Consolidar a liderança com o apoio do Atleticano

Rodada confirmada, apesar da intenção e onda dos cariocas pelo adiamento, cabendo ao nosso time entrar com garra e determinação. Foi uma semana de descanso e preparação, enquanto o adversário teve jogo pela Libertadores e chega com desfalques para essa importante decisão. Aos jogadores e comissão técnica, a missão de honrar o nome e a tradição Atleticana.

Nós, Torcedores, ainda que em números tímidos, devemos empurrar o time para consolidar a liderança do Brasileiro. Refiro-me ao fato de, ao que estamos percebendo, novamente não esgotar os ingressos para um jogo de tamanha importância. Queira os céus que durante o dia de hoje ocorra uma reação em busca de lugar e, quem sabe, preencher as quase dez mil cadeiras ainda disponíveis.

Fiquei daqui pensando em tudo que li e ouvi a respeito dessa falta de motivação. Afinal, depois de seis jogos, estamos na liderança isolada, situação que sugere esgotar todos os ingressos. Entre as teorias que me foram apresentadas, fico com a questão dos valores dos ingressos. Convenhamos, revendo os preços, realmente os valores espantam o Atleticano da arquibancada. Esqueceram que o Galo é um time de Massa.

Que isso sirva de reflexão para os jogos futuros, até mesmo a avaliação da possibilidade de se jogar no Mineirão com preços mais acessíveis ao bolso de uma Torcida apaixonada, porém, ao contrário dos eventuais mandatários, de baixa renda. Saudade da geral e daquela festa que tive o privilégio de assistir e participar em tempos passados. Abaixo à gourmetização imposta ao Atleticano.

Para hoje não tem retorno, que isso seja repensado já para a próxima partida. Afinal, passando pelo Flamengo, vamos a Recife pegar o Sport no meio da semana e já no sábado – em Belo Horizonte – é a vez da Chapecoense. Estamos com essa Chape atravessada desde quando nos tiraram da Libertadores e da Copa do Brasil.

Quanto ao jogo de hoje, ao que tudo indica, apesar da frescura em não liberar lista de relacionados, o Galo não terá novidades em relação ao último. Exceto, claro, a volta de Gustavo Blanco no lugar de Elias. Naquele dia, o primeiro estava suspenso, e hoje é a vez do outro cumprir a mesma penalidade. Achei as entradas de Emerson e Bremer corretas e entendo que, para este momento, são os onze titulares escolhidos por Thiago Larghi. Tomara que o Galopsita, como bem o disse um leitor, e Ricardo Oliveira estejam iluminados.

Pelo menos até a paralização, daqui outras seis rodadas, não vislumbro novas contratações. Acredito, sim, e quero muito, que após o encerramento da Copa do Mundo ainda sejam agregados de três a cinco novos atletas para dar o equilíbrio que ainda não consigo perceber neste time Atleticano.

Ontem, à noite, estive na plateia de um interessante debate acerca do futebol brasileiro. Saí de lá satisfeito e ainda mais convencido da minha total ignorância técnica, tática e de gestão administrativa e dentro do campo. Sempre fui assim e vou morrer assim. Afinal, sou Torcedor e não treinador ou diretor. O que o Torcedor quer é vitórias e títulos. Pois ali, pude durante duas horas ouvir muito sobre planejamento. Os três convidados foram os treinadores Thiago Larghi, Enderson Moreira e o jornalista Mário Marra. Foi um show. Enderson mostrou que um time com 40% de jogadores formados na base é mais barato que se contratarem dois medalhões de outras equipes. Só temos dois (a dupla de zaga) entre os onze de hoje à noite.

Já Thiago Larghi, que a cada dia conquista mais a nossa confiança, mostrou segurança no que vem fazendo e tranquilidade quanto ao que podemos esperar para o futuro. O grande destaque, aos meus olhos, foi o jornalista Mário Marra. Sereno e lúcido como já o conhecemos, falou sobre racionalização do calendário e público no estádio. Se o presidente do time do coração do Marra tivesse a humildade de convidá-lo para um café e ouvir com atenção suas colocações, o Clube Atlético Mineiro encontraria com facilidade o caminho e a volta às grandes conquistas. Fica a dica!