Tudo o mais constante, João Leite (PSDB) ou Alexandre Kalil (PHS) irão administrar a cidade pelos próximos quatro anos.
Nasci em Brasília e me mudei para Belo Horizonte, com nove para dez anos. Entre idas e vindas, de e para São Paulo, onde trabalhei por mais de vinte anos, cresci, constituí família e amigos e vivo em BH. Tenho dupla naturalidade, portanto: Brasília e Belo Horizonte. Não saberia dizer qual me é a mais querida. Pois bem.
Como toda grande cidade brasileira, Belo Horizonte degradou-se junto com o país nestes últimos anos. Um misto de incompetência, imoralidade e crise financeira dragaram a cidade para a sua pior fase desde que a conheço. Jamais a vi assim tão mal cuidada, tão desmotivada, tão triste e tão sem esperança. Sinceramente, não acho que este quadro seja culpa do atual prefeito. Márcio Lacerda pode não ter sido brilhante e revolucionário, mas acho que tampouco foi omisso ou malfeitor. Apenas encontrou uma obra atrapalhada demais para tocar, e um momento político-financeiro nada favorável.
O Brasil respira, sim, novos ares. Se economicamente ainda sofrerá bastante, sob o aspecto moralidade a coisa virou 90 graus. Não estivesse ainda no poder a maioria absoluta daqueles que barbarizaram o país, eu diria que o tombo teria sido de 180 graus. Assim, as condições postas daqui em diante serão seguramente mais benéficas a quem assumir a cidade. Seja pelo fim da bandalheira explícita, seja ainda pela interrupção da queda econômica. Por isso, o momento é, digamos assim, auspicioso. E quem estará mais preparado para surfá-lo: João ou Alexandre?
Kalil vem com um charme irresistível: Ser alguém da iniciativa privada e nunca ter ocupado um cargo público. Porém, contra si pesam uma penca de fatores, desde sua truculência e “porra-louquice” a indícios de mau pagador em seus negócios e vida pessoal. Se por um lado conta com o irrestrito apoio da massa atleticana, por outro é odiado pela parte azul da cidade. Uma vez no poder, Alexandre poderia nos mostrar um jeito novo de administração pública, mais rápido, mais pragmático, menos ilusionista e seguramente mais eficaz. Burocracia e enrolação não são com ele.
João Leite vem do mundo político. Jamais ocupou cargo verdadeiramente relevante no executivo e está, salvo engano, no sexto ou sétimo mandato seguido, entre vereador e deputado estadual. É um sujeito de bem e do bem. A despeito de suas crenças religiosas, que o fazem transitar por caminhos certo modo “frouxos” em relação à punibilidade de criminosos, é um cara que não admite desvios éticos e prega sempre o entendimento. A seu favor, a sua própria história de vida: Bela e límpida. Contra, a suspeita que, uma vez eleito, seria colocado de lado e a cúpula mineira do PSDB assumiria o comando. Se é que isto seria ruim.
Pessoalmente, já me manifestei (e repito!) no seguinte sentido: Votarei em João Leite, mas não ficarei nem um segundo zangado se Alexandre Kalil vencer. Diante do que estamos assistindo em outras grandes capitais, ouso dizer que somos privilegiados. Creio que, tanto um como o outro, poderão realizar uma ótima gestão. Tomara! Não vejo a hora de ter a minha BH, aquela de antigamente, de volta.
Eu amo esta cidade!!
Uma pena que não pode ser os dois, apenas um. BH está realmente privilegiada, qualquer dos dois creio que estarão à altura dos cidadãos de BH.
Na abertura do blog, não seria futebol, política e religião se discutem ao invés de discute?
Acho que sim. Nunca reparei nisto, Cabral. Vou falar com o pessoal. Muito obrigado pelo toque. Abração.
Entre os dois eu ficaria com nenhum.
Ricardo, penso de forma muito parecida, mas irei votar no Kalil. Mas se o João Leite for eleito também ficarei feliz. Aliás, pela primeira vez na vida tenho esse privilégio de votar entre 2 candidatos possíveis vencedores e os dois me representarem. Só um aparte, meu voto é no Kalil porque ele me inspira mais confiança. É impetuoso e cascudo.
Não entendo os torcedores do time PT (só sendo fanático como torcedor ou imbecil para fechar tantos os olhos). Aqui foi golpe, na Venezuela não foi pq nunca houve um protesto do pt contra chaves, um coronel que tirou do poder um presidente eleito. Collor, Renan, Sarnei, Jader, eram inimigos viraram amigos. Cunha, Temer, Eike, Delcídio eram amigos e viraram inimigos… Que torcidinha complicada de entender!! Rsss