Uma vitória hoje pode mudar o astral da semana

Bora lá tentar virar as páginas dos resultados recentes nas Copas do Brasil e Sul-Americana. Por mais angustiados e chateados que isso tenha nos deixado, jamais vai interferir em nossa Atleticanidade. Fomos concebidos sob a égide de pura paixão e resignação. Passamos por toda espécie de provação, não seria agora – com uma situação e direção transitória – que abdicaríamos dessa história como pretendem alguns poucos algozes do Clube Atlético Mineiro.

Ontem, impressionou ao blogueiro a repercussão do desabafo do amiGalo e companheiro desta página Roberto Caldeira. A cada duas mensagens de Atleticanos, chegava uma de não-Atleticano (deletada e atirada na lixeira), com a intenção de provocar uma eventual e desejada cizânia em nossa hoste Atleticana. Chico Pinheiro tem razão: falamos de Galo e, nossos adversários, também.

Pois bem, como é o Galo que domina as redes sociais e o assunto nessa Belo Horizonte e Minas Gerais, sigamos. Por mais que os ventos oficiais, vindos da sede de Lourdes, se movimentem na direção contrária, o Atleticano continua apoiando o time na competição que nos resta em 2018. Tem gente que, a exemplo do soldado que marcha com o pé trocado, acha que todos estão errados e só ele certo. Muidifiço!

Essa possibilidade de o adversário escalar time alternativo, via de regra, vira uma armadilha. Já vi vários exemplos dessa condição ser um estímulo ao que (aparentemente) entra em desvantagem e, no campo, o desempenho ser outro. Este quase ancião blogueiro ainda era jovem quando foi ao Mineirão ver um clássico com o adversário quase todo reserva.

Na partida anterior, em 1979, numa briga generalizada, o time foi praticamente todo expulso num jogo com o Goiás. Jogo seguinte, com um público quase todo Atleticano, fui para o Mineirão seguro de uma grande vitória. Saímos vencendo, com gol do Reinaldo, mas cedemos o empate e ficou nisso. Surpreendente, mas elucidativo.

Recentemente, naquela opção infeliz e unilateral da diretoria em abrir mão da Sul-Americana, atuamos com nove reservas e, por pouco, não fosse um terrível erro de arbitragem e falta de capricho de nossos atacantes, teríamos superado o San Lorenzo. Diante disso, se vêm com titulares ou não, o que interessa é vencer a partida. Uma vitória hoje nos mantém na parte superior da tabela, com chances reais de liderar a competição.

Pois, caso o Galo saia vitorioso, a curva emocional daria uma guinada, deixando queixa e reclamações (procedentes, claro) a uma fase de otimismo e esperança. Considerando a sequência pela frente, de sete jogos até a Copa do Mundo, sendo apenas um deles fora de Belo Horizonte, temos de confiar, apoiar e acreditar no time em campo.

Ao Torcedor, comissão técnica e jogadores, os fatores administrativos – neste momento – precisam ser deixados de lado. Cada um deve fazer a sua parte. Apoio, nunca faltou. Os profissionais, ao que sei, estão recebendo seus salários em dia. Então, queremos garra e determinação em busca da vitória. Deixemos de lado, na hora do jogo, as polêmicas que interesses ainda obscuros têm nos causado.

Disse durante a semana e repito: que a direção faça a sua parte, enxugue a folha, rejuvenesça o elenco, invista no futebol, construa o nosso estádio (em resumo, trabalhe mais e fale menos), que a nossa parte o Atleticano sabe e sempre fez bem feito.

Que o treinador seja feliz em suas escolhas para a partida de hoje. Tenho cá minhas preferências, como todo Torcedor também escala o time à sua maneira de ver e querer o melhor para o Galo. Mas, quem decide, é o Thiago Larghi.

Boa sorte a ele, pois se assim acontecer, a festa será de todos nós, Atleticanos.

Em tempo: Kafunga dizia: “o errado é que é o certo”. Pois bem, a diretoria de Futebol – conduzida por Alexandre Tadeu – informou que não será mais divulgada a lista dos jogadores relacionados. Assim caminha a gestão no Galo.