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Fatalidade tirou a liderança do Galo

Imagem: Site do Atlético

Definitivamente, não merecíamos a derrota, mas faz parte do futebol. Nada a questionar do time, tampouco do erro individual do jovem Emerson, que resultou no gol único da partida. O lateral esteve bem no jogo e mostrou bom entrosamento com Cazares e Gustavo Blanco. Entretanto, o resultado foi cruel ao que os dois times apresentaram em campo. A quantidade de gols perdidos sinalizou para o conhecido chavão de que “quem não faz, leva”, que acabou prevalecendo e deu a vitória ao time carioca.

O Galo começou bem e manteve um bom futebol até tomar o fatídico gol – coincidentemente, embora sem alguma relação, logo após uma substituição equivocada do treinador Thiago Larghi. Quando Otero se aquecia, a dúvida entre os Torcedores é se ele entraria na vaga de Luan ou Roger Guedes, mas o treinador tirou o eficiente Gustavo Blanco. Os dois já não rendiam o suficiente para buscar o esperado gol da vitória. Foi um castigo.

Outro que, até confesso que pedia muito a sua entrada e acabou rendendo absolutamente nada, foi Alerrandro. Tinha fé neste garoto. Que noite! Além do resultado inesperado e injusto, minutos antes, o contestado Ricardo Oliveira teve problema e não pode jogar. Entendia que era uma típica partida para ele deslanchar. Foi a primeira fatalidade, ainda no pré-jogo.

Perdemos, mas não vamos esmorecer, absolutamente não mesmo. O time, nas mãos do jovem Thiago Larghi, vem mostrando evolução. Os jogadores em campo, ao contrário dos tempos do treinador anterior, demonstram ser uma equipe. Sabem o que fazer com a bola e, em jogos complicados – como alguns recentes – dominamos os adversários. O que falta, a meu sentir, é elenco. Aí, a responsabilidade não é do treinador e, sim, da direção Administrativa e de Futebol.

Imagem: Site do Atlético

Entendo que um time que almeja títulos tem de ter entre dois e três profissionais aptos a atuar em cada posição. Pois, ao olhar para o banco do Galo, partida a partida, não encontramos nomes capazes de serem acionados para entrar no andamento dos jogos. As substituições são sempre as mesmas. O elenco é muito desequilibrado.

Vejamos. Ontem, num determinado momento, parecia que Adilson sinalizava cansaço. Ele, que tem sido um primor neste time (quase vai embora pela opção do treinador demitido), não tem substituto a altura. Olhei na lista e lá estavam Arouca, Yago e Galdezani. Deu aflição. Não tem uma opção imediata. E assim é em inúmeras outras posições. O treinador vem fazendo sua parte, está dando gosto ver o time, porém, lhe faltam peças para levar ao sonho que imaginávamos até ontem antes da derrota.

Foi amargo. O árbitro não decidiu a partida, a exemplo de tantos outros dessa madrasta CBF, porém deixou de merecer o meu respeito. Era dos poucos ali naquela entidade que ainda se apresentava sem efeitos da pressão CBF e TV. Ao dar cartão amarelo ao Paquetá, somente após a sexta falta, uma vez que o jogador na primeira já mostrou a violência que empregou na partida, perdeu minha consideração. Afinou igualmente ao não advertir Henrique Dourado. Amarelou, sim, aos interesses que tanto maltratam a dignidade do futebol nacional.

Nem entro naquela conhecida situação de critérios desiguais aos times paulistas e cariocas, especialmente Flamengo e Corinthians. Isso está institucionalizado pela ação nefasta da entidade e da TV.

Imagem: UAI/EM

Por fim, uma consideração preocupante. No estádio havia 23 placas de publicidade em torno do gramado. Destas, 11 da própria emissora que privilegia paulistas e cariocas, cinco da CBF (sendo que duas credito a uma eventual bonificação à empresa aérea escolhida pela entidade), duas – igualmente entendo – por serem patrocinadores do Galo. Restaram cinco comercializadas. Destas, três de remédio contra a gripe, uma de cerveja e outra de cartão de crédito.

Ao que me leva a concluir que o futebol brasileiro está cada dia mais falido, graças à gestão ineficiente e discutível da CBF. O público nos estádios (cada dia menor) e o anunciante estão abandonando o barco. Isso é o resultado do descrédito na organização das competições e na própria entidade. A camisa verde e amarela já não motiva tanto o brasileiro, depois das gestões de Ricardo Teixeira, José Maria Marim e Marco Polo Del Nero. Lamentavelmente!

Blogueiro

View Comments

  • Não houve fatalidade alguma, perdemos porque fomos incompetentes para fazer gols, porque um jogador foi incompetente para isolar uma bola que estava sob seu controle, não obstante ter jogado bem a maior parte do jogo. Não adianta jogar bem e não vencer. É preferível jogar mal e ganhar, pergunte ao Flamengo... Ademais, esse técnico tem um bom futuro, mas o presente dele está deixando a desejar. Ele precisa aprender que jogador de futebol, principalmente o aspirante, necessita de de um técnico cascudo. O cara aplaude tudo. Aplaude uma boa jogada, aplaude o erro do jogador, assim não vai. Jogador precisa de um técnico que lhe dê esporro quando fizer uma merda dentro de campo, que mexa com o seus brios. Mas ele é novo e vai aprender ainda.

  • Olá Massa alvinegra! Perdemos a liderança, mas confesso que nunca achei por merecida a mesma. Tudo porque o nosso GALO é um time limitado pra não dizer fraco. Algumas considerações devem ser levadas em conta; O Gol do flamengo já era esperado e era apenas questão de tempo desde o 1º tempo, estava na cara que iriamos tomar aquele gol, quando o time inteiro no ataque do urubu maldito, numa falta de inteligência do Fábio Santos, que diga-se passagem é um dos jogadores mais burros que já vi jogar, vai numa bola daqueles e entrega nos pés do adversário que esperava por aquela chance para voltar para liderança. Culpar o Emerson é também esconder a burrice de um time que toca muito, mais não canta nada. Apesar de muitos torcedores ficarem pedindo oportunidade pra jogadores de base, eu tenho cá minhas dúvidas. Quando tem de ser craque, é num jogos destes que o jogador tem que mostrar valor. O Alerrandro é muito fraco, um Carlos da vida. Agora, é contentar com estas oscilações hereditárias que o time do GALO proporciona. Liderança agora, só em dívidas por conta das más administrações. O Atlético é aquele time de cobertor curto, se cobre a cabeça descobri os pés. Lamentável.

  • O que passou ontem chama-se Futebol.

    Time é isso, aí, jogando no limite, e isso sempre falei que deveria ser louvável (devemos aceitar quando falta qualidade) .

    Domínio, entrega, bola na trave q bate na linha e sai... a única ressalva é que, se não pode-se chamar de fomeagem q tem assolado o time, vi muito desespero na frente na área, quando algumas vezes havia um atacante aberto pra receber a bola e desenvolver melhor a jogada.

    Nos últimos 2 anos, vencemos os respectivos campeões, fora de casa, sendo muito mais dominado e mesmo assim não atrapalhou o objetivo deles.

    O erro foi da diretoria e um pouco da torcida, diretoria pela temeridade já irritante de acreditar em zaga inexperiente, quando o problema é antigo. E um pouco da torcida, pq pegaram no pé do Guedes no jogo contra o Vasco, quando o erro crucial foi do Bremer q deu o combate dentro da área sem necessidade com o atacante sem angulo. E achamos q com a zaga tá tudo bem.

    Ontem, ele deveria ter parado a jogada fora da área. Fomos vítimas de sua inexperiência mais uma vez.

    Tenho dito desde o começo do ano q não cobraria vitorias, mas entrega, e nesse sentido, estamos surpreendendo. O que incomoda é q o ano depende de 2, 3 contratações muito bem feitas e isso será feito por um estagiário q mostrou q gosta de contratação pra iludir, refugo paulista, argentino meia boca, indicação de técnico (fácil pois contrata e lava-se as mãos sem responsabilidade, "foi indicação", como se técnico desse ordem em diretoria)

    Nosso ano é um mero vestibular para vermos se Gallo serve ou não. Incrível q tem muito setorista achando isso natural. Repito, ou o cargo não é grandes coisas para essa gente, ou o Gallo é um p### privilegiado, com estágio de luxo.

    Esses vão para o estádio e ficam gritando na verdade "GALLO... Eu acredito (em você)".

    Tem que cobrar, pq senão, fazem qualquer coisa (provavelmente um grande nome) e depois diz "O time taí, Brasileiro é obrigação", sem saber se o cara tá afim de arrebentar ou só vir para o spa, mas o que importa é q responsabilidade não tá mais nas costas deles (enquanto a torcida cair nessa).

    Abs

  • Diretoria medíocre e omissa, a começar pelo presidente, passando principalmente pelo diretor de futebol que é horroroso e incompetente... e finalmente chegando à comissão técnica que é a menos culpada, mas que de inocente não tem nada... e finalmente nos jogadores, que além de limitados não demonstram vontade em campo... tem que começar de novo, de preferência com um presidente que não seja pai de piloto de segunda divisão da fórmula 1!!!

  • Se for pra ficar livre desse fominha do Otero, que se acha craque, e livrar do futebolzinho do Elias e seu salário altíssimo, acho que a contratação do Hernanes seria uma boa. O salário é alto, mas é bom jogador, melhor que o Elias, e tirou o São Paulo do rebaixamento ano passado, cobra bem faltas e tem moral pra cobrar mais de alguns jogadores ali do Galo, como o Fábio Santos, que poucos falam, mas entregou o ouro junto com o novato... Bora, Galo! Ainda dá tempo! Galo, sempre!

  • Que rodada... Gambás perderam, tínhamos tudo para nos isolar na liderança. Mas a falta de elenco nos custa uma Vitória e a liderança, justamente contra a Urubuzada. É pra completar a rodada; os Cabulosos vão lá e ganham do Santos fora de casa. Dou duas rodadas para estarem na nossa frente e virarmos chacota outra vez. Lamentável...

    • Raposona cabulosa você quer dizer não é maria? Essas coitadas adoram ficar as páginas do Galo caçando macho.... Mais uma maria torcedora do Pirangi da Enseada das Garças, falando do maior e melhor de Minas..... De ser muito ruim torcer para aquela porcaria.....

    • Maria tremedeira, não vai ficar na frente porque vamos trepar em vocês novamente e subir na tabela.

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