de 2020 na minha coluna PRETO NO BRANCO, no Fala Galo.

Naqueles tempos 95% da população de BH era atleticana e, entre os mais populares times da várzea belo-horizontina, Atlético suburbano e América Suburbano faziam um clássico singular. E, naquela época a relação entre a várzea e o futebol profissional era uma realidade bem distante dos tempos atuais. O que têm em comum João Leite, Cerezo, Paulo Isidoro, Marta, Evanilson e Dedê, dentre outros? A resposta é simples: todos se revelaram nos campos esburacados e lamacentos da várzea belo-horizontina.

Curioso não? Quem diria que a nordestina Marta, que um dia seria eleita a melhor jogadora de futebol feminino do mundo um sem numero de vezes e a melhor de todos os tempos entre as melhores, veio parar na várzea da capital mineira em busca de seu sonho. O ultimo dos moicanos da várzea belo-horizontina parece ser o atacante Bruno Henrique do Flamengo que, antes de se revelar no Goiás e atrair a atenção do Santos, mostrava o seu talento no campo de terra do tradicional Inconfidência do bairro Concórdia, enquanto, sem sucesso, tentava a sorte nas categorias de base do atlético e do rival azul, aonde chegou a ser registrado, mas nunca jogou.

Alguns clubes resistem teimosamente e, hoje, o Pitangui, na região que comunica os bairros Concórdia e Lagoinha, mantém o seu velho estádio com uma estrutura que até atraiu o futebol feminino atleticano, tão logo a modalidade foi reativada no clube durante a gestão passada.

Muitos torcedores lamentam o fim do futebol de várzea raiz. É cada vez mais difícil encontrar campos de terra onde garotada possa se reunir e jogar as suas “peladas”. E essa é uma realidade que não tem volta. Enquanto os campos de várzea vão deixando de existir, graças principalmente à especulação imobiliária, o país foi sendo tomado por escolinhas vinculadas a dezenas e dezenas de clubes nacionais e até mesmo do exterior como, por exemplo, Barcelona, Bayern, Real Madrid, Milan, Juventus, Boca Juniors que, não apenas mantêm convênios com varias escolinhas, como as sustentam e controlam.

Nas capitais e no interior essas escolinhas já selecionam garotos que, desde muito cedo, são levados pelos pais que sonham ver os filhos jogando em um grande time da Europa e faturando em euros. A maioria absoluta desses garotos é de origem humilde, vindos de família em situação econômico-financeira complicada e, por isso, são vistos pelos familiares, como a sua única chance de mudar de vida, de ter a casa dos sonhos, etc..

Paralelamente a isso tudo, surgiu no mundo do futebol uma figura que, não só veio para ficar, como também adquiriu uma força e um poder incalculável e, por ora, indestrutível, no mercado do esporte: o empresário, o agente que, desde cedo já adquire os direitos de gestão das careiras desses garotos, os amarrando a seu bel interesse. E quem assina esses contratos cedendo aos empresários a gestão da carreira de seus filhos são os pais, claro, a troco do tão almejado retorno financeiro. Na verdade, o agente de futebol monopolizou perversamente o mercado do futebol, contando com a omissão, a incompetência e, porque não aceitação, covarde ou heterodoxa, dos dirigentes.

Diferentemente do que acontecia no passado já relativamente distante, os meninos de hoje são levados para clubes da Europa em tenra idade. E o que para muitos que ainda veem o futebol sob um prisma lúdico e plástico é terrível, eles são enquadrados muito precocemente na cartilha do futebol atual e submetidos a uma chuva de conceitos táticos. O que, talvez, seria mais interessante e proveitoso para esses garotos como brincar e desenvolver o gosto lúdico pela pratica do futebol, é substituído por um rígido e engessador aprendizado. Isso com certeza explica porque o futebol é cada vez mais físico, tático e mental e porque jogadores plásticos e geniais como Pelé, Garrincha, Reinaldo e Ronaldinho gaúcho são cada vez mais raros.

Nesse cenário, o clube indica que a base atleticana, para revelar jogadores que tragam ao clube resultados esportivos e financeiros tem que se modernizar e diversificar a sua capacidade e os seus recursos de captação. E, claro, parcela significativa da massa, alheia a tudo isso e alimentando recorrentemente um descredito sobre tudo o que se refere e faz na base alvinegra, em especial quanto à qualidade dos garotos que lá estão perseguindo o seu sonho, insiste passionalmente na tese de que o clube deveria extinguir as suas divisões inferiores.

O alardeado e, lamentado por muitos aqui da confraria do Canto do Galo, fracasso das categorias de base do Atlético, já disse e repito, tem que ser pontuado corretamente. Várias são as variáveis que, à revelia da nossa vontade, historicamente vêm se conjugando desfavoravelmente a elas.

Uma delas, a descontinuidade de projetos. Outra, a eleição de pessoas de perfil inadequado para comandar a base e até mesmo de treinadores que ficam ali apenas de passagem, utilizando o clube como vitrine e trampolim para chegarem ao profissional, seja no próprio Atlético, seja em outras agremiações. A inapetência de quem tem comandado as chamadas divisões inferiores tem sido, ao longo dos tempos, uma trava na revelação e a evolução de muitos talentos que se perderam e saíram por aí, engrossando as fileiras dos nômades do futebol.

A utilização de ex-jogadores, torcedores natos do clube, algo tão condenado por muitos atleticanos, desde que o profissional tenha o perfil adequado, pode sim resultar em um trabalho de qualidade. No passado ex-atletas como o emblemático e saudoso Kafunga, Dawson Laviola, José Maria Pena e Barbatana, que também deixaram saudades, dentre outros, após pendurarem as suas chuteiras deixaram sua as suas marcas no clube.

Os jogadores da base, por sua vez, quase sempre são menosprezados antes mesmo de qualquer chance e massacrados ao menos erro. Ninguém sai da base pronto e voando. Embora muitos achem que qualquer jogador é obrigado a entrar em todo e qualquer jogo e arrebentar, jogar bem, fazer “trocentos” gols e dar um caminhão de assistências, a realidade do futebol é bem outra.

E, nunca é demais repetir que, cada jogador, jovem ou não, egresso da base ou não, vindo de um time pequeno ou médio ou não, de qualquer região do Brasil ou de fora do país, tem o seu “timing” próprio para se adaptar e render. Já escrevi várias vezes que, no futebol de hoje fundamentalmente, o jogador precisa de um bom ambiente, estar feliz e não ter medo de errar para render tudo o que o seu potencial indica.

Tem gente que critica o Atlético por estar captando jovens promessas, e jogadoras para o time feminino também, em países sul-americanos vizinhos, entendendo que os gringos estariam tirando espaço dos brasileiros. Já imaginaram se, por razões tão rasas e passionais, o Barcelona não tivesse levado Lionel Messi, ainda em idade de juvenil, para a sua base na Espanha?

Quer queiramos ou não, quer gostemos ou não, o futebol mudou e vai continuar mudando. Algumas coisas permanecem imutáveis, como por exemplo, as reações pessoais de cada jogador, jovem ou não, ás mudanças e ao novo. Alguns são “leões” de treino e, nos jogos, gatinhos tímidos. Quando chegou ao Atlético R10 viu Renan Oliveira treinar e ficou encantado. Disse até que estava ansioso para jogar ao lado dele e que gostaria de jogar tanto quanto aquele garoto. E ficou surpreso quando ficou sabendo que Renan Oliveira estava sendo emprestado e que, durante os jogos, não conseguia reproduzir aquele futebol dos treinos.

O preço para se jogar no Atlético sempre foi muito alto e isso precisa ser revisto. E entre o ontem e o hoje, é preciso reinventar o lúdico no esporte bretão, sem desconsiderar o complexo universo no qual o negócio futebol está inserido.

30 thoughts to “Entre o ontem e o hoje. Saudade x realidade”

  1. boa noite Eduardo e massa e Max pereira. já falei aqui e repito se fosse a diretoria do galo fechavam a base. para k ter jogadores da base sendo que pardal sampaoli e pardal cuca preferem sascha. Hyoran. Nathan.allan . Vargas. Mariano..Gabriel. tchê tchê. rever aposentado. Igor rabelo tartarugas. etc.e não dar chances a felipe Felício. Echaporã. Júlio César. neto. etc. os jogadores da base é simplesmente proibidos de jogar no time de cima. não é possível que no galo não tem ninguém que enxergam que os rivais ganham milhões em revelações de jogadores exemplo. flamerda. Palmeiras. grêmio.etc. está base do galo simplismente demora 50 anos para revelar algum jogador. culpados diretoria. presidente. treinador. ótimo final de semana a todos amigalos. vai galooo.

  2. Boa tarde a todos!
    Grande MAX !!!
    Ótima resenha,a melhor que já lí saindo das sua pena. Depois no finalzinho deu aquela “tradicional” passada de pano falando em timing
    ( que eu nem sei o que é) e outras coisas,mas no geral foi um ótimo texto.
    Grande Barata… apesar do fatídico 4/12/2011
    Apesar do vexame no mundial
    Apesar do último jogo contra as marias
    Apesar da roeção de unha
    Apesar da beijação na Santa
    Apesar de muitos pesares, ainda tenho uma gratidão ao Cacaoli ,pelo menos sempre respeitou a nossa instituição e a nós como torcedores,
    detestaria ver aquele gaúcho maria/flamerdista com nosso escudo.
    Abraços e saudações atleticanas!

    1. Reinaldo, boa noite.

      Muito obrigado. Muito bom que vc gostou e obrigado pelo feed-back. Mas, uma pergunta: por que reconhecer que alguém precisa de um tempo para se adaptar, se desenvolver, desabrochar e crescer é passar pano? E por que tenho sempre que ser cruel com os jogadores e nunca reconhecer suas dificuldades e limitações em determinadas situações?

      Um grande abraço e saudações atleticanas.

  3. Boa tarde E. Ávila, Max e demais Atleticanos e Atleticanas.

    A melhor explanação sobre a Base do Galo que li até hoje. Parabéns!

    Eu joguei bola na várzea, treinei no América e tentei a todo custo jogar no Galo, meu time de coração. Infelizmente tive que trabalhar e estudar, além de não ter recebido “aquele” empurrãozinho para seguir adiante.
    Atualmente o futebol é feio de se ver, e nos dá mais raiva que prazer.
    Os talentos (pedra brura) eram “burilados” de forma natural e espontânea; e bons ‘peladeiros’ chamavam atenção de olheiros que tentavam fazer a ponte entre a família e o clube. No passado isso deu certo para incontáveis jogadores.
    Hoje com os “agentes” tudo ficou superficial e comercial.

    Muitos de nós já fez perguntas do tipo que são respondidas aqui:
    – por quê a base do Galo revela tão pouco?
    – Por quê tantos garotos passam na peneira e tão poucos vingam?
    – por quê noutros clubes tem dado certo?
    Sim, as políticas e os métodos utilizados são determinantes.
    O quê pode e deve ser feito?, que já não tenha sido posto em prática?
    (apenas divagações!).

    Sobre o jogo de amanhã… se o Galo jogar focado e centrado ao menos “um tempo”, a vitória será nossa.
    O time do América é muito bom, mas o Galo ainda é melhor… senão no conjunto e entrosamento, ao menos individualmente. (estamos evoluindo).

    Quando chegar o momento de encararmos Palmeiras, Grêmio, Inter, Flu, Fla, Santos, SP, Boca e River, o time estará bem melhor e fará muito bons jogos.

    “Pés no chão, confiança e apoio irrestrito”! – ‘Aqui é Galo’!

  4. Boa tarde meu amigo!
    Eu consegui ainda pegar o futebol raiz, de chuteiras pretas e camisa por dentro do calção.
    onde o juiz era chamado de baitola, sem ofender ninguém. Saudade
    Voltando pra atualidade…
    Não me lembro de um jogador da base ser vendido por um preço significativo, olhando para o Savinho, que tanto fez brilhar os olhos de muitos , hoje vejo um jogador tímido em campo, eu particularmente não vejo nele mais a habilidade que tinha quando jogava com os outros meninos.
    Outra consideração…
    Deixa o GALO vencer, jogando bem ou mal, bem escalado ou não, estamos numa situação confortável, então vamos festejar!

    forte abraço!

    1. Márcia, querida.

      Muito bom ver você aqui na Confraria do Canto do Galo. Para quem não a conhece ainda vou contando que a Márcia é curitibana, de família torcedora do Coxa que, por isso tem um cantinho no seu coração, cada vez mais preto e branco.

      A Márcia é daqueles casos de paixão pelo Atlético que só nós galistas sentimos e entendemos.

      Certa vez o Galo foi jogar em Curitiba, ela conheceu Éder Aleixo e viu o time jogar. Saiu do campo já alvinegra de corpo e alma. Um detalhe: nunca tinha vista o Atlético jogar antes. E, ao sentir algo que nunca havia experimentado antes e nem sabia explicar ainda, se apaixonou pelo Galo para todo o sempre, amém.

      Mas ela é bem jovem ainda. E, se pegou o futebol raiz como diz, foi por osmose ou algo do tipo.

      Um grande beijo.

  5. Boa tarde!
    Não sou dos que querem que as categorias de base do Galo sejam fechadas, nem dos que acham que “Savinho” é o novo Messi, mas é impressionante como a máfia de empresários se apoderou do Galo.
    Eu não entendo porque é que Neto não é aproveitado na volância enquanto que Allan o horrível, e agora o Tchê Tchê, são intocáveis e protegidos por essa plasta à beira do gramado, vulgo roedor de unhas.
    Não entendo porque quase ninguém tem paciência com Sávio, Echaporã enquanto temos que assistir pacientemente Vargas, Sasha e Hyoran em campo jogo após jogo.
    Jogadores da base do Galo só entrarão no time principal por uma fatalidade, tipo, não tem tú, vai tú mesmo. Por exemplo, Jemerson quando foi lançado.
    Acho que a diretoria se arrepende amargamente de ter dado aquelas primeiras rodadas pro interino. Penso que eles esperavam que fosse um fiasco pra depois o “salvador da medalhinha” chegar pondo em ordem as coisas. Só que o cara colocou os melhores que ele tinha em mãos e cada um na sua, sem invencionice. Agora vem essa porcaria desse professor pardal, inventando um monte de merda e não pode nem ser questionado por algum repórter de verdade (o resto é imprensa marrom), que começa a dar chilique. Cê tá nos devendo o mundial, seu fdp!

  6. A conversa que tive com o ÂNGELO agora há
    pouco me trouxe as recordações do início da
    década de 60 , quando estava na equipe que
    formava o escrete do Colégio Santo Antônio,
    que disputava o campeonato colegial .

    Nessa época o Estado de Minas lançou para
    a garotada o Campeonato de Bairros .

    Então a gente do St Antônio, todos vizinhos,
    corremos para nos inscrever para o torneio
    com o nome de Águia Negra , a representar
    o bairro Funcionários .

    “Mandávamos” nossos jogos no campo de
    terra/areia do Colégio Arnaldo .

    E “saíamos” para enfrentar adversário em
    campos no Gameleira , St André , no Horto
    e por aí vai .

    Já pensaram na farra , na alegria , no show
    que era tudo aquilo ?

    Ah! , naquela época não tinha transição ,
    não tinha marcação alta nem baixa , posse
    de bola , ninguém jogava com regulamento
    debaixo do braço , bola quebrada ninguém
    saberia dizer o que era , pisava na área
    quem quisesse , pelos lados do campo era
    onde ficava a groselha que era vendida no
    intervalo , …..

    Tempos que nos foram surrupiados !!!!!!!!!!

    1. Caro Barata!
      Apenas como recordação, enquanto juvenil do América sob o comando de Lisio Juscelino Gonzaga, o popular “Biju”, secundado pelo Crispim, tão logo acabava o jogo do juvenil que era jogado no domingo de manhã, à tarde estávamos nós a defender o Time de”São Lucas”, do nosso “Biju”. Sem frescuras e dando sempre o melhor de nós. Em campo de terra ou somente careca, como o campo da medicina, colégio Arnaldo, Gameleira, Pitangui e tantos outros que fizeram a nossa alegria porque o que queríamos mesmo era sermos felizes!. Mesmo depois no Atlético, defendi vários times de várzea como Santos, Tremedal e outros mais. Isto sem falar no campeonato Bancário, no qual defendia do time do BEMGE (Banco Estado de Minas) posteriormente Banco Estado de Minas. Nada de frescura…só futebol por prazer!
      Você me fez voltar no tempo…
      Abraço.

  7. Salve Massa, Max e Guru!

    Uma das coisas mais salutares que existe é a divergência de opiniões, como dizia Nelson Rodrigues “Toda unanimidade é burra”. Nós torcedores somos plurais e cada um tem sua opinião e esta opinião deve ser respeitada.
    Me assumo como bipolar e por vezes me vejo criticando o time em alguns momentos e no momento seguinte elogiando. Digo isto porque, ontem após nossa vitória, fiquei questionando alguns comentários nesta nossa resenha do dia a dia.
    Será que não estamos sendo exagerados em nossas cobranças? Porque desconsiderar o feito de termos ido ao Paraguai e sair de lá com uma vitória e o primeiro lugar do grupo e primeiro lugar geral da liberta? E detalhe, ou certo ou errado Cuca escalou um time misto reserva e se deu bem e ponto final.
    Reconheço que o torcedor de 2013 para cá mudou bastante, passou a ser mais exigente, mais conhecedor das coisas internas do clube e mais vigilante, mas ao mesmo tempo este mesmo torcedor ficou mais amargurado, mais intolerante e muito mais afastado do espírito de torcida que apoia ao clube, do que antes.
    As vezes até nos esquecemos que mesmo aquele time que foi campeão fez partidas muito piores do que a que realizamos no Paraguai e pior, saiu também com resultado adverso. Então meus caros, a crítica é bem-vinda e devemos cobrar sim, mas também precisamos valorizar os bons resultados, mesmo que estes não sejam fruto de uma boa apresentação.
    Se em 2005 mostramos ao Brasil a nossa paixão pelo clube ao cantar o hino no descenso em pleno Mineirão, se em 2014, fizemos o Brasil se impressionar com o “EU ACREDITO”, porque não mostrar novamente que mudamos sim, mas que a nossa essência continua a mesma.

  8. Bom dia a todos! Já perdi as esperanças na base do Galo. Gasta-se muito e rende pouco. Já pensei até numa solução drástica, acabar com a base. Criar dois times, o principal, formado por cerca de 35 jogadores, e o sub 21, formado por jogadores a partir de 17 anos adquiridos em outros clubes do Brasil e outros países. Ficaria muito mais barato. Dos trinta jogadores do atual Barcelona, apenas 5 chegaram ao clube com menos de 17 anos. Vamos pensar nisso.

  9. Boa tarde amigos do Galo. O Cuca anda fazendo tantas experiências malucas e deixa de fazer outras até previsíveis, eu gostaria de ver o Dodô atuando no lugar do Alan, que está suspenso para o jogo contra o América. Rever, mesmo com a idade, com certeza é melhor que o Lento Rabello. O NOSSO GALO TEM OBRIGAÇÃO DE GANHAR O MINEIRO.

  10. Prezado Paulo, bom dia.

    Você tem razão. Eu poderia ter sido mais explícito em relação à transição da base para o profissional que, no Atlético, sempre foi particularmente deficiente é complicada. Já falei especificamente sobre isso aqui mesmo no Canto do Galo e em outros espaços.

    Muito obrigado pelo feed-back.

    Saudações atleticanas.

  11. Bom dia,

    Excelente texto, minhas observações sobre este assunto já postei dias atrás quando esse mesmo assunto foi abordado.
    Mas deixo apenas uma pergunta: Será que o Echaporã e o Sávio conseguiriam ser pior do que o Vargas foi no último jogo.
    Se sim, despensa enquanto é cedo.
    Se não, o sistema está apodrecido.
    Minha resposta seria, impossível. Daí tenho a convicção que a transição da base para o profissional no nosso time esta contaminada, só uma ordem ditatorial poderia mudar isto, porque os garotos que hoje estão lá não foram investimento dos Menim, então eles não olharam por eles, preferem ir ao mercado sul-americano e aumentar seus investimentos, daí pode esperar que será diferente.
    O maior exemplo do que falo chama-se Dylan Borrero.
    O empresário é o verdadeiro urubu, e os garotos são seus alvos, garotos vindo do Nordeste (falo de SP estado), sem família por perto são seus preferidos, ou mesmo os que necessitam de um auxílio financeiro imediato, este quase sempre vinga e se torna um jogador na sua maioria medíocre. Do outro lado vimos profissionais da base dando oportunidade aos apadrinhados dos empresários a troco de almoços em bons restaurantes e até mesmo propina velada, e o craque talentoso que não tem empresário ou condições de pagar por jantares e mesmo dar dinheiro vivo ao “assistente do treinador” não consegui uma vaga no time, essa é a realidade, mudada apenas por alguns pontos fora da curva.
    Assim se extingue o craque e o futebol se torna berço de pernas de pau e vemos essa mesmice que se tornou o futebol brasileiro, acredito que nenhum time do Brasil fique fora do que estou falando.
    Como já disse anteriormente, falo de cadeira.
    Ontem assisti ao primeiro jogo da final paulista e digo que espero o cruzamento do nosso Galo com aquelas equipes numa fase mais adiantada da libertadores, ambas estão muito bem treinadas e entrosada, e é o que espero do nosso Galo para daqui a mais um mês.
    Hoje ainda possuo algumas dúvidas, como: Quem será o substituto do Savarino, e o titular ao lado do Alonso ou mesmo seu substituto, espero não ficarmos com a mesma dependência do Savarino que tivemos do Keno em 2020.
    Bom fim de semana a todos!

  12. Nós atleticanos , estamos, finalmente, empolgados , , porém com pés no chão. Estamos assistindo o time se entregar nos jogos, buscando a vitoria , lutando muito por ela. E quando o comprometimento se traduz em resultados positivos , como deve ser, é ótimo, espetacular. Está havendo uma resposta dos jogadores , uma resposta positiva ao que cuca deseja implantar no galo. Palavra da vez, gestão de vestiário , traduzindo , é a união e companheirismo dos atletas em busca de objetivo comum ao grupo , atletas e comissão tecnica. Nota se os jogadores motivados, verdadeiramente motivados , o treinador, idem. Enfim, paz no café da manhã. Amanhã, graças a Deus , termina este horroroso, péssimo , horrível campeonato mineiro.Que tentou, novamente atrapalhar nosso objetivo maior. Esticaram este lixo mais de um mes desnecessariamente. Amanha, enfrentaremos o america , cujo presidente aposta em sua equipe campeã. Extrapola seus quinze minutos de fama e gloria e reinvindica 200 torcedores pra cada time. Ou seja, teriam que arrumar 20 kombis ou mais, se nenhum faltar.

  13. Bom dia, Max, bom dia, Canto do Galo!!!

    O Atlético passa por uma mudança profunda na sua história e o tempo presente, no que toca ao novo modelo de gestão, tem tudo para ser um divisor de águas.

    O Atlético haverá de ser um dos cinco protagonistas do futebol brasileiro, se já não o é, e nesse sentido o “Trabalho na Base” haverá de frutificar e render no tempo certo…

    Eu Acredito…

    Sobre a decisão contra o América antevejo um jogo muito difícil…

    Sabe-se desde antigamente que “o jogo é jogado e o lambari é pescado”.

    Naquele último jogo contra o Cruzeiro essa máxima do futebol foi esquecida pela Torcida que acreditou, porque acreditou, que o Atlético iria golear de forma vingativa por 6 a 1, 7 a 1, 9 a 2 e vários outros placares elásticos e desarrazoados…

    A euforia da Torcida foi muito exagerada antes daquela partida e deu no que deu…

    Por isso é bom descartar qualquer favoritismo exagerado para o Atlético nessa partida…

    Ademais, o “Kuei”, como gosta de falar o Eduardo, é time organizado, bem treinado pelo Lisca e que tem a presença de vários bons jogadores…

    Sem arrogância, vejo o Atlético um time melhor, com um melhor elenco e Cuca com ótimo trabalho na gestão de grupo para controle do vestiário…

    Por isso creio em favoritismo do Atlético que tem a seu favor a vantagem do empate.

    O momento do Atlético é muito bom e isso, pela confiança, que é fator de peso e de sucesso no futebol, é fundamental.

    Creio que Cuca saberá escalar o Time e montar a estratégia correta para superar o América que vai entrar em campo buscando a vitória…

    Fosse para traduzir em percentual as chances do jogo vejo vitória do Atlético (30%), empate (40%) e vitória do América (30%).

    Para mim o Galo é favorito pela vantagem e o América entra como franco atirador e zebra.

    E se existe a zebra ela pode aparecer.

    Por isso é bom dosar o otimismo para não deixar que o Time seja contaminado pelo fator salto alto…

    “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”

  14. Os lotes e terrenos vagos , devido ao furor imobiliario , estão cada vez mais raros. Lugares onde se encontravam Tostão , Reinaldo, onde mostravam sua magia e arte ,estão em vias de extinção , o progresso, engole, a cada dia que passa, o futebol puro e romantico de décadas atrás, lugares onde eram os campinhos, o saudoso terrão , dão lugar , hoje , a arranha céus, a conjuntos habitacionais. É o preço do progresso , o lado negativo da modernidade. Parabens pelo belo texto , Max.

  15. ÂNGELO,

    falamos aqui sobre isso desde sempre .

    Acrescente-se à sua relação os torneios colegiais , tanto no salão como no campo .

    Futebol era vivido , fazia parte do dia a dia da molecada , sem nenhum compromisso a não ser com o prazer de ser jogado .

    No início e no fim das aulas as bolas de meia eram mais importantes que os livros .

    Nesse caldeirão surgiam os jogadores que , naturalmente , carregavam a arte do futebol .

    Acabou , caro ÂNGELO !!!
    Hoje os caras são fabricados , tal qual se produz um jogo de totó .

  16. GIBSON STUART e WILSON 21/05

    Tenho por norma responder a quem me cita e ontem os dois se expressaram referindo-se , simpaticamente , à minha pessoa .

    Muito me alegra e me satisfaz ser merecedor de atenção , notadamente quando o comentário tem uma carga tão grande de afeição e carinho .

    Pessoas idosas são assim , emotivas mesmo .

    Só tenho que agradecer-lhes pela leitura .

    Em tempo : já tomaram seu Toddynho hoje ?

    p.s.
    Meu primeiro texto rascunhado não ia bem nesta direção , mas , pensei bem e percebi que vocês não merecem um mínimo de preocupação e desgaste .

  17. Quase parei de ler em “Era uma noite fresca”, mas o meu lado “politicamente correto” foi mais forte. Continuei o texto fez-me lembrar meus tempos de peladeiro pelos campos de várzea de Belo Horizonte, mais precisamente os campos do Brasilina (o Campo da Grota, onde o Sr. Antônio comandava o Unidos da Vila Brasilina); do Pompéia; do Ferroviário (o Ferrim, do Horto); do Tupinambás; do Saudade (onde, salvo engano, “nasceu” Toninho Cerezzo que depois foi para um time do bairro Alvorada antes de ir para o Atlético).

    Particularmente também guardo lembranças do Campo do Najá, no Bairro Santa Efigência), que fora implantado junto a uma adutora de água da COPASA (tomávamos banho num vazamento da tubulação), e que tinha muito cascalho e era na beirada do barranco. Um dia tomei um “chega pra lá”, caí no barranco e cheguei todo ralado pelo cascalho e com o uniforme todo furado. Ainda tomei um esporro por ter estragado o uniforme.

    Abraços!

  18. Questão de ponto de vista:
    Gabriel foi bem. Quase fez um pênalti infantil, mas a culpa foi do pessoal que deixou o cara costurar como quis. Incrível. Já no jogo do América de Cali o sujeito driblou facilmente dentro da área o Alonso.
    Alonso errou alguns passes na saída de bola que deu calo nos olhos. Deve estar cansado. Precisamos de um reforço na zaga imediatamente. Igor rabello e Rever não vao aguentar o tranco.
    Dodô está desaprendendo a jogar bola. Tem que voltar ao que era lá no começo do mineiro. Perdendo lances bobos na defesa, embora pelo menos saiba cruzar bem. O concorrente dele é forte, mas pelo ritmo do Arana, ele será sempre convocado, e é bom o Dodô jogar bola.
    Allan assumiu o posto do Pierre com um passe melhor. Vai ser desta forma até o final, botinando os caras. Pelo menos acerta alguns bons passes.
    Tchê2 roda bem a bola no meio. Não pode deixar ele ser último homem. Ontem quase entregou uma bola IGUAL a do campeonato mineiro. Não sabe jogar ali.
    Hyoran poderia ser negociado com o América pelo Alê. Deve ser leão de treino. Não acho que tenha condições de jogar no Galo. Não tem intimidade com a pelota. Cuca demorou demais para colocar o Nathan no lugar dele.
    Vargas não sabe finalizar. Atacante com medo de gol. Sendo assim, Vargas tem que entrar com o Hulk em campo. Ainda pode ser útil.
    Também acho que o trabalho do Sampaoli no Galo foi excepcional. Saímos de um time que perdeu para o Afogados do Ingazeiro para a 3o no brasileirão. Só a premiação do brasileiro já pagou a comissão dele. E com a base dele o Cuca conseguiu a liderança da Libertas. Não é pouco. Pecou em suas invencionices e em alguns nomes equivocados para o time, mas o saldo foi positivo. Cabe agora ao Cuca encaixar outras peças e terminar de azeitar a máquina.

  19. Prezados Ávila,atleticanas e atleticanos.
    Belíssimo texto amigalo MAX!
    Na medida em que cresceu o futebol como negócio, afastou-se do futebol de raiz, da pelada, da rua, dos campos de várzeas, dos subúrbios, etc…

  20. Bom dia, Eduardo, Max Pereira, atleticanas e atleticanos que gostam dessa coisa de ser líder, invicto e absoluto também na Libertadores. Tá bom, calma, não precisa discutir comigo, é fase de grupo da Liberta e ainda falta um jogo em casa contra um time venezuelano que deve ter ótimos jogadores de basebol. MAX PEREIRA, obrigado pelo seu belo texto reflexivo sobre o ontem e o hoje. Mas não é a base do Galo o problema e sim a gestão dos garotos pós subida. Deixa prá lá. Quero falar é do anteontem mesmo.

    Eu também não gostei da escalação que o Cuca inventou para formar o time alternativo. Eu já disse aqui diversas vezes que ele teria dificuldade para escalar qualquer time além daquele que tem sido titular porque o elenco não favorece. No entanto, no decorrer da partida eu fiquei até surpreso com o modo como o time agiu. Foi bem melhor do que eu imaginava e teve controle total do jogo. Tá certo que o time do Cerro é uma baba, mas não importa o adversário, ter o controle do jogo é fundamental. Por ser um time misto jogando contra um time muito ruim o jogo em si não agradou. Foi ruim e fraco em todos os aspectos. E todos nós vimos que tirando os titulares do Cuca fica difícil acreditar em coisa grande para o Galo.

    Porém, quando aquela bola chutada pelo Keno entrou no gol do Cerro eu esqueci de tudo o mais. Danem-se os medos e cornetagens. O Galo venceu o jogo. Venceu fora de casa dois jogos seguidos na Libertadores. Venceu e assumiu a liderança do seu grupo e a liderança geral da competição. Venceu e está a um jogo de se tornar o melhor time da competição, exatamente como em 2013. Venceu e fez valer a escrita do seu hino que é vencer, vencer, vencer. Venceu apesar de não ser o melhor time do país, nem do continente e nem do mundo. Eu estava lá, na frente da TV, torcendo para ele vencer e ele venceu. Estou feliz da vida. O que mais eu posso querer?

    O GALO ESTÁ VIVO E ATIVO. VENCENDO A DESCRENÇA DE ALGUNS, VENCENDO PARA OS QUE ACREDITAM, VENCENDO AS CRÍTICAS E OS CRÍTICOS, VENCENDO AS LIMITAÇÕES DE SEU ELENCO POBRE, VENCENDO AS DIFICULDADES DO SEU TREINADOR, VENCENDO, VENCENDO E VENCENDO.

    1. Isso aí, Paulo!! Venceu, venceu com gol legítimo. Não importa se no primeiro ou no último minuto. Não entendo o torcedor, neste caso o do Galo. Quando um time argentino vem aqui, cozinha o jogo, catimba etc, nós ficamos de boca aberta, elogiando, babando ovo dos cara. Aí quando nosso time faz isso, sopram as cornetas. Vcs ou nós não reclamávamos que o time não sabe jogar determinado tipo de jogo?? Ainda mais fora, no campo adversário?? Vamos torcer!!!

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