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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Do lado de cá não tem tremedeira

Quis o destino que já a primeira semana deste meu novo desafio profissional, fosse às vésperas de um grande jogo que coloca frente a frente o Galo com outra força de menor expressão do futebol mineiro. Apesar das ausências de uma dezena de jogadores, metade deles no departamento médico (coisa da zica daquela gente, capitaneada por um macumbeiro B.  Pititin – dirigente torcedor) e a outra metade convocada para seleção.

Apesar disso, o Galo é favorito pela organização dentro e fora de campo, sob o comando do presidente Daniel Nepomuceno. As contratações pontuais colocam o Galo como favorito em todas as competições programadas para 2016. Inclusive do mineiro, onde por opção do treinador, vem atuando com um time alternativo. Até mesmo a contusão dos dois principais goleiros, obrigando a utilizar um garoto de 21 anos, recém promovido, não tira o embalo e a confiança do torcedor.

Se existe tremedeira, historicamente, não está do lado bom da lagoa, onde se posiciona a Massa do Clube Atlético Mineiro. É natural, evidentemente, a apreensão com a situação em função da competição internacional, a Copa Libertadores das Américas, que o Galo disputa pela quarta vez consecutiva. Afinal, entre os 30 inscritos, figuram apenas três goleiros, restando apenas Uilson até a recuperação e liberação de Victor e Giovanni.

Muito se vem especulando sobre contratação e inscrição de outro goleiro para a Copa Libertadores, mas eu confio na diretoria. Evidentemente que, como todo Atleticano, tenho cá minhas preferências de nomes, mas o que a diretoria e comissão técnica definirem terá meu incondicional apoio e aceitação. Já para domingo, vamos com o terceiro goleiro em campo e o quarto goleiro do juniores para o banco, uma vez que até naquela divisão a bruxa atacou.

O resto do time é muito forte e as opções disponíveis para Aguirre montar a equipe atendem à necessidade da competição, onde, repito, o Galo vem atuando com time alternativo e está a uma vitória da liderança. Afinal nossas atenções estão voltadas para a Copa Libertadores das Américas. Aqui vale uma explicação. Insisto como Copa Libertadores das Américas, pois desde algum tempo, a competição deixou de ser apenas sul-americana e passou a integrar as três Américas: Sul, Central e do Norte.

Se anteriormente, além de ser apenas entre clubes da América do Sul, essa competição era disputada por 16 clubes, agora são 32 equipes, e os nossos principais e históricos adversários, os argentinos – em várias ocasiões – participaram do torneio com time alternativo. Isso até permitiu a times menores e sem a tradição e paixão que caracterizam o Atleticano se envaidecerem com conquistas num passado já bastante distante.

Para domingo, pela manhã, atendendo a ordem da televisão, o Galo tem à disposição jogadores como Robinho, artilheiro isolado do campeonato mineiro com cinco gols. Vale registrar que o atacante atuou em apenas três partidas, sendo duas delas em apenas um tempo cada. Nos jogos realizados até o momento, o time Atleticano utilizou – no mínimo – três formações diferentes, enquanto os demais – disputando apenas o campeonato mineiro – vem repetindo a mesma escalação. Vale como laboratório.

Além dele, o menino Robson, temos ainda para o ataque: Luan, Pratto, Hyuri e Pablo. No meio campo: Carioca, Donizete, Urso, Eduardo, Lucas Candido e Yago. E na defesa: Marcos Rocha, Carlos César, Mansur, Tiago, EdCarlos, Gabriel e o zagueiro artilheiro Léo Silva, aquele que confessou ter descoberto a alegria de jogar a partir de 2012. São jogadores altamente qualificados, e apesar do grande número de ausentes, faz o outro lado da lagoa – naqueles fenômenos da natureza – entrar em erupção e pororoca. Afinal, o Galo é um tsunami.

 

2 thoughts to “Do lado de cá não tem tremedeira”

  1. Eu gostaria que o Atlético empatasse esse jogo para dar aquela falsa impressão para o time celeste que estão prontos para o Brasileiro, afinal iriam empatar com o melhor time do Brasil na Libertadores, o problema é que com nossos reservas dos reservas poderemos aplicar uma sonora goleada. Parabéns pelo blog já está nos favoritos

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