Com este judiciário não há esperança

Não há no país, ninguém mais poderoso que Fernando Pimentel e Renan Calheiros

dois
Aqui é nóis!

Não me perguntem de onde vem a subserviência do judiciário brasileiro aos dois acima, pois não saberia dizer. Mas uma coisa é mais do que certa: STJ e STF estão de joelhos!

Pimentel foi socorrido por uma vergonhosa operação no STJ. Após um placar extremamente desfavorável, praticamente já decidido, um daqueles famosos pedidos de vista postergou a decisão. Meses depois, após idas e vindas nas pautas de julgamento, o processo foi retomado e o placar inverteu-se. De uma derrota acachapante Pimentel viu seu salvo conduto ser apreciado e autorizado. Pois bem.

O DEM recorreu da patacoada ao STF. Pautado, foi adiado três vezes. Hoje, finalmente foi a Plenário. Tudo corria bem até que… Pimba! Pedido de vista de Teori Zavascki. O relator resolveu que precisa de mais tempo para apreciar uma posição trazida pelo insuspeito Roberto Barroso. Quem sabe até 2018, quando termina o mandato do governador, Vossas Excelências não julguem o mérito, não é verdade?

Bom, enquanto Pimentel mantém-se intocável, outro colosso desfila impávido. Renan Calheiros, o réu e múltiplo investigado e denunciado vê-se socorrido pela Suprema Corte outra vez. E hoje, como de costume, mobiliza seus capangas com mandato a fim de votar de qualquer maneira a tal Lei do Abuso de Autoridade que, certa ou errada, boa ou ruim, afeta diretamente o andamento da Lava Jato. Renan já havia tentado fazer o mesmo, numa madrugada destas, com o projeto das 10 medidas contra a corrupção, que tornou-se 5 medidas a favor. Pois é.

No Brasil de hoje vale como nunca o velho ditado: “Quem tem c… tem medo”. Ou há alguma outra explicação?

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5 thoughts to “Com este judiciário não há esperança”

  1. Prezado Ricardo; lendo o seu texto, confesso que fica difícil não desanimar. Afinal, que tipo de soluções os brasileiros haverão de conseguir, quando não se pode confiar na instância máxima do poder judiciário? Assistimos inertes, incapacitados, frustrados a mais uma manobra em curso na Suprema Corte nacional brasileira. De que valem as leis que compõem os códigos da sociedade civil, se os que são escolhidos para promover e garantir o seu acatamento, são os primeiros a se valer da posição privilegiada que possuem, para distorcer e modificar o sentido daquilo que está escrito? Quando um ministro do Supremo não se incomoda, nem com a opinião pública, ou – se é que existe – com a voz da sua consciência e consente além de participar da depravação das leis que jurou defender, esteja certo: é o indício mais evidente da falência da própria sociedade a qual pertence. Os pimentel e renans da vida, continuarão fadados a existir e se locupletar.

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