E pena de morte também

Assim como na educação, o modelo de esquerda para a segurança pública nunca funcionou. Já passou da hora de mudar

rio
Risco zero de estupro, arrastão ou assalto. No máximo, um assobio: fiu, fiu

Essa foto acima retrata uma praia carioca nos anos 70. O Brasil era um país muito mais atrasado que hoje. Muito mais pobre, predominantemente analfabeto e ainda mais desigual socialmente. Mas havia lei e um rigoroso cumprimento dela, mesmo que por vezes exagerado. Ainda assim eu garanto: nada que chegasse minimamente perto do que existe hoje.

A cada ano, a cada década a segurança pública no país dissolve-se em meio às mais de 60 mil mortes anuais, rebeliões e fugas de presídios, chacinas e guerras de gangues, estupros e tráfico de arma e drogas.

Você que me lê neste momento, sobretudo você com mais de trinta, trinta e cinco anos. Lembra-se da sua infância e adolescência? Lembra-se de ir e voltar a pé da escola, de pegar ônibus sozinho, de brincar nas ruas da sua cidade, sem qualquer medo que não fosse o da chinela dos pais, ao voltar para casa depois do horário, sujo, rasgado e machucado? Pois é.

E os cariocas? Lembram-se dos quase românticos pivetinhos, tão bem retratados pela MPB nos anos 70/80? Aqueles menininhos magrinhos, 10 ou 12 anos, canivetinho ou caco de vidro nas mãos? O que dizer dos nossos irmãos do norte e nordeste do país? Havia violência, sim. Sobretudo doméstica. Mas jamais traficantes de drogas e ladrões. Principalmente nas pequenas cidades do interior. E a turma do sul, meu Deus? Santa Catarina, Paraná e Rio Grande sempre foram conhecidos pela segurança, hospitalidade, cultura geral e educação da sua gente, muito por conta da descendência europeia e asiática.

O Brasil caminhou de volta para a Idade Média. Os pivetes viraram homens; os canivetes viraram fuzis AR-15; trombadinhas transformaram-se em arrastões; pequenos furtos deram lugar à toda sorte de crueldade. Estupros e assassinatos eram notícias que nos chocavam. Quem, da minha geração, sonhou em assistir, fora dos cinemas, troca de foguetes antiaéreos entre morros vizinhos?

Sinto informar à turma dos tais direitos humanos, ao pessoal de esquerda, àqueles que têm uma visão conivente com a criminalidade, mas o modelo que vocês tanto acreditam e defendem, que é o atual, em vigor desde o fim do período militar, não funcionou. Décadas depois, o resultado da demonização das Forças Armadas, das Polícias Civil e Militar, das regras e das leis é este aí que estamos assistindo agora.

Será que os senhores não enxergam que não deu certo? Será que não enxergam que relativizar “pequenos crimes” é fomentar os grandes? Que tentar “acarinhar” menor infrator é garantir-lhe passe livre ao mundo do crime? Sobretudo, será que jamais desistirão de colocar a culpa pelas atrocidades individuais, de animais selvagens, numa tal de Sociedade Injusta?

Quando, pelo amor de Deus, vão abandonar as teorias imbecis das aulas improdutivas de sociologia e filosofia, onde Foucault era um Deus e Guevara seu substituto, e postar os pés no chão? Acordem, pois o sonho acabou e a morte lhes bate a porta frenética. É chegada a hora de uma guinada de 180 graus! É chegada a hora daqueles, que jamais tiveram a chance de botar em prática as próprias teorias, poderem “brincar” de segurança pública como os atuais humanistas vem brincando há 30 anos. Ora, se em time que está ganhando não se mexe, em time que está perdendo mexe-se, sim. E muito. Radicalmente. Sob pena de um novo 7×1.

Repressão ao crime, sim. Supressão de “liberdades” (que são sempre libertinagens, como incendiar ônibus, fechar estrada, etc.), sim. Mais prisões, sim. Presídios também. Rigor extremo com menores, sim. Leis mais duras, sim. Pena de morte… Sim! Por que, não? Baseado em que, em quais argumentos ou resultados alguém pode dizer que nada disto funcionaria no Brasil?

O que não funciona é o contrário de tudo isto, que é o que temos. Chega de medo de expor a realidade e o (possível) remédio. Se não funcionar, que busque-se outro modelo. Só não é mais possível continuarmos reféns de uma ideologia que não produz nada, senão mortes e destruição por todos os lados.

Chega de esquerda! Já mataram demais. De propósito ou involuntariamente. Tanto faz. Já deu. Bye!

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8 thoughts to “E pena de morte também”

  1. S E N S A C I O N A L !!!!!!!!!!!!!
    É isso… será quando irão perceber que não deu certo?
    Será qual poder está por trás dessa balburdia ?
    Qual a vantagem? Não consigo crer que é só pelo poder, dinheiro, sexo, drogas… Deve ter outra coisa, algum outro tipo de vantagem, que faz com que alguém não reconheça que leis severas são necessárias.

  2. Prezado Ricardo; o início dos nossos problemas atuais, se deu aos 5 de outubro de 1988, com a promulgação da “constituição cidadã”, segundo Ulisses Guimarães. Estamos pagando nos dias atuais, pela irresponsabilidade que tomou conta do Brasil, no período pós-ditadura. Foi confiada aos nossos “amados representantes” no Senado e na Câmara Federal, a incumbência de elaborar a “carta Magna”. Só que não se levou em consideração, o fato de as duas casas estarem repletas de ex-perseguidos pelo regime militar. Elaboraram um texto no qual procuraram (se) resguardar e garantir as (suas) “liberdades individuais”. O resultado aí está: um documento no qual as garantias individuais vão além da permissividade, tolerância, complacência, enfim, onde a verdadeira cidadania fica subjugada ao criminoso, tanto comum como político. Tirou-se do cidadão até, pasmem-se, o direito à autodefesa. Se um criminoso armado sofrer uma reação de sua vítima, que venha a provocar-lhe o óbito, o ato é classificado como crime – nunca autodefesa – e o autor estará sujeito aos rigores da Lei, e terá um grande pepino nas mãos , Ao passo que, se do ato criminoso ocorrer o óbito da vítima, o autor – ladrão e homicida contumaz por exemplo – terá uma complacência incompreensível. Dirão que ele é “vítima” de injustiças e violências sociais, da falta de escola, assistência, saúde, direitos – até amor – enfim; o assassinado é que foi o “culpado” de estar no lugar errado, na hora errada. Leve-se em consideração, que estou abordando apenas uma das muitas faces dos problemas nacionais. Para concluir, afirmo que: para início de diálogo, não haverá uma solução, se não houver uma revisão constitucional URGENTE. Porém, antevejo um obstáculo de dimensões absurdas: nossos “amados representantes” possuem competência, idoneidade e MORAL PARA FAZÊ-LA?

  3. As autoridades constituidas (os três poderes) tem que se dar conta de que vivemos uma guerra civil declarada pela bandidagem. E Estado de Guerra exige Medidas de Guerra!!!
    Chega de contemplação e leniência com bandidos facínoras criminosos ao estilo populista comunista.

  4. Ricardo, este foi mais um bom texto e passível de compartilhar com muitas outras pessoas pelas redes sociais.

    Meses atrás realizei uma viagem para uma grande cidade da Europa. É incrível como a educação, civilidade, respeito funcionam por lá. Fiquei me perguntando e me pergunto até hoje: “Porque o Brasil não é assim?” Seríamos um excelente país para viver.

    INFELIZMENTE os safados que estão no poder (todos os poderes) legislam em causa própria e não nos atenderão em relação ao que você menciona no texto.

    Estamos com níveis EXAGERADOS e INSUPORTÁVEIS de criminalidade e injustiças neste país. Estamos vivendo aquela frase frase: “o errado é que é o certo neste país”.

    CONCORDO PLENAMENTE COM A IDEIA DO TEXTO.

    O que podemos e devemos fazer para acabar com tanta criminalidade? Se dependermos dos políticos, não haverá mudança nenhuma. Eles bancam toda essa criminalidade.

    SÓ A EDUCAÇÃO SALVA ESTE PAÍS.

    1. vivo na España ja 15 anos e a tranquilidade de poder andar pelas ruas,de poder sacar dinheiro num caixa eletronico tranquilamente a qualquer hora sem estar preocupa si pode alguem esta observando,querendo ti roubar,a forma de como as pessoas si envolvem e cobram dos politicos melhorias é impressionande.Sao tantas coisas que o Brasil poderia tomar como exemplo dos paises europeus,o que passa que os polticos nao estao interessmos em mudanças que possam favorecer a populaçao mais sim que podem favorecer ele mais e mais.
      Fico triste pela situaçao que vive meu pais que amo tanto,e que si fora possivel gostaria hoje mesmo de voltar a morar ai,mais nao consigo aceitar a situaçao em que o pais si encontra: CORRUPÇAO E VIOLENCIA, duas palavras que faz com que muitos brasileiros que vivem fora do pais pensem duas vezes antes de resolver a voltar a morar no Brasil.

  5. Preservação da Vida de Inocentes!
    Faz se necessário a coleta de assinaturas que se tornam Projeto de Lei de Iniciativa Popular, a exemplo do que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa, Medidas contra “10 medidas contra a corrupção, a favor da Preservação da Vida de Inocentes, pela redução do número de homicídios com aplicação de penas mais severas tais como prisão perpetua e pena capital ( pena de morte).
    Vejam as consequências da greve da Policia no Estado do Espirito Santo, dispararam o número de homicídios. Razão: Sem polícia os homicidas ficaram a vontade para matar.
    Cabe aqui demonstrar que os homicídios não são consequências das desigualdades sociais ou falta de Deus, e sim a certeza da impunidade. No Brasil somente 2% dos homicídios são solucionados, e são aplicadas penais banais. Quando se fala em INIBIR OS HOMICÍDIOS pela implantação de prisão perpetua e PENA DE MORTE para inibir os quase 60 mil homicídios por ano Brasil, as entidades direitos humanos, OAB e religiosos, juristas, governo, políticos são contrários a estas medidas e ficam passivos diante da trágica realidade brasileira.

  6. Ja levo tempos morando fora do brasil,e fico muito triste com o que esta passando ai,cada dia mais a violencia aumenta,”a vida perdeu completamente o valor”.
    Nao sei si voltarei a morar no brasil novamente,pq quando penso de como esta o pais desaparece qualquer possibilidade de retorno. Nao é somente a violencia,mais tambem a corrupçao,o pais esta debaixo de uma verdadeira impunidade.
    Nao vejo os brasileiros tomarem as coisas a serio,vejo é:” CARNAVAL,CHURRASCO,NOVELAS,E FUTEBOL.” infelizmente nao vejo as pessoas envolvidas na politica,exigindo mudanças,impondo-se,afinal quem faz o pais é o povo,ou nao?

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