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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

No Galo, chega funcionário e sai Torcedor

Muito se vem discutindo sobre jogadores que passaram por um dos dois clubes mineiros e depois se transferiram para o outro. São vários os exemplos dos dois lados. É falsa essa pretensão dos nossos adversários de que o Galo sempre busca ex-jogador do lado de lá para atuar no lado bom da lagoa. A recíproca é absolutamente verdadeira. A lista, ao longo da história, é longa. Vou tentar resumir aos últimos tempos para simplificar o debate.

Diga-se que nas últimas duas décadas quem começou essa perseguição de contratar ex-ídolos foi exatamente o nosso adversário. Dois deles foram salvadores em momentos decisivos. Quem não se lembra do gol de Cerezo, em 1994, em cima do União São João de Araras, que salvou o time do rebaixamento? A vitória por 3 a 2, de virada, assegurou a permanência do time na primeira divisão. Eram 24 clubes e apenas dois rebaixados. Caíram Náutico e Remo.

Reinaldo

E Éder Aleixo? Ao lado de outro ex-Atleticano foram protagonistas do título da Copa Brasil de 1993. Éder, com gols decisivos, foi determinante para aquela conquista. Luizinho também integrou o time titular que depois de empatar com o Grêmio, em Porto Alegre, assegurou a conquista no jogo de volta, em Belo Horizonte. Além deles (Cerezo, Éder e Luizinho), ainda passaram pelo lado de lá jogadores como Reinaldo – o maior ídolo do Galo de todos os tempos –, Cléber e Caçapa (zagueiros), o lateral direito Alves e até o centroavante Guilherme, aquele lá de Marília e que hoje é empresário de jogador. Também Paulo Isidoro. Como se vê, a lista, ao contrário do que afirmam alguns, é extensa e até arrisco a dizer que tem mais ex-Atleticano que passou por lá do que na via contrária.

Já o Galo trouxe inicialmente o Nelinho, que era dado como acabado. No Atlético, ele ainda atuou por três anos e brilhou. Formou um lado direito com Catatau que deixou marcas no período. Era comum o Torcedor Atleticano no momento de uma falta perigosa gritar “qualquer um”, pois tínhamos em campo Nelinho e Éder. Depois dele, ainda passou pelo Galo o também lateral direito Paulo Roberto Costa, que deixou registrado em entrevista que quando tem clássico, o time de lá trëmë. Não briguem comigo, foi ele, PR Costa, quem disse. Virou música do Betinho Scalioni.

Mais à frente, sem muito brilho, veio também a dupla de atacantes Alex Alves, já falecido, e Fábio Júnior – este até hoje insistindo em jogar. Vale registrar que, durante sua doença, Alex Alves recebeu todo apoio do Galo. Não sei se o time anterior teve alguma participação efetiva. Na conquista da Copa Libertadores de 2013, Leonardo Silva – dispensado e desdenhado como Nelinho –, ao lado de Guilherme (este o meia atacante), foram importantíssimos. Agora é a vez do Fred, que mal chegou e, apesar da derrota, mostrou a que veio. Não só pelo gol, mas, acima de tudo, por seu comprometimento nas declarações.

luizinho
Fotos: UAI/Superesportes

Enfim, o que o blog pretende mostrar são apenas duas coisas. Primeiro, que a contratação de ex-jogador não é privilégio nosso. Segundo – aí, sim, é privilégio nosso –, é demonstrar para que lado bate o coração de quem jogou dos dois lados. Pergunte ao Cerezo, ao Éder Aleixo, ao Reinaldo, ao Cléber, ao Luizinho, ao Alves e ainda ao Paulo Isidoro. Não sei se o Guilherme diria, mas, na verdade, a massa nunca o perdoou pela bobagem que fez num clássico. Tentou uma reaproximação, mas não teve perdão. Já aqueles que passaram por lá e depois vieram para o Galo também poderão responder. Com a palavra Leonardo Silva. Nelinho, ao que sei, confessa ser dos dois lados. E o Fred que acabou de chegar. Basta ver a vibração dele no gol de domingo. Foi a origem dessa revolta. No Galo, como disse o Cuca, chega funcionário e sai Torcedor.

 

23 thoughts to “No Galo, chega funcionário e sai Torcedor”

  1. Eduardo, lembrei de alguns nomes sendo que ainda faltam outros, apenas pra mostrar que nada é como eles falam:

    Reinaldo, Cerezo, Luizinho, Éder, Paulo Isidoro…

    Clebão, Ailton, Reinaldinho, Caçapa, Guilherme, Valdir Todynho, Roni, Diego Souza, Adriano Chuva, Alexandre zagueiro…

    Carlos Alberto Silva, Levir, Marcelo Oliveira, Celso Roth…

    Lembrando que eles tentaram Euller, Marques, Cáceres, Ronaldinho Gaúcho e até o Rafael Carioca…

  2. Eduardo o Jornal EM/UAI/SUPERESPORTES colocou em letras GARRAFAIS a matéria: É mais um jogador de lá a jogar no Atlético. Muitas das vezes são os jornalistas que põe lenha na fogueira e alimenta esta guerra de torcedores.
    Não vejo nenhum problema um jogador jogar num time e depois passar para outro. Qual o mau nisso? Vejam Romário, no Rio só não jogou no Botafogo (e como jogou nos outros três) e lá não existe esta guerra alimentada pela imprensa Mineira.
    Vamos torcer pelo GALO sair fora dessa posição que tanto nos incomoda, que volte os jogadores do DM, agora o Douglas Santos volta, já que o Brasil tá fora, ainda bem.
    Bora Galoooooooo…….

  3. De Ávila, adoro os seus textos e fico muito feliz que gente como você e Fred Melo Paiva militem no futebol. Este esporte é a maior expressão popular do Brasil e, como tal, humor não pode faltar . Também adorava os textos do saudoso Bussunda sobre o tema .
    Agora , eu entendo que muitos dos nossos amigos torcedores não estão devidamente abertos para isso . Acabam se sentindo ofendidos com simples brincadeiras , levam paar o lado pessoal e partem para a agressividade . Gente , não tem sentido isso . Como disse , o futebol no Brasil é uma atividade bastante popular e não tenho dúvidas de o resgate aos seus melhores dias passa por isso .

  4. O choro é livre, não tem o que falar,solta estás baboseiras, que não vai acrescentar em nada,qualquer noticiário esportivo. Lamentável.

  5. Éhhhh… Dudu !!!!! infelizmente o ‘ser humano’ deu errado .Se é assim em uma página onde se fala de tudo um pouco , com ênfase maior de futebol em elevado nível, um cidadão mostra toda sua pequenez e parte para ofensas xulas , imaginemos o dia a dia do mesmo …lamentável !!!! SAN

  6. A história começou lá nos idos dos anos 60, com o Procópio. Depois, até o Neylor Lasmar, que um dia foi médico do Cruzeiro, também trocou de lado. Outra coisa. não mencionar o nome do Cruzeiro Esporte Clube não vai lhe fazer nem mais e nem menos respeitado. Pode escrever, suas mãos não vão cair por causa disso. Ou seria medo?

  7. Para acabar a discussão lembremos que enquanto os torcedores “trocam ofensas” os jogadores dos times adversários e rivais comem churrasco e jogam futvôlei juntinhos nas férias!!!!!!!!!!!!!!!! Lembrem-se disso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  8. Aqui… menos por favor… cuca agora é leal ao time que ele está como qualquer outro jogador ou treinador, o FRED amava estar no cruzeiro enquanto ficou, e agora ele vibra não e porque fez um gol no lado do atlético e sim porque agora ele esta recebendo e tem motivação para jogar… aqui me ajuda ai né…. menos pretensão por favor e mais humildade e realidade, jogador hoje não tem time, tem conta no azul.

  9. Sempre houve esta troca de lado e nada mudou, são proficionais, mas dizer que jogador apos sair 12 anos e voltar para casa nada muda. Que temos que fazer é saber torcer e ver o jogo. O galo esta errando em seus conceitos. diretoria, torcida, esta internet, esta torcida chata que sempre cobrou a mudança de treinador agora se cala, não canta o hino com a força da alma,MO tem que rever conceitos, parar de errar como técnico e escalar melhor o time. vamos galo ser um time com a força desta massa chata!!!!

  10. As cores preto e branco, o manto sagrado do Clube Atlético Mineiro e a torcida mais fanática do Mundo, fazem do Galoooooooooooooo uma família. Hontamos o nome de Minas, o Nosso Time é Imortal

  11. Eduardo, entendo que você é um torcedor e escreve um blog para a torcida do galo, mas acho que alguém que tem um blog no portal UAI deveria ter mais compromisso com dados ao escrever. Os fatos mostram a quantidade muito maior de jogadores que jogaram no cruzeiro e depois o atlético contratou, e mais, a maioria deu errado. Ao contrário, todos citados por vc que fizeram caminho inverso, fizeram sucesso e conquistaram títulos. Aceite os fatos.

  12. Não consigo entender esse fascínio de nossa torcida com outra equipe de BH. Para mim é só Galo! Se os outros times de BH acabarem, caírem para a 4a divisão, forem para o quinto dos infernos, com o perdão da palavra: fo…-se deles! Não me interessa! Nossa vida seguiria a mesma! Não entendo um atleticano assistir jogos de outras equipes de BH! Não entendo discutir com outras torcidas. O atleticano discute com o Americano, com Vila-Novense, com o torcedor da URT? Para mim, os outros times do estado são todos iguais: pequenos, e não merecem um fio da minha preocupação e tempo. Então caro Eduardo, o único propósito de atrelar o nome do Atlético a outros times do Estado é de encher o IBOPE destes times e dos veículos de comunicação, caso contrário não teriam assunto ou pouca repercussão. Times que dão notícia no Brasil são apenas 4: Atlético, Corinthians, Flamengo e Palmeiras. O resto… . Se for dar IBOPE, dê para times da grandeza do CAM: Boca, River, Real, Barça, Bayern…. . Um abraço.

  13. Querido imbecil, de fato é correta a sua afirmativa quanto a quem jogou dos dois lados, em sua maioria, prefere o time Campeão Brasileiro de 2005. Isto porque os nossos verdadeiros ídolos, como Tostão, Dirceu Lopes, Jairzinho, Alex, Sorin, Montilho JAMAIS ACEITARIAM JOGAR DO “Time Campeão do GElo” por amor e respeito, ao contrário dos seus pseudosídolos, que só souberam o que é título depois de jogar no Tetracampeão Brasileiro. Mas fico feliz pela sua limitação como jornalista, assim como a história do seu time.

    1. Acho ser você um tremendo imbecil, aqui são verdadeiros torcedores, não somos cheio de vaidade. Aqui não perdemos tempo em ler e comentar coluna de seu timeco, não nos interessa, então vá procurar sua turma… O recalque é demais… Aqui é galo porra…

    2. É bom lembrar ao imbecil que chamou este cronista de imbecil que o “primeiro” título Brasileiro dado foi obtido graças ao ZezéHelicópteroPerrela e a seus inseparáveis amigos Marco Antônio Falcatrua Teixeira e Ricardo Falcatrua Teixeira!!!!!!!!!!!!!!!!

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