Esposa e seis filhos, dentre os quais duas pobres crianças, conhecerão a mais profunda dor da humanidade
Não chego a ser cinéfilo, mas adoro filmes. Desde novo. E o hábito continua, agora com a perfeita companhia da minha filhota. Intuo que Sophia será ainda mais vidrada do que eu. A conferir.
Um dos meus prediletos é O Senhor dos Anéis. Os três episódios, aliás. E uma fala em especial me vem sempre à cabeça. No capítulo final, intitulado O Retorno do Rei, Gandalf diz mais ou menos o seguinte:
“Não sabemos quanto tempo iremos viver; o dia em que iremos morrer. Só nos resta decidir o que fazer com o tempo que nos é dado”.
Bingo! A vida nasce numa tórrida noite de amor. A mesma vida acaba num acidente banal de helicóptero. Ou no último suspiro de um pulmão envelhecido pelas décadas.
Ninguém controla o “vai e vem” da nossa passagem pela Terra. Mas nós controlamos o que fazemos e como iremos ser lembrados.
Me cercam vidas iniciantes, vidas vividas, vidas terminativas. Nenhuma é certa, nenhuma é definitiva. Nem a minha própria, obviamente.
No mesmo dia em que uma família — a minha — comemora, outra chora. No mesmo dia em que uma vida insiste, outra não mais existe.
E a este espectador aqui, só resta assistir. E por vezes lamentar, por vezes sorrir.
Minhas sinceras condolências aos familiares e amigos de Ricardo Eugênio Boechat.
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