Que momento! Pior que férias de fim de ano, quando a paralisação das competições dá início às especulações. Quem sai e quem fica.
Agora o que se discute é quando volta e como será o restante da temporada. Regional terá sequência, no nosso caso o Mineiro. E o Brasileiro, como será a fórmula a ser improvisada, uma vez que pela tabela anunciada é impossível.
Paralelo a isso, os clubes – e neste caso faz sentido – precisam do entendimento do elenco numa eventual redução salarial. Todos nós estamos sendo afetados.
Ninguém sabe como será a retomada à normalidade após afastar todas as possibilidades de estrangulamento do sistema de saúde. Eu, por segurança, estou trancafiado em casa – sozinho – tem duas semanas.
Fui num laboratório para exames, nada em relação a essa epidemia, e participei de um programa na Rádio da Massa, nos dois primeiros dias de confinamento.
Isso não tem relação direta com o nosso Canto do Galo, mas faço as considerações para justificar a extrema necessidade de uma readequação na saúde financeira de todo o país.
Eu, você e todo o mundo – incluindo nossos ídolos – vamos ter de entender o momento e buscar a melhor saída para todos.
Fico daqui a imaginar, eu mesmo que cobro muito ainda alguns reforços – me mantenho em quatro – se tivessem sido contratados antes da paralisação. Os cofres do Galo, ao que parece não estão sobrando recursos, estariam ainda mais comprometidos.
Espero que o novo diretor de futebol, Alexandre Matos, que quer inclusive mostrar o seu valor depois daquela saída do Palmeiras, esteja reorganizando a falta de planejamento que recebeu de seus antecessores. Jogadores com contratos longos, quase todos sem mostrar qualidade, e que precisamos também nos livrar disso.
O equilíbrio das contas na temporada será complicado. Afinal, quanto tempo vamos ficar sem futebol? Arrecadação das partidas, cotas da televisão, sócio torcedor, venda de produtos licenciados, tudo isso está praticamente zerado. Não quero saber de outros times, me preocupo neste momento com o Galo.
Portanto, inevitavelmente, terá de haver uma redução parcial e temporária nos salários até para evitar eventuais atrasos. Não sei o valor da folha mensal do Galo, por isso também ignoro quais os valores individuais de cada jogador, mas como manter isso em dia sem receita?
Tempos sombrios, hoje mais um fim de semana sem jogo do Galo. Tá difícil. Dá vontade de sair, mas estou sem carro por opção em experimentar usar aplicativo no dia a dia, e passear em torno do Independência e Mineirão só pra sentir de perto nossos dois palcos de grandes vitórias e conquistas. Fecho os olhos e imagino as arquibancadas lotadas. Quem sabe até arriscar ir até o bairro Califórnia e imaginar nosso estádio pronto.
Pode ser o mesmo delírio tremens, que ontem a Lucy mencionou aqui neste espaço, mas faz muita falta à nossas vidas. Enquanto isso não chega, sigo em orações e preces, para que essa pandemia seja dominada pela ciência e nos liberte para a vida. Respeitando, claro, quem diverge do nosso pensar, em qualquer tipo de tema, inclusive o futebol.
*fotos: 1 e 2) Bruno Cantini/Atlético
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Relembrando o texto da Lucy: obrigado por nos brindar com uma belíssima narrativa de uma autêntica atleticana. Dizer que os seus comentários são sempre aplaudidos neste blog, é chover no molhado. Estamos torcendo para que o blogueiro Eduardo a convença de nos proporcionar,sempre que possível, com a beleza dos seus textos. Você sabe: sempre fui seu fã. Um carinhoso abraço.
Bom dia,
Lendo e ouvindo as palavras do presidente podemos juntar uma declaração daqui e outra dali para termos uma breve noção dos itens que tanto aflinge os atleticanos, ontem ele mencionou sobre dívida com Ricardo Guimarães e FIFA, recomendo procurarem nos saits.
Neste momento não sei se é a falta de assunto, ou o distanciamento aparente dos eis presidentes, ele resolveu falar, só que conta gotas, é ficar atento e juntar os fatos.
Bom domingo a todos.