“Você topa pagar mais impostos para financiar essa parte da conta? Hoje eu não dou conta das prioridades que tenho. Então, é uma questão para colocar para a sociedade. Se de fato se quer que o Executivo entre nisso, a sociedade tem que meditar e refletir se ela aceita ultrapassar o dogma dos impostos”.
Excelente! Este sincericídio aí é do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, sobre mais investimentos no sistema prisional, como a construção de novos presídios. Eis a questão: Alguém quer pagar mais imposto para resolver o problema dos presidiários?
“Mas Ricardo, o governo já arrecada demais. O problema é que gasta mal, desperdiça muito e rouba bastante.”
Verdade, óbvio! Mas são situações diferentes. O problema acima é caso perdido. Jamais deixaremos de ser um Estado corrupto, ineficiente e perdulário. Nossos políticos e governantes são, em sua extrema maioria, vagabundos de olho no nosso dinheiro e nas próprias boas vidas. No máximo, representam interesses de grupos e corporações, o que dá no mesmo, pois estão sempre de olho em dinheiro fácil e alheio.
Já a questão carcerária é isso mesmo. Não há milagre! Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Em novas e seguras instalações, em capacitação profissional dos agentes, em combate à corrupção interna, em observância e controle rigoroso do cumprimento penal e aumento substancial no efetivo de servidores ligados à área. Afora, claro, gente certa e honesta no cuidado do sistema.
Se nossos jornalistas e intelectuais de esquerda, se os parlamentares amigos da bandidagem, se a OAB, a ONU e os tais Direitos Humanos querem mudanças profundas e definitivas no sistema penal brasileiro, que então paguem a conta. Aliás, alguém poderia já fornecer o endereço da Globo News para envio do boleto bancário.
Repito a pergunta do Ministro: Você quer pagar mais por isso? E já te dou a minha resposta: Não! Que matem-se uns aos outros.
Quanto mais rápido melhor. E mais barato pra todos, hehe.
Prezado Ricardo; procurei uma estatística mais recente, mas os dados “atuais” se referem a 12/2014, quando segundo o Ministério da Justiça e Cidadania, a população carcerária brasileira era de 622.202 indivíduos – que precisão!!! não é mesmo? Considerando dois anos passados e que atualmente novos encarceramentos são evitados em função da superpopulação carcerária, os números hoje não devem ser muito discrepantes. Ainda segundo a pesquisa, 55% têm entre 18 e 29 anos, 61,6% são negros e 75.08% possuem o ensino fundamental completo. Informam que o contingente está em 4º lugar nas estatísticas mundiais, atrás dos EUA, China e Rússia. São 28% traficantes de drogas, 25% por roubo, 13% por furto e 10% homicidas, sendo que 40% são provisórios – ou seja, sem condenação em 1º grau. A pesquisa é bem detalhada, cheia de comparativos. E daí? Bem; para início de diálogo, creio que: se uma maioria expressiva possui o ensino fundamental, algo de muito grave está(eve) presente na escola. Depois, como está dito por vc, para mudar a situação será necessário mais dinheiro, dinheiro, dinheiro… e seremos chamados a pagar a conta. Por que então não se adotar um novo sistema? Que seja entregue à iniciativa privada, tudo o que se refira ao encarceramento. Desde a construção e administração, até exploração da mão de obra encarcerada nos presídios. Por que o presidiário não deve trabalhar? Afinal, chega do Komiqueto não é mesmo? Ademais que: se os criminosos não somos nós os manés cidadãos comuns, por que haveríamos de pagar pelo crime alheio? Vamos colocar a moçada para trabalhar!!
ótimo, Tadeu. Obrigado pelo excelente comentário
Excelente comentário Tadeu discordo apenas de dois pontos que você disse.
1 Sobre a escola moro ao lado de uma e digo sem medo.uma parte não estuda porque não quer mesmo quer vida facil,matam aula e aproveitam para usar o E.C.A como escudo.O estado da todo material completo para eles.
2 Sobre eles trabalharem concordo desde que uma parte do salario seja para pagar a prisão que eles onde estão lotados e em caso de danos a mesma eles serão cobrados por isso.
Prezado Ulisses; muito obrigado pelos elogios. Quanto aos pontos que você destaca em meu comentário, esclareço que: não entrei em maiores detalhes para não alongar demasiadamente o texto. Mas, da grande maioria dos problemas escolares, em particular da rede pública, tenho perfeita noção, uma vez que sou casado com uma professora aposentada, que atuou tanto na rede estadual de MG, como na municipal de BH. Cito até o período onde a qualidade do ensino começou a ser deteriorada: foi a partir do estatuto da criança e do adolescente, lei 8069 de 13 de julho de 1990. Depois continuou com entre nós, com a famigerada “ESCOLA PLURAL”, AQUELA QUE NÃO REPROVAVA. Foi implantada por patrus ananias à época prefeito de BH, no início de 1995. A consequências da insanidade começaram a ser estendidas à rede estadual, por eduardo azeredo que tomou posse em 1995. Você se lembra? Triste lembrança não? O fato é que a junção de um estatuto permissivo e de governantes mal intencionados ou incompetentes, não poderia produzir mais nada a não ser o que temos hoje. Quanto ao trabalho dos encarcerados, só depois de descontados os custos do encarceramento – e não uma parte como diz você – é que o “troco” seria repassado ao apenado ou sua família. Assim penso eu!
Beleza Tadeu disse tudo concordo com o que disse dos presos devem trabalhar para pagar a cadeia.
Sobre a escola não vejo solução acho que esta piorando isso sim otimo dia.