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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Como estávamos dez anos passados?

Deixei para hoje, 25 de julho – embora o jogo tenha sido na noite de 24 -, para esse registro simples e simbólico. É que já se passavam de meia noite quando a última penalidade do Olímpia, pelas mãos de Deus e de muitos dos nossos antepassados, foi beijar a trave do Victor que já havia defendido a primeira penalidade. R10 nem precisou cobrar, ainda bem pois disse que faria uma cavadinha, eu enfartaria até a bola balançar as redes dos paraguaios.

Optei pelo horário, 13:13, por ser nossa dezena Atleticana e que eventualmente posto aqui neste nosso Canto do Galo. Foi e será, até que venha o Mundial – e ele ainda será do Galo – nossa maior conquista de todos os tempos. Por isso, tenho reconhecimento por todos que estavam no Galo naquela ocasião. Desde o presidente Alexandre, o saudoso Maluf, todo o elenco e – abraçando a todos – destaco nosso Bel. Figura emblemática que se mistura com a história do Clube Atlético Mineiro.

Abraço a cada Atleticano, seja ele católico, evangélico, kardecista, eleitor da direita ou da esquerda, independentemente de qualquer opção, mas que – assim como nós – festejou aquele 25 de julho por toda a madrugada, no correr desta data e nos dias seguintes. Até hoje, ontem, os vários vídeos recebidos causaram comoção em cada um entre nós Torcedores do Galo. Parabéns Massa, dez anos se passaram.

Lembro de cada lance daquela conquista, que começou com o jogo da água que R10 sinalizou como seria a disputa. A fase de grupos, onde vencemos as cinco primeiras e perdemos para enganar tricolor paulista na última rodada. Depois foi dum dum nesse time do São Paulo, lá e cá. Daí veio o Tijuana naqueles dois jogos empatados, no México 2 a 2, com Luan marcando no final, e o dia de São Victor que assegurou aqui em um gol.

Nas semifinais, derrota para o NOB e reversão no jogo que faltou luz. Foi ou não foi o Kalil? Não foi, mas adoro dizer que foi. Nas penalidades, Richarlyson e Jô, deixaram a gente calado, mas eles também erraram, até que de novo São Victor assegurou a vaga. Mas, a apoteose seria na virada de 24 para 25 de julho daquele 2013. Dois gols no segundo tempo, asseguram a decisão nas penalidades. Bastaram quatro cobranças, pois os paraguaios perderam duas das cinco, a primeira e a quinta. E o Brasil explodiu.

Quem não se lembra de onde e como reagimos. Eu, meio abobado (como não bebo nada), voltei do Mineirão e corri a cidade por vários pontos. Belo Horizonte era só alegria. Dormi quase nada e cedinho já estava, ainda sem entender, andando pela cidade e curtindo as cores branca e preta emoldurando a Cidade do Galo. Inesquecível, ainda quero viver essa emoção e sonhar com o Mundial. Adorei conhecer outros países, nunca tinha saído do Brasil, foi o Galo que me proporcionou pisar na Espanha a caminho do Marrocos. Depois fiz outras e pretendo seguir acompanhando o nosso time do coração. Aqui é Gaaalooo, po##@!

*imagens: UAI/EM

6 thoughts to “Como estávamos dez anos passados?”

  1. Que dia foi esse!!!

    O mais incrível para mim é que tinha algo que me dava a tranquilidade de que seríamos campeões.

    Na entrada do Mineirão, as faixas de campeão, vendidas a $ 5. Comprei várias. Após o jogo, tive que emprestar aos irmãos atleticanos ao meu lado nas cadeiras para intermináveis fotos ‘in loco’. Depois, lá fora, o valor das faixas já tinham sido multiplicadas pos 5, por 8, por 10.

    Apesar da minha confiança, não consegui acompanhar a disputa de pênaltis. Tão perto e tão longe da glória final! Covardemente, com as mãos no rosto, sentado na cadeira, só levantava para comemorar quando a massa explodia. Aí eu explodia junto, com algum atraso.

    A saída do estádio, a Praça Sete, os bares de Santa Tereza, madrugada adentro, era o auge para quem, morando longe de BH, usufruia esses momentos em êxtase.

    No dia seguinte, ou nas horas seguintes, bandeira no carro, buzina no máximo, circulando pelo centro da cidade, como um louco, como se não houvesse amanhã.

    Se o Galo ganhasse todo ano, seria maravilhoso. Mas como isso não tem acontecido (ainda! O destino é inexorável), parece que o pouco vale bem mais que o muito.

    A LA de 2013 foi inesquecível. Venha quantas vier e nenhuma será igual a essa. Quem viveu, viu!

  2. Boa tarde
    13/13
    Aquilo era time
    O juiz afanava 1 gol . Eles faziam 2
    Não tinha desculpa de gramado , viagem , etc etc
    O time jogava por música
    Era só alegria

    Que sirva de exemplo para os que estão vestindo o manto sagrado

    Obigado Galão

    Marcos Amaral – igarapé

  3. Além do título memorável, temos a participação da MELHOR TORCIDA DO PLANETA, a qual, por si só, realizou o sonho de milhões de pessoas. Relembre a emoção e o sentimento do Ronaldinho Gaúcho ao comemorar o título. Foi o primeiro dele?
    Somente o GALO DA MASSA para proporcionar tamanha e brilhante alegria; … … até em advrsários!
    Esse é o nosso Glorioso e Eterno GALÃO DA MASSA.
    Vi, vive, mas ainda viverei outros grandes feitos do nosso GALO!

  4. Eu estava na cidade de Ipatinga naquela memorável noite. Diziam que lá tinha mais cruzeirenses. Se era verdade isso, então eles se tornaram atleticanos, pois a festa foi imensa. Carreatas, passeatas e qualquer outras “atas” eram alvinegras.

    1. Boa tarde Eduardo e massa. Lembro bem esta data histórica 25.07.2013 fui dormir aqui 5 horas da manhã horário de Portugal. E fui trabalhar 7 da manhã caindo de sono mas foi espectacular. Espero eu que não demorem mais 50 anos para ganhar outra libertadores. Vá Galooooo.

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