A melhor solução para um conflito de interesses é um acordo, ainda que indigesto. A pior é manter-se nele. Todos acabam perdendo
Sou um sujeito de muitos amigos. Felizmente! Quem me conhece pessoalmente sabe o porquê.
Tenho predileção por certas profissões e, digamos assim, antipatia por outras. Dentre estas, um “asco” especial por advogados. Por quê? Bem, só eu sei, hehe.
Coincidentemente — ou por irônica obra divina — não me faltam doutores no meu círculo mais íntimo. Se me fosse possível ranquear os amigos, e não é, certamente entre os Top Ten estariam, sei lá, quatro ou cinco advogados. E dos bons!
Aqui mesmo neste blog, Bady Curi Neto, Carlos Goulart e Alexandre Costa fazem parte dos amigos advogados que me ajudam a escrever. Também vivo citando e elogiando dois ótimos vereadores de Belo Horizonte, Mateus Simões e Gabriel Azevedo, ambos advogados e professores de direito. Dentre os leitores então nem se fala! Haja causídicos: Marcelo e Maurício Quadros, Jader Botelho, Walmir Braga, Luiz Sette e cia. Timaço.
Dennis Olimpio é um amigo de duas décadas. É também meu advogado pelo mesmo período. Não sei se o admiro mais profissionalmente ou pessoalmente. Só discordamos na hora de combinar os honorários; ninguém é de ferro, né? Mas um boa bebedeira resolve tudo.
Pois bem. Em conversa recente, o amigo-doutor me ensinou: “se as pessoas discutissem procurando uma solução, o mundo seria perfeito. Porém, discutem apenas para manter o conflito”. Na mosca!
Nada é mais desgastante, emocionalmente falando, que um “estado de guerra” com aqueles que interagimos em nosso cotidiano. Sobretudo quando a treta é com quem gostamos. A sensação de desconforto, as ondas de ansiedade, os momentos de raiva e aquele inconveniente frio na barriga a cada vez que nos lembramos do nosso “inimigo”…
Absolutamente tudo é desagradável. E por quê? Simplesmente porque nós nunca buscamos, mutuamente, a melhor solução. Ao contrário. A busca intransigente pela satisfação da própria vontade (ou razão) é o que torna uma discussão improdutiva e o resultado sempre desastroso.
Amizades, casamentos, sociedades, relações comerciais simples, enfim, tantas coisas poderiam ser tão melhor, não fosse a insistência das partes em manter o conflito, não é verdade? Pensem nisto, meus caros!
Dr. Dennis, muito obrigado por mais estas sábias palavras.
Verdade. Pense nisso blogueiro.
Ricardo,
Seu post direciona o debate para a questão crucial que está sendo deixada de lado, enquanto se desenrola em toda imprensa, nas redes sociais etc uma ridícula batalha do “nós e eles”:
O QUE É PRECISO FAZER PARA ENFRENTAR A GRAVÍSSIMA SITUAÇÃO ECONÔMICA, SOCIAL, POLÍTICA E ÉTICA QUE SE ENCONTRA O BRASIL NESTE MOMENTO?
A questão não é QUEM, mas o QUÊ. O que fazer para enfrentar:
1) A grave situação das contas públicas – a maior de todas as heranças malditas deixadas pelos govs Lula e Dilma. O que fazer para reduzir os déficits orçamentários agravados pelo comprometimento das contas públicas com despesas correntes e uma dívida pública beirando os 4 trilhões. Como o Estado nesta situação quase falimentar poderá investir em infraestrutura e reduzir sua voracidade arrecadadora, que sufoca e emperra o crescimento da economia?
2) As grandes disparidades sociais. O grande contingente não só de miseráveis como daqueles que se situam na economia marginal– cuja existência foi mascarada pelos discursos de palanque, propaganda oficial e manipulação dos indicadores de classificação de renda. Como o Estado, cujas receitas mal dão conta dos gastos com a inchada máquina pública, poderá estimular os investimentos privados para criação de empregos, manter os programas sociais, além de investir em educação, saúde, saneamento etc ? O Estado brasileiro cumpre um papel de vetor de concentração de renda, na medida em que mantém boa parte de sua receita para manter uma sempre série de privilégios para elites da administração pública
3) A falência da Previdência Social. Como cobrir os enormes déficits de uma previdência social, que mantém os gordos e imorais privilégios, inconcebíveis e inaceitáveis até nos países ricos.
4) O instável e absurdo sistema político, partidário e eleitoral brasileiro. O excesso de legendas partidárias, a maioria delas cumprindo apenas o papel de Partidos de Aluguel, sem qualquer identidade ideológico/política. A inaceitável excrescência do Foro Privilegiado. O absurdo do financiamento público de campanhas e do Fundo Partidário.
5) O empreguismo, loteamento, aparelhamento, uso político e corrupção das empresas e agências estatais. Empresa estatal é, antes de tudo, um empreendimento nas mãos de políticos; o que, de modo geral, as tornam deficitárias e ineficientes. Exemplos: as teles antes da privatização; a Petrobras -e o exemplar caso do Petrolão-, comparada às petrolíferas americanas, que produzem uma gasolina de melhor qualidade e mais barata do que a nossa.
6) A baixa qualidade do ensino e o mal direcionamento do dinheiro público para a educação. A escola brasileira está mais voltada ao nhem nhem dogmático/ideológico do que às pesquisas científica e às ciências exatas. Nosso ensino entre os piores do mundo. O estado banca mais o ensino universitário, em universidades que servem mais às classes mais favorecidas, do que ao ensino básico.
Faltou mencionar a gravíssima situação da segurança pública. O povo honesto, trabalhador e empreendedor caçado nas ruas como animais, e engaiolado em suas casas com prisioneiros.
Caro Colunista,
Admiro sua sagacidade, a inteligência das suas argumentações, mas sei muito bem que você não tem ódio nem asco de nada. O uso de tais palavras não passam da maneira inquieta e irrequieta de manifestar a enchente dos seus sentimentos, conforme sua descrição de si.
Longe de questionar os motivos que só você sabe, compreender o ser humano não é possível sem considerar sua inata imperfeição: “vive la difference”!
A propósito, ouso ponderar que a República dos Bacharéis não tem vocação belicosa, porque o brasileiro não é assim. Reconhecer as imperfeições da Justiça dos homens teve função angular na tendência moderna de buscar soluções alternativas para soluções dos conflitos, sem os quais seres humanos não conseguem viver em comunidade. Parece cada vez mais claro que os profissionais do litígio não precisam da “briga” como meio de vida. O advogado moderno trabalha, cada vez mais, para evitar os litígios: antes prevenir que remediar.
Mas esse é assunto para outra coluna.
Forte abraço,
Carlos Goulart
Ebaaaaa!!! Nova coluna?? Manda! Estamos com saudades.
Abraços
Em um mar de “nãos”, eis q aparece um “sim”. Inesperado, é verdade; insólito, com certeza.
Texto bom, q pode dar margem pra reflexões a todos. Q lucidez e sensatez possam estar presente mais vezes neste blog.
Logo vc falando isso, visto que não tem educação, sujeito mimado que qdo não concordam com suas opiniões, parte para agressões, enfim. Procure utilizar em sua vida oq vc tão bonito prega. Vc é um sujeito que nem deve ter religião e se teve pai e mãe , foi mto mal educado por eles. Péssimo carnaval a vc careca, kkkkkkkkkkk
tem jeito de ser péssimo, não!!! aliás, nem de ser ruim. se quer saber, é impossível até mesmo ser mais ou menos
Realmente é um privilégio ler um texto deste que nos toca, a todos,profundamente.E ainda tem uma vantagem adcional:Esta cronica tem o poder de “espantar” uma grande parte dessas viúvas vira latas do pt,profissionais da contra propaganda da esquerda em geral,que costumam infestar este espaço.Parabéns.
Ótimo texto, por esse tema vários conflitos seriam evitados, e se o Sr. Robes Mendes me permitir :análise objetiva e clara das mazelas do nosso país. Tá tudo ali.
Eu sou umFASCISTA alem de ser um semi analfabeto.nao mereco minimo de respeito.
Até que enfim concordo com você. Parabéns