Outra semana longa sem jogos do Galo. Isso nos permite trazer à tona novas discussões, ainda que acerca de nosso time, mas distante do factual das partidas e rodadas das competições em andamento. Dois assuntos me motivam nesta quarta-feira. Vamos a eles. O primeiro é sobre o fato ocorrido no Campeonato Paranaense, quando as duas maiores equipes do Paraná – num exemplo a ser seguido especialmente pelos clubes fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo – bateram de frente com a emissora chefe da madrasta do futebol brasileiro. Refiro-me à dona das transmissões que manda e desmanda na CBF, de modo a não privilegiar todos, tanto na questão de recursos quanto no tocante às decisões administrativas.
Unidos, Coritiba e Atlético Paranaense decidiram que o clássico seria transmitido via Youtube. Por sua vez, a pelega Federação daquele estado, alegando falta de credenciamento, tentou impedir a reação legítima dos clubes, que, mais que a Primeira Liga, contribuíram para a moralização do esporte no Brasil. Faz-se necessário ações mais eficazes, como essa de domingo. Sete a um foi pouco.
Sem entrar nos méritos da emissora no que diz respeito ao tratamento de temas relacionados à economia, à política e aos bons costumes (a programação é promíscua e agride a família constantemente), abro este espaço para o Torcedor do interior, pois na minha casa não se registra audiência nem para ver o Fred pedir música no Fantástico. Dentre as dezenas de comentários registrados no blog sobre a vitória do Galo em cima do Coelho, muitos reclamaram que a TV impôs a veiculação do jogo entre Flamengo (tinha de ser!) e Madureira.
Os mineiros do Triângulo, do Alto Paranaíba, da Zona da Mata e do Sul de Minas estão privados pela ação inescrupulosa de quem tenta, além de fornecer um noticiário altamente tendencioso, impor uma programação que contempla exclusivamente os times do eixo. Edu Galo Santana, que em outras ocasiões já havia levantado essa questão, foi além e indagou: se uma emissora do interior do Rio de Janeiro transmitisse jogos do Campeonato Mineiro, os cariocas iriam aceitar?
Marcos Paulo não esconde seu descontentamento. Ele reclama do desprestígio da emissora com Minas Gerais, e afirma, ainda, que o Torcedor não esconde sua revolta com a dona do futebol. Dona Helena Porto, outra Torcedora ilustre que tem lugar no coração deste blogueiro, recentemente, por meio de sua filha Gerusa, mandou um recado pedindo reação imediata contra esse absurdo. Ela ficou privada, em Barbacena, de ver o jogo do Galo, pois a TV mostrava jogo do campeonato carioca. Unamo-nos!
Meu segundo pitaco diz respeito ao jogo de domingo. Não sobre a partida, jogadores ou arbitragem. Ocorre que, no intervalo da partida, numa interessante ação de marketing, o placar eletrônico destacou cinco goleiros extraordinários de nossa centenária história. Foram elencados, na ordem: Kafunga, João Leite, Taffarel, Veloso e Victor. Todos incontestáveis, embora não tenha visto o primeiro atuar. Guardo ótimas lembranças de Kafunga. Além de tê-lo entrevistado, trabalhei na Câmara Municipal quando o então comentarista era vereador. Adorava fazer boas resenhas com o mestre.
João Leite também é indiscutível. É o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Galo ao longo da história: são 684 partidas, número que dificilmente será ultrapassado. Dentre os três maiores ídolos que vi atuando pelo Galo, Victor encontra-se ao lado do eterno Reinaldo e do bruxo Ronaldinho Gaúcho. Com relação a Veloso e Taffarel – sem ter a intenção de fazer avaliação e/ou polêmica –, penso que um deles poderia ceder lugar a um outro goleiro que jamais pode ser esquecido pelo Atleticano. Melhor: seis deveriam ser homenageados.
Renato da Cunha Vale. Hoje, com 72 anos de idade, mora em Uberlândia, cidade que leva o nome do clube que o recebeu. Cunha é destaque do título brasileiro de 1971. O carioca, como terceiro reserva, atuou naquela noite chuvosa. Criança, em Araxá, presenciei a partida. Criado nas divisões de base do Flamengo, foi contratado pelo time do Triângulo depois de um amistoso entre as duas equipes. De lá, veio para o Galo. O jogador retornou para o futebol do Rio de Janeiro, passou pelo baiano e nos Emirados Árabes.
Para quem não se lembra, assim como é a atuação de Victor nas penalidades (especialmente naquela do Riascos), Renato foi o responsável pela conquista na década de 70 ao defender, milagrosamente, uma bomba de Gerson ao final do jogo. O feito assegurou o título de primeiro campeão brasileiro ao Galo. Recentemente, cerca de cinco anos atrás, ele esteve humildemente na sede de Lourdes, ainda naquela antiga sala de troféus. Foi impedido de subir ao andar superior, onde queria relembrar sua história no nosso clube. Duas injustiças com o nosso Renato: ser barrado nessa visita e sequer ser lembrado pelo que representou ao Clube Atlético Mineiro.
Peço permissão ao amiGalo Ricardo Galuppo para transcrever a narração do lance heroico descrito no “Raça e Amor”, lançado em 2005. Após narrar o gol de Oldair, numa cobrança de falta milimétrica, na vitória de um a zero sobre o São Paulo, Galuppo escreve: “Minutos depois, Renato Cunha Vale, o goleiro atleticano, impediu um gol de Gerson e evitou a tragédia. Mandou para escanteio um chute violento, da linha da pequena área. Foi a defesa mais espetacular já praticada no Brasil desde que, no ano de 1894, Charles Miller chegou a São Paulo com duas bolas de futebol”.
Ontem, tentei com o próprio ex-goleiro conseguir a imagem dessa defesa, para dividir com os caros leitores. Sem sucesso. Renato me disse que procura o material há décadas. Caso alguém tenha o lance, por favor, vamos dividir com todos e presentear um dos responsáveis pela conquista de 1971. Ele, Renato, ao lado de Dario e de outros, construíram grande parte de nossa história.
Boa Noite Eduardo!
Sou administrador da página do Goleiro Renato no facebook, e vi que você curtiu a página, parabéns pelo seu trabalho. Recebi uma libação Renato falando desta sua matéria e vim conhecer, bom mesmo mante viva a memória de todos que lutaram para escrever a história do Clube Atlético Mineiro, e com certeza o t´titulo de 71 do Brasileiro durante muitos anos alimentaram a alma de todos nós, e é triste quem não zela de sua história e de seus personagens. Parabéns, um grande abraço e obrigado por manter viva a imagem do grande RENATO VALLE.
Caro, ObriGalo pela visita e postagem. Estou empenhado agora em conseguir o vídeo daquela defesa. Fiz vários contatos hoje, ainda aguardo duas possibilidades.
Gaaalooo Sempre!
Edu.Acabei de ler tudo do dia 22/02.
Obrigado pela sua citação,e obrigado,também por todos os comentários dos seus seguidores.Naquele dia,o que mais me doeu,foi um poster do time de 71,velho e feio,estava caído no chão da vitrine,escondido.Os funcionários eram jovens,e eu também não me apresentei.O clube em si não deve ser acusado,pois quem olhar o meu face (/goleirorenato),verá na galeria de fotos da minha casa:o Galo de Prata,Medalha do Centenário,Placas de Prata endereçadas por diversos Presidentes.
Abraços para o Galuppo,e valeu Edu.GALO SEMPRE RENATO!!!!!!!!!!!
Que honra receber seu comentario, caro e eterno idolo Renato. Você está na galeria e no coração de 8 milhões de Atleticanos. Isso é valioso.
Te-lo no meu circulo de heróis Atleticanos de todos os tempos, muito me causa orgulho. Sem vaidade, claro!
Gaaalooo Sempre!
Falando mais sobre a rede de TV que manda, ontem tivemos vários jogos da Copa do Brasil e o SporTV 2 passava o VT de um jogo do campeonato carioca, eles querem é acabar com o torcedor. E o mesmo jogo que passava no 1 passava no Fox Sports 2, por que não era outro qualquer? Quem assiste VT de um jogo ridículo?
Como disseram acima, reparem essa injustiça que fizeram com o Renato. Ainda dá tempo. “O Clube Atlético Mineiro é grato àqueles que engrandeceram seu pavilhão”.
Quanto aos goleiros acima mencionados, todos excelentes e marcantes na vida atleticana, nenhum foi mais especial para mim, e tenho certeza, para a minha geração de atleticanos, como foi Ortiz. Nunca vi um formador de torcida que se equipare a ele, exceto Reinaldo. Naquele tempo, não se vendiam produtos oficiais do time, como hoje, mas as lojas de Belo Horizonte tiveram que se virar para aproveitar a imensa procura, e encomendaram às fábricas de material esportivo existentes uniformes de goleiro iguais aos do argentino. Para a criançada atleticana da época, que se constituía na imensa maioria de então, o diferencial da bermuda e da fita na cabeça foi um arrasa-quarteirão, um blockbuster como nunca houve antes em Belo Horizonte e em Minas Gerais! Era batata: a meninada pedia para os seus pais o uniforme do Ortiz ou a camisa preta e branca com o número nove vermelho do Reinaldo (ou ambos). Pena que ele saiu do Galo como saiu e morreu no injusto ostracismo que lhe foi dedicado. Quanta saudade, Eduardo, dos domingos ensolarados de Mineirão com 100 mil pessoas assistindo os jogos do glorioso pacificamente, das centenas de bandeiras alvinegras, do grito incomparável de Galôôôôôôôôôôô (bastava isso, não existiam esse incentivos modinhas de torcida organizada que são copiados de outras torcidas organizadas), sob o embalo das orquestras sinfônicas de Vitor Bastos e do Bororó! E claro, do show que o Galo proporcionava em campo, arrasando seus adversários com um futebol nunca visto antes nestas Alterosas, premiando a massa atleticana com uma overdose de gols, títulos e alegrias! Bons tempos que não voltam mais!
Caro, emociona ler seu testemunho. Fomos privilegiados, vivemos tudo isso. Se não veio títulos, sobrou festa e alegria a cada partida. Aragão e Wright, entre outros, pararam o Galo.
Obrigado, Eduardo! Quem bom que você gostou! É um depoimento sincero, do fundo da alma. Quem, como nós, teve o privilégio de ver esse time jogar, dentro de um Mineirão lotado pela massa atleticana, não teve escolha (graças a Deus!): é Galo na cabeça! Abração!
Não vi o Renato jogar (nasci em 72) mas li tudo que fui capaz sobre a história do nosso GALO e com relação a essa observação me pergunto: onde essa pessoa que fez essa referência aos 5 ex-goleiros do GALO viu futebol apresentado pelo Veloso com nosso manto???? A passagem do Veloso por aqui foi, no mínimo, medíocre!
Com relação à famigerada TV, consegui instalar uma TV por assinatura a 8 anos e nunca mais assisti um único programa dessa emissora. E não assisto aquele programa do Galvão Bueno no EsporTV também. Lixo!!!!
Velloso foi excelente no Palmeiras e no Galo. Quem viu sabe disso.
Tenho 29 anos e não vi a maioria desses goleiros jogar, mas sempre ouvi meu pai falar de João Leite, Renato e Marzukiewski. Dos que eu vi (década de 90 pra cá) vejo o Velloso como o melhor deles. Victor com certeza é o maior ídolo e o goleiro mais importante da história do Galo. Mas vejo o Velloso melhor que ele, Taffarel, Diego Alves. Outro que ficou pouco tempo no Galo, mas se mostrou o melhor goleiro brasileiro na sua época era o Bruno. Esse seria um dos maiores da história da Seleção, pois se não estivesse preso já teria duas Copas do Mundo no currículo.
Renato da Cunha Vale, nosso goleiro Campeão do Brasil, 1971… Tem que estar em qualquer lista de goleiros que se faça no Atlético!…
Mas este assunto perde a importância diante do que li e no que estou custando acreditar… Renato chegando à Sede de Lourdes em qualquer tempo teria que ser recebido e conduzido com honras e estardalhaço e matéria na imprensa… Que que é isso, Galo?… Cinco anos atrás, isto aconteceu por volta de 2012… Uai, Kalil!… Pelo Amor de Deus!
Um Clube é uma coisa sagrada, que não pertence a ninguém e é de todos e cada um… Os homens que se encontram à frente de um Clube não podem um só instante pensar em esquecer isto… São eles que expõe o Clube, são eles que endividam o Clube, são eles que praticam uma ação de humilhar que vestiu a camisa do Clube e a molhou de suor e às vezes até mesmo sangue, tendo sido ídolo ou não… Há alguns anos eu custei dormir depois de ler uma matéria no jornal mostrando o ex-jogador Totonho, centroavante que dentre outras num Atlético x Cruzeiro em 1970 fez dois gols virando o jogo a nosso favor, mendigando pelas ruas de BH… Não entendi e ainda não entendo como o presidente da época conseguiu dormir sossegado não tendo mandado buscar o Totonho… O Atlético seria menor se Totonho tivesse sido alocado como jardineiro ou outra coisa similar na Vila Olímpica, por exemplo, lá mesmo ele ganhando um quartinho pra passar a noite?… Claro que não. Não teria se tornado menor. Também não teria se tornado maior porque o Clube Atlético Mineiro não pode ser maior… Às vezes a gente precisa falar isto para os homens do Atlético… Não é bom a gente precisar fazer isto… É bom qdo a gente diz isto pros adversários cheios de vaidade. Para os adversários é bom.
Saudações, Renato!
Disse em torno de dez anos, mas pode até ser mais que isso. Como consegui o contato dele, vou apurar direito.
De Ávila .sobre os maiores goleiros do Galo, eu colocaria o lendário Mussula entre os 5 maiores e tiraria ou Taffarel ou Veloso da lista . Ambos foram goleiros maravilhosos ,com Histórias indiscutíveis no futebol brasileiro e com relevantes serviços prestados ao Galo em períodos que estão longe de ser dos melhores da nossa História. Mas o Mussula deve estar entre os 5 .
E ,quanto ao caso envolvendo o Renato, digo que o clube deve se desculpar pelo mal entendido e o departamento de marketing lhe prestar uma homenagem . Não é mais admissível no futebol brasileiro que um clube como o Atlético aja com descaso em relação a um ex-jogador, ainda mais com uma contribuição dessa para a nossa História
Caro, concordo integralmente com suas observações, tanto que amanhã (já está editada) acredito que vai aprovar a postagem a ser publicada. No mais, Gaaalooo!
Os arqueiros citados não os vi em ação ,mas um que eu pude ver in loco foi o Miguel Ângelo Ortiz . Baita goleiro, que tbm foi injustiçado ( acusado de ter se vendido em um determinado jogo que não vale a pena relembrar) . O cara além de pegar muito,tbm se arriscava nas cobranças de pênaltis. Qto ao Renato ter sido barrado em sua própria casa, digo apenas que aqueles que não preservam seu passado ,correm sério risco de não ter futuro… Lamentável ! que isto seja reparado,ainda dá tempo. Com a palavra a diretoria… GALO
Caro, sobre aquele título perdido que debitaram na conta do Ortiz, tenho outra leitura. A partida decisiva, apitada por um paulista, teve bandeirinhas mineiros. O gol do título Atleticano, marcado por Marinho (ponta direita) foi covardemente mal anulado por um destes bandeiras, que era juiz e trabalhou como auxiliar. Seu espírito não deve estar sossegado, bem como o legado que deixou deve pesar sobre os ombros de quem o sucedeu.
Concordo com você ,só que o BO foi todo na conta do Ortiz … uma pena ! Mais uma das muitas injustiças impostas ao CAM por esta turma que veste amarelo, vermelho,preto e por aí vai… Abraço
Renato e Kafunga são os que não vi jogar … Infelizmente ! Qto ao acontecido no atletiba e aos amigos que estão sendo privados de ver nosso campeonato em detrimento aos do eixo uma pena é a culpa (se é que ela existe) é dos próprios Clubes . Implodiram com o Clube dos Treze em meio a negociação de equiparação na divisão das cotas de transmissão , aconteceu a mesma coisa qdo Kalil ,ainda CEO da primeira liga ,negociava com outras emissoras um valor melhor e igual para todos os participantes dela,boicotaram o cara é a desigualdade foi sacramentada … Os próprios Clubes são vaquinhas de presépio e comem nas mãos desta porcaria , é só ver a desigualdade em prol das duas merdas apadrinhadas por ela .Juntando os Clubes mineiros e gaúchos não chegam nem perto de flamerda e curicas sozinhos. Atitude perfeita das agremiações,porém é certo que continuará tudo no mesmo, falta união entre os Clubes , é cada um por si e Deus por ele também …O buraco é mais embaixo,bemmm mais embaixo!GALO
Além de acabar com o clube dos 13, o zerim jamais ai peitar a CBF, pois ganhou via fax um título brasileiro que soma com orgulho aos seu feitos. Se houver uma CPI séria do futebol a compra destes títulos espúrios será escancarada e os perderão, e aí virarão chacota mais uma vex
A fatídica emissora ajuda demais os times do eixo. Lembro que em dois dos últimos anos o curíntia foi beneficiado contra o zerim e contra o Galo. No primeiro destes anos (ou 2014 ou 2015, não sei bem) o time do tímido povo perdeu mando de campo na primeira rodada do Brasileiro, e quem foi o adversário? Curíntia. No ano seguinte quem perdeu o mando foi o Galo e coincidentemente o adversário era o curíntia!!! Muita coincidência, não? Pois é. E quem é o time menos preparado para a competição deste ano? Claro que é a Chapecoense, que começou o time do zero. E, pasmem as senhoras e os senhores, quem será seu adversário na primeira rodada? Não vou responder, vocês são muito inteligentes. Lembro muito do Renato e acho que o Mazurkiewicz também foi injustiçado, era um goleiraço. Abraço
Não vi Renato da Cunha Vale jogar pelo Galo, mas, se meu pai me deu o mesmo nome, em homenagem a este grande goleiro, acredito que tenha sido um atleta de grande prestígio e deva ser reconhecido por todos os torcedores do CAM!
Gostaria de um dia poder conhece-lo.
Abraços e “Aqui é GALO!!!”
Em Minas ninguém vai sair da GLOBO. O Cruzeiro já renovou contrato e o Atlético até já gastou por conta, estão na mão da madrasta. Não basta o que se diga por aqui, nada vai mudar.
Amigo, você não precisa pedir licença para citar qualquer passagem do livro. É todo seu! Renato foi, sem dúvida, um dos maiores que vi jogar com a camisa do Galo e, pelo título de 1971, mais importante do que alguns dos mencionados na lista. Me lembro daquela defesa como se fosse hoje e nos quase 50 anos em que assisto jogos do Galo, foi uma das jogadas que mais me marcaram. Tanto quanto os gols do Rei! Quase tanto quanto a perna esquerda de Victor indo ao encontro da bola chutada por meu ídolo Riascos!!!!
ObriGalo, caro amiGalo. Vamos tentar encontrar este vídeo. Renato merece te-lo entre os seus guardados. A propósito, sugiro a você e aos Atleticanos, visitar a página dele no facebook: /goleirorenato
Quanto aos nossos goleiros, minha opinião é a seguinte: Também não vi Kafunga jogar, João Leite, que tem meu respeito eterno, por ser o atleta que mais vezes vestiu nossa camisa, era um goleiro comum. Velloso (com dois “ls”), foi o melhor tecnicamente. Dificilmente falhava, excelente embaixo das traves, excelente na saída de bola, excelente na reposição, enfim, tinha todos os fundamentos da posição, inclusive tendo altura (1,90 m), numa época em que os goleiros eram mais baixos. Taffarel foi grande goleiro, mas a passagem dele pelo GALO foi marcada por muitas falhas, inclusive em momentos decisivos, como a semi final do brasileiro de 96. Apesar disso ,tem meu respeito pela grande figura que sempre foi, ajudando os funcionários do clube num momento em que as coisas eram muito conturbadas e peitando a cretina diretoria que tínhamos à época (o esquecível Paulo cury). Victor, pra mim, é inferior ao que foi Velloso, mas se me perguntarem quem é o camisa 1 do time do GALO de todos os tempos, São Victor do Horto é o titular absoluto. O ídolo transcende a questão da qualidade técnica, engloba muito mais coisas. Victor além de ser excelente, esteve presente em momentos marcantes e históricos. É nosso camisa 1. Aproveitando, meu GALO de todos os tempos : Victor, Rocha, Léo Silva, Luizinho e Paulo Roberto Prestes, Zé do Monte, Cerezo e Ronaldinho, Marques (Tardelli), Reinaldo e Éder. SAN.
Parabéns pela sua lista! Muito parecida com o que penso. Acho que o Marques além de craque foi mais importante que o Tardelli e também o tenho na minha lista. Quanto ao Velloso concordo com você! Não só foi melhor que o Victor, foi com certeza o melhor goleiro que vi no Galo (de 90 pra cá). Victor foi mais importante pra história do Galo, mas o Velloso era foda!
Meu Caro amigo Eduardo e muito triste mesmo pelo que passei com Meu Netinho de 4 Anos Luiz Augusto não deixando entrar no Centro.de Treinamento e nem chegar perto dos Jogadores.Como que eles querem aumentar a torcida do Galo tratando desta maneira as crianças.Abraço amigo Eduardo.
Caro Rabino, primeiramente #ForaTemer. Juntinho, quase colado no primeiro lugar FORA rede globo! Precisamos dar nomes aos bois, qual o receio de falar que esta emissora é um câncer para o país e para o futebol.
Os dois clubes paranaenses estão de parabéns. Explicitaram quem manda e manipula tudo o que acontece aqui. Enquanto este chaga não for destruída não haverá futuro
Acho impressionante a má vontade dos cronistas cruzeirenses com o Presidente da Federação Mineira, Castellar Neto só porque ele é atleticano,o criticam por qualquer coisa, o mesmo fizeram como Kalil quando foi contratado para ser o CEO da 1ª liga.
A emissora que manda e desmanda, tambem não entra na minha casa.
Os clubes fora do eixo realmente tem que se unir, mas contar com o time azul nestas questões é complicado, pois eles contribuiram para o fim do clube dos 13 (o perrela saiu arrotando que receberia a maior cota do estado).
No mais, excelente texto Eduardo !
Transmitir jogo de carioca para Minas é um absurdo, além de total falta de respeito ao público. A torcida do Galo e do rival deveriam se mobilizar quanto a isso, manifestar o inconformismo e formular uma pauta de ações. Sobre o time… Espero que esteja se preparando e estudando o adversário de 08.03. Não existe jogo fácil na Libertadores. Este ano tende a ser muito bom se houver comprometimento. Vamos GALOOOOOOOOOO
Renato vestiu a camisa do Galo.Comportou-se como torcedor
Prezado Eduardo, bom dia.
Quero pedir licença à Voce e aos demais frequentadores deste espaço para emitir minha opinião sobre um assunto que acho ridícula a forma como vem sendo tratado. A dívida com o Grêmio. O Atlético assume que deve, e todos nós sabemos disso. O Grêmio está acionando o Atlético na CBF, FIFA e na Justiça Comum. Não seria muito mais racional a direção do Galo se reunir com a do Grêmio e tentar um acordo? Eu tenho muito receio que o Galo venha a pagar um preço muito alto por essa intransigência idiota. Conforme noticiário na imprensa gaúcha o Grêmio tem interesse pelo Carlos Eduardo e eu imagino que isso pode ajudar para que haja um entendimento e o fim dessa pendência. Espero que a direção do galo esteja bem ciente dos problemas que possam vir e tenha o respaldo necessário para evitar sérios problemas que possam resultar dessa situação.
Gostaria de saber sua opinião e agradecer pelo espaço concedido.
Obrigado
O problema é que o Grêmio não reconhece que também tem dívida com o Galo. Podem ter certeza que o Jurídico do Galo é um dos melhores do Brasil isso não esta sendo feito por pirraça e vejam bem é a ultima parcela, até então o Galo estava pagando o Grêmio direitinho aí ele empresta o Werley e segundo o Galo, o Grêmio teria de ressarci-lo. Se formos pela ótica dos advogados da net e clubismo até aquele consumidor que entra na justiça pra pagar uma prestação menor quando por exemplo quando adquiri um veículo ou outro bem por se sentir lesado também é caloteiro. Essa dívida a mim não afeta como atleticano outro dia mesmo o Palmeiras que tá nadando em dinheiro deu o passe do Felipe Melo como garantia a uma ação na justiça , sem contar os queridinhos da mídia, corinthians e flamengo um deve mais de 180.000.000,00 pra Caixa e o outro que fala que esta tudo certinho todo dia pega um empréstimo esses são os mais bem administrados do Brasil na visão da imprensa do eixo. Saudações Alvinegras.
Renato merece loas por ter sido o goleiro titular Campeão Brasileiro em 1971, mas, na minha opinião está longe dos maiores do Atlético na posição. Além do mais, jogou pouco tempo no clube, entre 1970 e 1972, tendo disputado apenas 27 jogos. Goleiros superiores a ele: Marcial (fui longe, mas o blogueiro também o viu); Mazurkievisky (pouco tempo de clube, mas um atleta marcante, simplesmente o melhor do mundo em sua época e o melhor a Copa-70); João Leite; Carlos Gallo e Veloso. Abraços!!!
Homenageamos dez então, pois Renato – entre os que vi jogar – estaria entre os três. Marcial vi jogar sim, inclusive passou pelo Flamengo. Se Renato ficou pouco tempo no Galo, assim como também Mazurka ficou e até Taffarel. Este, foi bem, mas seu nome é mais lembrado pelo tetra que pela passagem pelo Galo. Renato, João Leite, entre muitos sustentam sua paixão pelo Galo. O gaúcho recentemente deu entrevista, numa decisão entre Galo e Inter, dizendo torcer pelo seu time de origem.
Renato foi muito melhor que Veloso!!Veloso soltava muito a bola.Igual quando pelo Palmeiras soltou no pé do Marcelo Ramos e o Cruzeiro ganhou a Copa do Brasil em cima do Palmeiras. Renato não.Renato foi um ótimo Goleiro assim como o Wantuir foi o melhor Zagueiro do Gallo de todos os tempos.
O Renato assim como todo o time campeão Brasileiro de 71, fazia parte do meu time de futebol de botão, isso quando o meu irmão mais velho me deixava jogar com o time do Galo, porque a prioridade na escolha por ser o mais velho era sempre dele. Não tive o privilégio de ver o Esquadrão do Galo campeão de 71, mas como todo bom atleticano conheço um pouco da história do Renato no glorioso, concordo com você caro Eduardo, acho que pelo feito de 71 o Renato deveria estar sim entre os cinco melhores da posição na história do CAM, certamente, e não necessariamente ser o quinto. Com relação aos desmandos dessa TV hipócrita, todos os cidadãos de bem e que possuem um mínimo de discernimento sabe o câncer que ela representa para a nossa nação. infelizmente com programas que agridem e apodrecem a moral e os bons costumes, tudo pela audiência. Louvável a atitude da dupla Atletiba. Que os homens e mulheres de bem não deixem de fazer sua parte na busca de uma sociedade mais moral, ética e respeitosa. Juntos com o Galo!!!!!
Nem a primeira Liga que conta com Galo, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Internacional, Grêmio, entre outros conseguiu bater de frente com Federações/Globo.
Atlético Paraguay e Coritiba sozinhos vão conseguir?
Vão ser é prejudicados, o Atlético Paraguay investiu milhões no gramado e vai perder, vão ficar sem contrato nenhum de TV, Campeonato desvalorizado etc…
Infelizmente as federações tem muito mais poder do que deviam e os clubes são desunidos.
Os próprios Atlético Paraguay e Coritiba pularam fora da primeira liga esse ano, e agora estão sozinhos perdendo a guerra.
Sem o apoio dos outros clubes eles são presas fáceis, seus dirigentes foram amadores, não se prepararam para essa guerra muito pelo contrário se enfraqueceram saindo da primeira liga.
É por isso que temos que apoiar a Primeira Liga, no futuro ela vai ser importante.
Também quero parabenizar os Clubes Paranaenses pela decisão, que deveria ser seguida pelos clubes de Minas.
Aqui no Sul Fluminense pouco se fala do futebol das Gerais, a não ser quando for uma mal notícia ou coisa do gênero.
Pelo lembrado a referência ao grande goleiro Renato que vi jogar algumas vezes aí no nosso salão de festas, o gigante da Pampulha.
Aqui é GALOOOO p****
Parabéns, mais uma vez, pela forma com que foi colocada a absurda posição da TV aberta, que priva a nós mineiros de acompanhar nossos times nos impondo jogos de campeonatos paulista e carioca! Já passou da hora de nossos representantes tomarem uma posição contra essa forma de agir da TV aberta, que influencia nossos filhos e interferem na propagação de nossos costumes! Ainda bem que GALISTA nasce, cresce, vive e morre GALISTA! Mudando de assunto, como está chato essa cobrança do Grêmio! Será que é só o GALO que deve? Será que o Grêmio não deve, além do GALO, há mais ninguém? Quero ver quando o GALO, através de seu Departamento Jurídico ( o melhor do Brasil) provar sua tese e reverter essa situação, se darão o mesmo destaque nas notícias! SAUDAÇÕES ATLETICANAS!
Caro Eduardo, concordo com tudo que disse sobre! tinha treze anos quando o Galo foi campeão em 71, e, na minha opinião o RENATO foi o melhor goleiro que já vi defender o glorioso. Não me lembro de nenhum vacilo dele, simples e seguro.
Eu também tinha 13 anos, rsrs
Clube grande que se preze não pode destruir sua história e impedir um ex-titular, campeão em título que não se consegue conquistar há quase meio século, de fazer uma visita ampla pelas suas dependências. Imagino a frustração que o Renato sentiu.
Caro Eduardo, envio para você uma crônica que escrevi. Ela tem como pano de fundo a partida do domingo. Provavelmente, não caberia aqui como comentário desse texto do blog. É apenas um texto que escrevi e quero compartilhar com você e, se for o caso, com os demais Torcedores. Abraços.
A LOIRA, O MORENO E O GRISALHO
Foi naquele jogo de domingo passado, envolvendo o Atlético e o América. Sim, foi naquela goleada do Atlético. É. O Atlético fez quatro gols e tomou apenas um. O jogo, como sempre acontece nos casos que envolvem o Atlético, foi dramático. O placar, dizem, não refletiu o que aconteceu dentro de campo, durante os noventa minutos. A tensão estava no gramado, mas também nas arquibancadas.
Ao meu lado, não nas cadeiras, mas nas escadarias, chegou, de mãos dadas com um senhor de meia idade, uma loira. Ela parou ao meu lado e, muitas vezes, na minha frente. Há torcedores que não têm (de propósito, diga-se de passagem) a noção de espaço e não sabem (por conveniência) que, em uma cadeira, cabe apenas um torcedor. Costumam ficar forçando passagem para que o dono da cadeira se irrite e mude de lugar.
Era linda a loira? Não. Era feia. Muito feia. Feia mesmo. E bota feia nisso! Loira, deve ter sido algum dia na vida. Se é que o foi… Atualmente, como ficou muito claro, embaixo de todo aquele sol que fazia, a tintura amarela que ela usava devia ser da pior qualidade. Loira. Apesar de loira, feia. Baixinha. Gordinha. Dentuça não era. Se fosse, chamaria Mônica. Nada contra as baixinhas e muito menos contra as gordinhas. Mas esta, em especial, era loira, baixinha, gordinha e feia. Trajava uma camisa do Atlético bastante colada. Estava mais colada ao corpo em razão do suor e da cerveja. Usava uma saia jeans, daquelas que mostram tudo o que deveria ser escondido… muito bem escondido: mostrava as estrias, as celulites, todos os buracos da perna; certamente os furúnculos que deve ter tido nos tempos de infância. Se havia alguma coisa a ser mostrada por uma saia daquelas, Deus nos concedeu a Graça de fazer com que a saia não mostrasse. O espetáculo de horror poderia ser ainda mais sórdido. Mas Deus é grande e não permitiu que mais coisas surgissem na frente de tantas pessoas. Ficou só nisso o espetáculo de imagens horrendas. A saia, com as bênçãos de Deus, não se levantou.
A loira, como disse, chega ao estádio, de mãos dadas, com um senhor de meia idade. Ele, discreto. Cabelos grisalhos. Chegou junto com a loira e ficou de pé ao lado dela. Cena bastante corriqueira em um jogo de futebol nos tempos atuais. Torcedores de ambos os sexos. O marido mais comedido, e a mulher mais agitada, no clima da partida. Essa loira, baixinha, gordinha e feia, chega e fica ali. Dentre os mais se sessenta mil assentos disponíveis naquele estádio, ela foi ficar justamente ao lado (e, às vezes, à frente) da minha cadeira. Ela chega. Abraça um senhor, já bem velhinho, que estava na fileira da frente. Abraça um outro rapaz, que estava na fileira de trás. Abraça tantos e quantos iam chegando perto dela. O calafrio tomou conta de mim. Ela, afinal, estava do meu lado, cadeira com cadeira. O meu martírio poderia acontecer. Mas não aconteceu. Não houve o temido abraço.
Chegam mais três homens. Todos eles jovens e morenos. Possivelmente mais jovens do que ela. Ela estava em clima de festa. Copo de cerveja na mão. Pulava. Dançava. Gritava “Galo”. Abraçava um e outro; uns e outros. Tudo isso feito ao lado do senhor de meia idade, que parecia o marido. Esse senhor, agora, já estava sentado em uma cadeira que achou por ali. Ela não. Fiquei pensando como ela se comportaria assim que o jogo começasse. E se o Atlético fizesse um gol?! Iria me abraçar e eu ficaria com a roupa impregnada de álcool. Esse cheiro de suor com álcool fica impregnado nas narinas. É um cheiro adocicado e enjoativo. Demora muito para sair.
A loira lá estava. A situação começa a ficar estranha. Um dos homens que haviam chegado depois começa a se aproximar da loira mais e mais. E se houver uma briga? O marido pode não gostar do que está acontecendo. Posso sofrer as consequências. Um soco mal dado pode machucar. A loira e o homem moreno começam a beber no mesmo copo. Há abraços. Há beijos no rosto. E o marido estava do lado.
A partida começa. Desvio um pouco a atenção daquele casal. O jogo começa a ficar tenso. Entre um lance e outro, dentro do campo de jogo, fico com um olho no gramado e um olho no que estava acontecendo ali perto de mim. A loira baixinha, gordinha e feia começou a se aproximar mais e mais do homem moreno. Eu olhava para os dois e para o marido. Ele estava tranquilo. Aquilo não estava acontecendo com ele. Nada daquilo estava acontecendo. O primeiro gol do Fred e as comemorações não me foram tão fortes quanto a preocupação com o que estava acontecendo ali e as possíveis consequências de um soco mal dado. Comemorei o gol mesmo assim.
Lá pela metade do primeiro tempo, tive momentos de tranquilidade. A loira baixinha, gordinha e feia puxa pelo braço não o senhor grisalho de meia idade, mas o homem moreno que estava ao lado dela e que havia bebido cerveja no mesmo copo. Apesar do alívio, não entendo o que acontecia ali. Uma chifrada básica, às escâncaras, bem debaixo dos olhos do marido e nada aconteceu?!
Fred fez o primeiro gol e a situação parecia que iria melhorar para o Atlético. Parecia que o alvinegro iria sufocar o América. A ampliação do placar seria questão de tempo. A coisa começa a ficar mais tranquila para o Atlético. Nas arquibancadas também. A loira sai com o moreno. O corno fica por ali. Espero que eles não voltem, seja lá onde estão. Mas o jogo volta a ficar tenso. O América parte para o ataque. A defesa do Atlético começa a dar sinais de que é mais frágil do que se esperava. Elias ainda não está no auge da forma. Danilo parece que voltou a jogar o futebol com que está acostumado. Giovanni começa a ser exigido. Léo Silva começa a passar aperto. Até o Renan Oliveira, que sempre foi um jogador sonolento, começa a correr dentro de campo. Nos tempos de Galo ele não fazia isso. Minha preocupação sai da arquibancada e passa para o gramado. Até que o jogo entra em seu intervalo.
Quinze minutos de uma conversa agradável com um torcedor que estava assentado do meu lado esquerdo. Falou de partidas antológicas que viveu. Falou do que passou em mil novecentos e oitenta, no Maracanã. Ele foi ver a final do Campeonato Brasileiro daquele ano. Falou do que passou ali. Flamenguistas agredindo atleticanos na entrada do estádio e nas ruas. Falta de água e de banheiros. O lance do Reinaldo. Falta de comida para a torcida do Atlético no Maracanã. Tudo isso ele passou para ver aquela final. Saiu de Belo Horizonte para passar por isso. O Atlético, naquele tempo, valia todo esse esforço. Tinha time e dedicação dos jogadores. Falou de seu filho, que joga no gol do Vila Nova. Um talento que poderá substituir Victor, João Ricardo ou Fábio. Pai é pai…
O intervalo transcorre calmamente. A conversa com o pai do gênio vai caminhando muito bem. Apesar dos exageros da narrativa, foi interessantíssimo saber, ao vivo e em cores, o que alguém de carne e osso passou pelo Atlético. Já li muito sobre isso, mas ouvir é sempre mais interessante.
Enquanto conversávamos, os telões do estádio mostravam um clipe intitulado “Muralha”. Não era sobre o atual goleiro do Flamengo. Era sobre os grandes goleiros do Atlético: Kafunga, João Leite, Taffarel, Velloso e Victor. Nesse vídeo, passaram cenas das grandes defesas desses goleiros. Ao ver a defesa de Victor contra o Tijuana, ao ver novamente “o partiu Riascos”, os pelos do braço ficam arrepiados. Uma sensação que, mesmo após três anos, não passou.
E o segundo tempo começa. O homem de meia idade e cabelos grisalhos permanece em seu lugar. A loira baixinha, gordinha e feia, bem como o homem moreno, não volta. Acho que terei sossego. O risco de tomar um soco mal dado vai ficando distante. Pude ver, com tranquilidade, o segundo gol do Fred.
A situação volta a ficar tensa no gramado. Nas costas de Fábio Santos aparece Gustavo Blanco. Ele vai sozinho até a área e cruza. Viro para o lado direito, após lamentar o gol sofrido e prever o que aconteceria até o final do jogo. Prevejo muito sofrimento até o final. Olho para a direita, ao meu lado. Não tinha percebido. Lá estão, novamente, o homem moreno, a loira baixinha, gordinha e feia e o homem de meia idade grisalho. Decido prestar mais atenção ao jogo. A mulher estava tão feia quanto bêbada e fogosa. Um marido como aquele deve ter sangue de barata. Não esboça qualquer reação frente ao fogo daquela mulher.
O segundo tempo continua tenso. O marido continua ali. Está agitado. Gesticula. Grita. Tudo isso direcionado ao que acontecia dentro do gramado. Parecia não olhar para o que acontecia ao seu redor. O América atacava. O Atlético se defendia mal. Uma falta perto da área. Uma bola na trave. Um cartão mal dado. Um cartão não dado. Palavrões. Um beijo na boca… Olho e vejo. A tensão aumentou. O marido estava do lado. Já não seria marido. Não pode ser marido. Não foi beijo discreto. Foi beijo molhado e estalado. A loira feia baixinha e gordinha é quem partira para o beijo no homem moreno com que havia trocado cerveja antes do jogo começar. Penso no pior.
O América vai para cima. Tira jogadores de meio de campo e coloca atacantes. Até o Marion entrou em campo. Se ele aprontasse aquela correria toda que a torcida do Atlético já conhecia, ficaria quase certo o empate e, quem sabe, a virada do Coelho. O marido, que já não sei se é marido, permanece concentrado no jogo. A loira baixinha, gordinha e feia já não estava, novamente, lá. Decido concentrar-me no jogo. Duas preocupações ao mesmo tempo é muito para um só torcedor. Apesar de toda a pressão do América, começo a ficar mais tranquilo. Consigo ver o terceiro gol do Fred, o contra-ataque dado pelo Robinho e o gol do Maicosuel. As coisas vão caminhando para um final mais tranquilo. A loira baixinha, gordinha e feia volta. Está sozinha. Reencontra o jovem senhor grisalho, pega sua mão. Os dois descem as escadas e vão embora. Sorriem. Estão felizes. Ela ainda pulando. Ele descendo com o coração saltitando de felicidade com o que acabara de ver: uma bela partida de seu time e uma goleada de quatro a um.
Vai entender o ser humano…
Obrigado Eduardo por tocar no tema que está afligindo toda a torcida do Galo em várias regiões de Minas Gerais, espero que alguém possa fazer algo,Diretores do Galo, políticos mineiros, FMF, enfim, não vamos ter o prestígio de ver o nosso GALO nem em nosso estado como um todo?também vale para o rival? E brilhante colocação e lembrança~sobre o goleiro Renato, merce ser reverenciado, espero que a Diretoria lhe faça uma bonita homenagem, é mais do que mercido.
Bom dia, Xará. Obrigado pela gentileza de considerar relevante meu comentário. Bom, eu não disse isso sobre os cariocas virem a assistir jogos do mineiro, e sim, fui irônico ao considerar a zona da mata parte do Rio de Janeiro. Mas valeu de qualquer jeito, o importante é o absurdo de qualquer uma das situações.
Na minha casa, a única excessão que abro para esta emissora é quando transmite jogo do Galo, e se não houver outra opção. Em nenhum outro momento sequer.
Parabéns aos clubes que começam a soltar as amarras impostas pelo poderio econômico dessa ORCRIM. Gostaria que nosso Galo seguisse o mesmo caminho, mas não vejo tanta coragem ou interesse para fazê-lo. Acho que seguiremos ainda seus reféns por muito tempo.