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Psicólogo graduado pela Universidade FUMEC, Pós-graduado em Psicologia Médica pelo departamento de Psiquiatria e Neurologia da Faculdade de Medicina da UFMG e Mestre em Educação, Cultura e Sociedade pela UEMG, tendo desenvolvido dissertação na área de Violência Contra a Mulher.

Pergunta de leitora sobre “Medo da Solidão”

solidao mulher

 

 

“Boa tarde, Dr. Douglas.  Sou viúva há mais de 2 anos, trabalho fora, tenho uma filha casada e um que está quase se casando. Tenho medo de ficar sozinha e gostaria de achar uma pessoa para ficar ao meu lado. Não sou feia e também nem das mais bonitas mas, creio, chamar  atenção de muitos homens. Não quero arrumar qualquer pessoa. Porém, às vezes eu ajo de forma impulsiva e acabo dando corda para quem não deveria.Você acha que isso é normal, é excesso de carência ou medo de ficar sozinha? Por favor, gostaria muito de uma resposta. Parabéns pelo blog e parabéns ao UAI por firmar parceria com um profissional do seu nível”.

Resposta:

Olá, querida leitora. Antes de mais nada, muito obrigado pelos elogios. Quem gostaria de te dar os parabéns, por dois motivos que considero muito importantes, sou eu: o primeiro, pelo fato de você ainda se sentir e se perceber como mulher, que tem desejos e direitos, entre eles, o de querer se relacionar afetivamente de novo. Muitas mulheres viúvas, inclusive jovens, afastam essa possibilidade de suas vidas, o que é muito triste. O segundo tem relação com a sua auto-estima que, ao que tudo indica, é boa. Isso pode ser identificado a partir do momento em que você tem consciência de que chama a atenção de muitos homens.

Por outro lado, existem dois aspectos negativos. Você acaba dando atenção para homens que provavelmente não valem e pena e, além disso, age por impulso. Impulsividade é fazer primeiro as coisas primeiro e pensar depois. Ou seja, atitudes desprovidas de reflexão o que, via de regra, acaba dando errado. Arrependimento e culpa são consequências frequentes. Portanto, o primeiro passo é tomar consciência deste comportamento impulsivo e procurar não repeti-lo mais. Uma vez que você tem essa consciência, não faz mais sentido repetir este tipo de conduta, não é mesmo? Não vale a pena arrumar qualquer pessoa pra você; afinal de contas você não é uma pessoa qualquer, ora. É importante sabermos buscar o que é bom para nossas vidas. Um emprego legal, um curso bom, uma casa digna, um médico bom pra cuidar da nossa saúde e, obviamente, um bom parceiro ou parceira. Tá cheio de gente que vale a pena por aí. Por outro lado, há uma infinidade de pessoas que nem de longe servem para nosso convívio, quanto mais pra nos relacionarmos afetivamente.

Dica pra você: substituir esse medo de ficar só pela seguinte reflexão: se dei conta de sobreviver emocionalmente à perda do meu companheiro, sou suficientemente forte pra me dar um tempo sozinha, sem entrar em desespero, dando chances para pessoas que tenham características que eu realmente valorizo. Se não fizer assim, você ficará num ciclo de experimentações frustradas, e que, no final das contas, só irá afastá-la do seu real desejo que é o de encontrar um companheiro. Quantos aos seus filhos, que bom que cada um está seguindo seu caminho. Significa que estão tendo sucesso e que seus ensinamentos os ajudaram nessa empreitada. Cuide bem de você mesma porque, quanto mais competentes somos no cuidado que temos com nosso corpo, nossa mente, nossas companhias etc, mais chances temos de sermos bem sucedidos na vida. Pense nisso!

Um abraço,

Douglas Amorim

3 thoughts to “Pergunta de leitora sobre “Medo da Solidão””

  1. Excelente matéria….recentemente terminei uma relação de 05 anos e hoje uso métodos como leituras e meditação para melhorar minha condição de estar sozinho e tento aproximar pessoas do sexo oposto a base de um bom papo e seguimentando uma boa amizade, o resto como disse a leitora não somos perfeitos a vezes agimos por impulsividade, enfim não somos perfeitos!!!!

  2. Com uma analise dessa, não temos nem o que comentar! Parabéns Douglas e felicidades à leitora!

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