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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Atleticanos pelo mundo – 4

Vamos atravessar o oceano e visitar o velho mundo. Norte, Nordeste e Sul do Brasil já estão dominados. Teremos muitos mais pela frente, ainda nessas regiões e em outros rincões do país e do mundo.

Hoje, no belo texto do amiGalo Daniel Guimarães Pereira (filho de um amigo muito estimado), saberemos como vivem os Atleticanos que residem em terras portuguesas. Antes de se chamar Portugal, o nome do país europeu era Portugalo. Para nosso delírio e a fim de sensibilizar os irmãos, temos o Consulado PortuGalo.

Tal como é perceptível no território brasileiro, o Galo soma Torcedores além dos limites de Minas Gerais; em todo o mundo, de modo destacável no território europeu. Nas próximas terças, neste espaço dedicado aos Atleticanos distantes da Cidade do Galo, conheceremos ainda muitos outros consulados. Com a palavra, Daniel.

PortuGalo: Atleticanos em aventura pelo mundo

Por Daniel Guimarães Pereira

Quanto vale participar de um encontro europeu de Atleticanos espalhados pelo mundo e ainda assistir a um jogo do Galo? No nosso caso, vale uma grande aventura.

28 de outubro de 2016. Com passagens aéreas em mãos,  eu e mais cinco integrantes do PortuGalo — o Consulado do Galo em Lisboa — conseguimos perder o voo para Barcelona, onde aconteceria o “1º Encontro Europeu dos Consulados”.

Chegamos, no portão, três minutos após o embarque. Entre as opções que tínhamos, depois de percorrer todo o saguão do aeroporto em busca de uma solução financeiramente favorável, optamos por comprar uma nova passagem. Assim o fizemos; pagamos duas passagens de ida, para encontrar outros Atleticanos e assistir, em outro país, uma partida pela TV.

Foi um dia longo, da madrugada até 21h, horário do próximo voo. Cada um de nós seguiu rumos diversos, de modo que reencontramos no novo embarque.

Como miséria pouca é bobagem, após bebidas e tira-gostos, nossa ida registrou atraso de uma hora e meia. Cansados e já na madrugada do dia do evento, chegamos a Barcelona.

O tão esperado dia  29 de outubro, momento de confraternização dos consulados europeus. Evento sensacional, com gente agradável, tropeirão raiz e cerveja gelada. Tudo para matar a saudade do bom e velho Mineirão. E, claro, jogo do Galo, que empatou por 2 a 2 com o Flamengo. Mas isso não importa.

Fotos: Daniel Pereira/Portugalo

Aliás, se o resultado esperado era a vitória, o ambiente amigável — preto e branco — prevaleceu na atmosfera catalã, deixando todos nós ansiosos pelo próximo encontro. Foi uma vitória.

Uma coisa é certa: Barcelona nunca mais foi a mesma. A”atleticanidade” contagiou a fria noite da Europa e estendeu-se até o amanhecer do sol. Ou sabe-se lá até quando…

Nossa aventura não poderia terminar, é claro, de forma normal. Quem disse que o Atleticano é normal?

Uma colega nossa, que havia perdido o voo de ida conosco, perdeu também o voo de volta. Outro amigo perdeu a carteira  e a chave do armarinho no hostel. Descobrimos que ele trancou tudo dentro do próprio armário. Como? Um mistério ainda não decifrado.

E eu, numa nobre contribuição, deixei meu celular cair no banco do ônibus que liga o aeroporto à Plaza de Catalunya. Encontrei-o no dia seguinte, após ter sido guardado. Isso é sorte ou não é?

De volta a Lisboa, entre mortos e feridos, salvaram-se todos.  Entre este e outros encontros e desencontros da vida, suspiramos forte ao dizer: “Ê Galo, faz essa Massa feliz!”.

Depois  da Libertadores de 2013, tenho certeza sobre aquela máxima. “Deus protege as crianças, os bêbados e os ATLETICANOS”. Se tudo isso se reunir em uma pessoa só, é um privilégio. Significa que somos mesmos diferenciados.  É a lei da vida.

 

14 thoughts to “Atleticanos pelo mundo – 4”

  1. O LADO MINEIRO DE SER GALO. CRONICA APÓSTOLO JAIR BRUNO DA BAHIA
    GALO – Serêstêru duniverso
    Ficu imaginanu o Sinhô, quandu no quintu dia criô os animá dessa terra;
    Cada quá im seu carrêru descambava pu intêru.
    Rearmente Deus num erra!
    Entre eles um facêro, serêstêru duniversu, o cantô da criação,
    Que no sextu dia inspira ao Deus todo Poderoso dar ao homem a formação,
    purquê la nú jardim com seu cantu se abria naquela manhã, pela primeira veiz, um dia com uma canção.
    Que emoção do Sinhô, ouví o galo cantá, o maestro que Ele criô;
    Achu que tarveiz porissu, ter dado a ele somenti, um terrêru intêru, onde reina soberanu, passa dia, passo anu, e continua cantadô.
    Imagina a aligria de Noé e sua famia, quandu no prêmêru dia ao sãum de uma melodia dentro da arca acordô?
    la fora a chuva escaldante, la dentro um sonido de amô!
    Há! e quandu Pedu negô ser amigo do Sinhô e de ser o seu seguidô, Quem é qui tava na hora prapudê orientá pa Pedu se arrependê?
    Isso mermo cumpadi, o coração sem mardadi foi do missionáriu: O galo cantadô
    Qui ao vê a cena assombrado, fazes Logu um alardi que a Pedu dispertô.
    A natureza se alegra de sabê que dentro dela existe um poeta cantante, que é muito elegante e dônu da euforia,
    que o destinu sorratêru tratô de aproveitá, fazênu do galo o mascote, do atrético minêro, que é chamado “Galo Forte matadô das alterosas”.
    E hoje além dos terrêrro, tremula tbm no mastru da majestosa bandeira, prêtaibranca altanêra, tão bela e tão saborosa.
    Oh Mina Gerais, oh Mina Gerais tu tens o Galo qué um cantu de paiz, te dêxu meu abraçu e dispeçu, com calôrôsu inté mais

    Apostulu Jaí Brunu, seu criadu!

  2. Eduardo. Parabéns por mostrar o amor pelo GALO no Mundo! É fantástico ver as histórias dessa imensa nação que não poupa esforços para acompanhar e apoiar nossa razão de viver: o GALO, é claro! Você saberia me informar se amanhã (quarta-feira que não chega nunca!!!!) o GALO vai estrear o uniforme de 2017?

  3. Armando Nogueira – in memoriam – em sua crônica ( dizem não ser dele, como o benefício da dúvida faz parte do livre arbítrio, vida que segue!) dizia : […] ” E Galo é o nome da torcida (GA-LO), bíssilabo cantável e entoável como grito de guerra que ela eternizou ao encarnar em si o espírito do animal. Nenhum outro time é conhecido por tantas vitórias improváveis só conquistadas porque a massa empurrou. “Quem possui uma torcida como esta, é praticamente impossível de ser derrotado em casa” (Telê Santana).”[…] não é que ele estava certo ! Óhhhh… a letra do Daniel comprovando aí . Do atraso no embarque , à chave ‘misteriosamente’ trancada dentro do armarinho reflete a velha máxima de que para ’empurrar ‘ o GALO , o vento,o embarque ,a perda do celular etc,etc,etc… sempre irão perder , AQUI É GALO PO##@ !!!!!
    _ Daniel ! explica aí como vosso amigo foi capaz de tamanha proeza,não é piada de português não né ….rsrs . GALO

  4. Parabéns pelos registros dos Consulados do Galo pelo Brasil e pelos Continentes deste grande Mundo. somos mais de 8 milhões de torcedores. Enquanto existir uma criança no mundo, o Galoooooooooooo será imortal

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