O pior é que a mula apanha, dia sim, dia também, e não aprende. A mula é enxovalhada nos postos de saúde, nas escolas públicas, nas ruas esburacadas, no transporte coletivo. A mula não possui segurança, vive cada vez pior e ainda assim insiste que sua crença é que está correta. O Estado, que lhe rouba e castiga, tem mais é de ferrar os empresários. Talvez assim sinta-se um pouco menos desgraçada em sua miserável existência, já que alguém mais está levando no lombo também. A lógica não é ser feliz, mas ver alguém igualmente fodido. Na miséria são todos iguais, deve pensar o quadrúpede.