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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

REMINISCÊNCIAS DO CANTO DO GALO

ENQUANTO AGUARDAMOS PROJETO E TITULAR PARA ASSUMIR O ESPAÇO ATLETICANO, O UAI REPRODUZ ALGUNS TEXTOS DO PASSADO DESTE “CANTO DO GALO”.

PS: não havendo mediador, portanto sem espaço para comentários, até a efetiva mudança da página.

17/07/2015.Credito: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press.

Reinaldo e o clássico

16 de setembro de 2016  Eduardo de Ávila

 

Quando deixei a minha Araxá e me mudei para Belo Horizonte para concluir meus estudos, muito melhor que ir à escola era acompanhar o Clube Atlético Mineiro, cujos jogos até então só ouvia pelo rádio e via os principais lances pela TV Itacolomi no dia seguinte. Jogo ao vivo era coisa rara naquele distante início dos anos 70. De repente, aquele adolescente descobriu que o Mineirão existia e era muito mais bonito do que imaginava.

Melhor do que encantar-se com aquele estádio que recebia 123 mil pagantes, era ficar deslumbrado com o seu time do coração. O Galo, primeiro campeão brasileiro, tinha jogadores que encantavam como Danival, Vantuir e Romeu, entre outros. Até que, repentinamente, numa renovação jamais vista, entram em ação gênios como Cerezo, Marcelo, Paulo Isidoro (depois trocado por Éder Aleixo), Marinho e nada menos que o maior ídolo de todos os tempos, Reinaldo.

Ontem, numa noite como já previa memorável, estive no lançamento de sua biografia, que leva a assinatura do seu filho, Philipe Van Lima. Passei boa parte da noite relendo (já que tive o privilégio de conhecer o texto ainda na sua fase embrionária) essa obra indispensável para todo Atleticano. Torcedor do passado e do presente, reencontrei muita gente querida, desde o mais anônimo Atleticano até ídolos da nossa história.

Permitam-me contar um dos casos da noite, que divertiu a nós todos. Fernando Roberto, centroavante e reserva imediato do Reinaldo, foi quem contou. Ser reserva do Rei certamente não é para qualquer jogador. Afinal, o gênio quando substituído, já deixava o Torcedor impaciente. Certa vez, o Galo perdia para o chato América do Rio (que sempre foi pedra no nosso sapato), quando o treinador resolveu lançar o reserva em campo.

Optou, entretanto, por manter o Rei e – com isso – dois homens de gol em busca de melhor resultado. Foi assim, conta o Fernando Roberto, que numa bola lançada da lateral, ele recebeu e brigou pela posse com os zagueiros. Tomou pancada, até sangrando o rosto, mas insistiu no lance e bateu os dois zagueiros. Quando venceu o último adversário, só tocou rumo às redes adversárias. A bola ia ultrapassando a linha do gol e surge Reinaldo, que de carrinho, acaba de completar para o gol vazio. E a torcida imediatamente: “Rei, Rei, Rei, Reinaldo é nosso Rei!”

Outro assunto que dominou na agradável e Atleticana noite, evidentemente, foi a campanha do time no ano e o clássico de domingo. Sobre esse jogo, ninguém melhor do que o Rei para ilustrar sua história. Maior artilheiro do Galo de todos os tempos e também nesta partida. Entre os presentes, a maioria entende que, apesar da instabilidade do time em campo, o Galo é candidatíssimo ao título.

Alguns relembravam que nas oito primeiras partidas do turno, o Galo fez apenas sete pontos, enquanto agora já totalizou dez, com dois jogos a menos. Vencendo o clássico e ainda o Internacional, teremos praticamente o dobro dos pontos em igual número de jogos do returno.

Sobre o time, quase uma unanimidade a respeito de alguns jogadores. Nem vou entrar nos destaques negativos da equipe, são os mesmos de sempre. Prefiro enaltecer os nomes que têm a confiança do Torcedor. Sobraram elogios a Gabriel, teve quem afirmasse que ele supera Jemerson e ainda os dois titulares, Leo Silva e Erazo. Otero e Clayton também foram aprovados, ressaltando-se, no entanto, que ambos estão passando da hora de justificar suas contratações.

Enfim, apesar das criticas à atuação de quinta-feira, o Atleticano demonstra confiança e ainda acrescenta um dado histórico ao longo desses 46 anos de disputa do Campeonato Brasileiro. Toda vez que o Galo vem com produtividade baixa ou até oscilando, como agora, geralmente vence o clássico e cresce na competição. Que os anjos, os céus, enfim todos os orixás digam amém. Este é o nosso desejo e sonho, que assim seja!

2 thoughts to “REMINISCÊNCIAS DO CANTO DO GALO”

  1. Bom dia Eduardo e massa. Que bom que você voltou Eduardo. Não vi reinaldo,marcelo,etc a jogarem nasci no interior e era criança quando comecei ouvir no rádio de pilha os gols do rei e do galo.minha família de muitos irmãos ninguém ligava para futebol não é que surgiu o único torcedor do galo. Eu……..sobre reforços até hoje só chegou rever,E Guga é muito pouco para nós que sonhamos com títulos. A novela Igor rabelo não tem fim.camisa 10.9
    É lateral esquerdo precisa ser contratado urgententes.o Júlio César da flor e João Ricardo estava desempregado mas ja não está mais. Acorda marques é 7 câmera o 2019 já chegou. Vai galooooooooo.

    1. Ele não voltou. Até que o novo blog do Atleticano passe pelo processo de desenvolvimento de perfil e página, o UAI publicará algumas postagens antigas daquele espaço.

Comentários fechados.