Vencer os cariocas será determinante ao futuro da temporada

Hoje é dia de esquecer raivas e frustrações, pensando única e exclusivamente numa boa vitória do Galo frente ao Flamengo. Não proponho trégua às nossas justas queixas com este momento, envolvendo desde a direção até elenco, mas sugiro sim energizar e enviar bons pensamentos em busca dos três pontos. Satisfeitos, claro que não estamos, mas somos todos Atleticanos.

O Galo é a razão que nos une neste espaço, desde os mais otimistas até aqueles que são bastante céticos com o nosso time. Alguns até exageradamente, pode ganhar tudo, que serão capazes de dizer que foi ao acaso. Nem por isso merecem a condenação.

Precisamos aprender a respeitar as diferenças, até porque acreditando ou não, temos em comum a mesma paixão pelo Galo. Até não Atleticanos que são apaixonados com o Galo e frequentam aqui diariamente. Vivem mais o nosso time que a simpatia pelo clube que escolheram. Alguns passam, outros permitimos manifestar e tem ainda os que morrem direto na lixeira ou no spam.

Esteja o Galo vivendo uma boa fase ou mesmo sob a desconfiança do Torcedor, faz parte da nossa vida e do dia a dia de cada um de nós. Portanto, com ou sem motivação, nunca deixei de ir ao campo. Jamais deixarei de acreditar e não seria num momento como o atual que permitiria capitular minha garra Atleticana.

Que venha o Flamengo e seu badalado time, irregular diga-se, pois vamos e precisamos vencer para recuperar a posição perdida na última rodada. Não tenho jogador ou dirigente de minha preferência, sou Atleticano em qualquer situação. Portanto, me sinto no direito de criticar quando entendo que devo e sonhar sempre, independente da diretoria, comissão técnica e jogadores.

Evidente que prefiro Alerrandro ao Ricardo Oliveira, mas torço, vibro e comemoro os gols – quando acontecem – do pastor. Não acredito mais o quanto já dei crédito ao Cazares, mas não me curvo para elogiar quando ele desequilibra uma partida. Se tivesse mais juízo e responsabilidade, claro que mereceria as melhores considerações a cada partida. Uma pena! Talento não lhe falta, sua deficiência está no comprometimento.

Patric, tanto criticado por nós e ainda que deslocado para o lado esquerdo da defesa, tem minha torcida para ser destaque no jogo de hoje e sempre. Aliás, quem é sessentão como eu, seguramente deve se lembrar do Fio Maravilha. Pois Patric e Fio tem algo em comum. Fazem jogadas extraordinárias e tropeçam nas pernas no lance seguinte. Fio foi ídolo no nosso adversário desta noite no Horto.

Para a partida de hoje só tenho boas energias e enviar ao onze Atleticano contra o protegido time do Rio de Janeiro. Esses jogos são históricos, perdemos dois que até hoje não foram digeridos. A decisão de 1980 e a Libertadores do ano seguinte, com atuações precisas do Aragão e Wright pelo Flamengo. Tempos depois, numa partida em Ipatinga, aplicamos uma sonora goleada sem piedade nos cariocas. E o nosso camisa 9 era Mixirica. Quer mais?

Bora lá levar o nosso apoio, se o time não corresponder depois do jogo ao nosso sagrado direito de botar a boca no trombone. Reitero que não vou aderir ao público zero, respeitando quem defende essa tese. Vou apoiar e tentar levar o time à vitória, facultado o livre direito de questionar jogadores, treinador e dirigentes se as coisas não caminharem em direção à retomada dos nossos sonhos. Aqui não Flamengo, esse terreiro é do Galo!

Em tempo: ontem fui ver de perto a nova camisa já à venda nas Lojas do Galo. Para minha surpresa, agradável diga-se, aquele “abadá” que o time joga não está nas camisas à venda. Com o anúncio apenas dos quatro maiores patrocínios, ficou mais suave que aquelas com praticamente uma dezena de anunciantes que vimos nas fotos. Menos mal. O ideal, a meu gosto, seria usar uma camisa sem patrocínio. 

*fotos: Bruno Cantini/Atlético