Esse tal 2017 tinha tudo para dar errado. Não deu

Uma mensagem pessoal de otimismo — marca não muito registrada deste blogueiro, eu sei — aos leitores amigos deste espaço

Dizem que, quando se tem dinheiro, é fácil falar sobre pobreza. Quando se tem conforto, falar sobre necessidade. Quando se tem sucesso, falar sobre fracasso. Mas conquistar objetivos não é fácil; nunca foi. Sucesso não é necessariamente ter dinheiro no banco. Muito menos o nome no SPC, é claro. Mas talvez o maior pagamento seja este mesmo: poder aconselhar com algum conhecimento de causa. Poder passar a quem se gosta tudo aquilo que se aprendeu.

Todos nós somos bons em algo. Todos temos proficiência em alguma coisa. Saber plantar uma muda de pimenta ou cozinhar um belo peixe é sabedoria. Requer aprendizado e prática antes da perfeição. Criar filhos, cuidar da casa, fazer tricô, não importa. Um empresário, executivo ou profissional liberal ricos têm o que ensinar. O mais humilde trabalhador também. Como o padre, o rabino e o pastor. Ou mesmo a criança de seis anos e sua espantosa habilidade com o Ipad.

Poucos anos da minha vida me foram tão, digamos assim, ameaçadores. Poucos anos me trouxeram tantos conflitos, dúvidas, perigos e emoções. Felizmente tudo me serviu unicamente como aprendizado. Nada me causou grandes danos. Ao contrário. A sensação de ultrapassar a tantos obstáculos, em segurança, está sendo inigualável. Até porque inédita. Talvez agora já possa ensinar outras coisas, hehe. Dentre elas, que o mundo não acaba antes da hora. Demorou, mas acho que aprendi. Só acho!

Adoraria poder alcançar o coração de vocês. De cada um de vocês, amigos e amigas deste blog. Adoraria lhes ajudar a descobrir as lições que têm aí, guardadas, prontas para serem ensinadas, passadas adiante como um abraço ou aperto de mãos. Sei que as têm (repito: todos têm). O melhor do fim do ano é isso: é olhar para trás e sentir-se bem, em paz, realizado, nem que por conta daquela mínima boa ação de, sei lá, fevereiro ou março passados. Isso também é sucesso, meus caros. Sucesso d’alma.

No balanço inventado pelo calendário gregoriano, o importante é você gerar crédito para o ano seguinte. Contudo, se estiver com o saldo negativo em 31/12, não se preocupe. Você terá ao menos 365 dias para zerar (ou mesmo reverter) o “papagaio”. O importante é que sempre enxergue o todo; nunca somente uma parte. Pois aposto que a conta não é assim, tão ruim, quanto parece.

Procurem e acharão seus méritos, suas vitórias, seus motivos de orgulho, por menores que sejam. Até porque, meus queridos e queridas, eu lhes pergunto: menores para quem, cara pálida? Somos e devemos ser os nossos próprios juízes. Àqueles a quem amamos devemos respeito e atenção; jamais temor pelas opiniões. Somente o espelho é nosso algoz.

Por isso, parabéns a todos por 2017. Vocês brilharam, sim. Eu garanto. E feliz 2018 a todos também. Ao chegarem a 31 de dezembro deste próximo ano, lembrem-se destas palavras. Olhem para trás altivos e orgulhosos. Sorriam, batam no peito e digam a si mesmos: Eu consegui! Eu sou especial. Lembrem-se: vocês fizeram por merecer.

Tudibom, moçada!

Ricardo Kertzman