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Eduardo de Ávila
Defender, comentar e resenhar sobre a paixão do Atleticano é o desafio proposto. Seria difícil explicar, fosse outro o time de coração do blogueiro. Falar sobre o Clube Atlético Mineiro, sua saga e conquistas, torna-se leve e divertido para quem acompanha o Galo tem mais de meio século. Quem viveu e não se entregou diante de raros momentos de entressafra, tem razões de sobra para comentar sobre a rica e invejável história de mais de cem anos, com o mesmo nome e as mesmas cores. Afinal, Belo Horizonte é Galo! Minas Gerais é Galo! O Brasil, as três Américas e o mundo também se rendem ao Galo.

Minha apresentação – Aqui é SÓ Galo

Aos que não me conhecem, preciso me apresentar. Começo com uma citação feita recentemente em homenagem recebida na Câmara Municipal de Belo Horizonte (cidadania honorária da capital), onde parafraseando o primo/amigo e frasista Dirceu Alves Ferreira, eu disse: “sou mineiro de Araxá, sou do Galo e de BH”.

Estou aqui tem exatos 42 anos, entre uma ou outra ausência momentânea, e o que me prende na “cidade do Galo” é exatamente minha paixão pelas cores preta e branca do Clube Atlético Mineiro. Nas poucas experiências que vivenciei morando em outras cidades, depois de ter escolhido BH no distante ano de 1974, a cada partida do Galo o desassossego me dominava e sempre retornava à capital, onde se respira e vive em função dessa paixão.

Pude conhecer, ainda nos meus tempos de Araxá, o que é ser Atleticano. A opção de escolha do time do coração, para uma criança nos anos 60 no interior de Minas e onde só se via e ouvia emissoras do Rio e São Paulo, era contaminada pela condição. Meu pai, flamenguista, um irmão mais velho, que estudava em BH, tentando me persuadir a acompanhar sua escolha, que fica do outro lado da lagoa da Pampulha.

Em meio a isso, para minha felicidade, tinha um cunhado/ídolo – Fausto Barbosa de Paiva – que me contava e encantava ao falar de um time da Massa, cuja Torcida era a maioria esmagadora de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Foi em meio a essa pressão que – passando férias na capital – fui assistir a um jogo entre o Galo e Flamengo (que tinha Garrincha ídolo nacional em final de carreira) no Mineirão. Foi decisivo e meu pai perdeu a batalha. Ao irmão do lado de lá, nem satisfação me preocupei em prestar.

Definitiva e decididamente, naquela noite de 10 de dezembro de 1968, amistoso que terminou empatado em dois gols, consolidei a devoção que já me acompanha por meio século. Acostumado a ver jogos do Araxá Esporte, o Ganso, no acanhado e modesto estádio Fausto Alvim (naquela ocasião sem iluminação) na minha cidade, aquele momento foi mágico. Jogo noturno, coisa inimaginável. O Mineirão lotado, certamente tinha mais gente ali naquela noite que a população de Araxá na época.

Mais que esse mencionado encantamento, natural a um menino do interior de uma cidade com cerca de 20 mil habitantes, foi o deslumbramento em ver de perto e confirmar tudo aquilo que o cunhado pregava. Uma Torcida que deixa qualquer desavisado alucinado. Costumo desafiar os inocentes que questionam minha paixão a irem ver de perto um jogo apenas do Galo e conhecer essa loucura Atleticana.

Gosto de desafios, quando o assunto é Galo. Foi assim, que tempos atrás, me propus a passar um ano inteiro assistindo todos os jogos do time do meu coração em Belo Horizonte. Foi em 2004, depois de uma das muitas pré-temporadas do time na minha Araxá. Outras aconteceram antes e até depois. Em várias delas tive participação na escolha.

Naquele 2004, consegui cumprir a meta. Não perdi um jogo como mandante. Em 2005 e 2006 estive ausente em apenas uma partida em cada ano. No primeiro ano, em agosto, frente à Ponte Preta, jogo vencido por um gol de Rubens Cardoso. No ano seguinte, num clássico mineiro, em fevereiro, que terminou empatado.

De lá para cá, sempre estive presente. Foi assim naquela maratona de jogos em Sete Lagoas, até mesmo em amistoso, no ano 2010, quando acreditávamos em Wanderley Luxemburgo. Já fui a jogo com 2000 pagantes e debaixo de temporal. Digo isso com orgulho, para que o leitor entenda qual a dimensão dessa paixão Atleticana.

Não me acho mais e tampouco menos Atleticano que qualquer outro Atleticano. Sempre digo que Atleticano é uniforme, não sendo atribuído a esse ou aquele qualquer distinção sobre os demais. Também não admito que nos chamem de doentes, até porque entendo que quem não é Atleticano é exatamente quem está enfermo.

Enfim, este sou eu, Eduardo de Ávila, advogado e jornalista de formação e Atleticano por devoção!

PS: o nome do blog, “canto do galo”, me acompanha desde o ano 2000, quando fui articulista do time no extinto “Jornal dos Sports”, depois ainda no blog ”jornalwebminas” e recentemente no “Mundo Vasto Mundo”, uma página no facebook.

14 thoughts to “Minha apresentação – Aqui é SÓ Galo”

  1. Parabéns Eduardo, boa iniciativa! Sabes que meu coração é vermelho, mas pouco importa… Escreves muito bem e sei que suas postagens renderão alegrias e muitos debates para todos que amam o bom futebol e sua história. Abração e até breve!

  2. GALOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!! Estivemos juntos no Marrocos, e costumo vê-lo no Horto, quando estou no setor do GNV. Você chegou a BH em 74, mesmo ano em que deixei a Capital Mundial do GALO para viver no Rio de Janeiro. Tenho, também, origem no Centro Oeste mineiro, Dores do Indaiá. Vamu GALOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!! Aqui é GALO, p.!

  3. Parabéns, Eduardo! Como atleticana devota ou completamente apaixonada, estou me sentindo muito bem representada. Sucesso!!! Pra você, e, claro, pro nosso Galo!

  4. Parabéns Eduardo, seja bem vindo. O atleticano possuiu uma necessidade quase que quimica de viver emoções, e uma delas é lendo tudo que se refere ao Galo, principalmente com belas palavras e historias como a sua. Que Sejamos felizes e registremos aqui um ano cheio de felicidades.

  5. Parabéns, amigo Eduardo.
    Leitura fácil e gostosa. Sente-se sua paixão pelo “Galăo da Massa” em cada palavra.
    Estamos torcendo pelo seu sucesso, que já é realidade. Abraços

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