O novo filme do diretor, roteirista e produtor M. Night Shyamalan chega aos cinemas e todos já ficam apreensivos. Conhecido pelas viradas de roteiro que nem sempre funcionam bem, ele tem adaptado histórias de terceiros e o resultado melhorou muito, mostrando que seu maior talento é a direção criativa, e não a necessidade de enganar o espectador. Seu mais novo esforço, Batem à Porta (Knock at the Cabin, 2023), reforça esse aspecto. Se não é marcante como um Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999), ao menos não é ruim como um Fim dos Tempos (The Happening, 2008).
Mais uma vez estragando férias familiares, como fez em Tempo (Old, 2021) e A Visita (The Visit, 2015), Shyamalan nos apresenta à bonita família formada por Papai Eric (Jonathan Groff, de Mindhunter e Matrix Resurrections, 2021), Papai Andrew (Ben Aldridge, de Fleabag) e a pequena Wen (Kristen Cui). Em férias, eles alugam uma cabana isolada e esperam por dias tranquilos e de descanso. No entanto, quatro estranhos chegam e, como o título entrega, batem à porta.
O misterioso quarteto, formado por Leonard (Dave Bautista, o Drax dos Guardiões da Galáxia), Sabrina (Nikki Amuka-Bird, de Tempo), Adriane (Abby Quinn, de Adoráveis Mulheres, 2019) e Redmond (Rupert Grint, o Ronny de Harry Potter) traz uma proposta descabida e a família precisa tomar uma decisão. Como afirma o cartaz, a humanidade depende disso. Temos, basicamente, um cenário e um grupo reduzido de atores no tempo presente, mas flashbacks vêm e vão, mostrando como era a vida de Eric, Andrew e Wen até ali.
Como de costume quando se trata de um filme de Shyamalan, contar o mínimo é o melhor. Basta dizer que ele reescreveu um roteiro de Steve Desmond e Michael Sherman, ambos estreando no Cinema, e eles se basearam no livro The Cabin at the End of the World, de Paul G. Tremblay. Ou seja: não é um roteiro original de Shyamalan, que perdeu a mão lá em 2006 (com o pavoroso A Dama na Água). Fora a trilogia finalizada em Vidro (Glass, 2019), que estava traçada há anos, ele vinha cometendo graves pecados.
Batem à Porta começa criando uma atmosfera de tensão eficaz, mas nunca chega a decolar. Mesmo com boas atuações (até do limitado Bautista), ele segue morno em seus 100 minutos. Ao menos, o diretor não entrou na onda dos filmes longuíssimos, resolvendo sua trama relativamente rápido. Os personagens são interessantes, apesar de sabermos pouco deles, e conseguem prender o espectador. Dessa forma, temos uma experiência que passa longe dos traumas causados anteriormente.
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Fiquei intrigada a assistir!!