O Galo une o Brasil

Assim como foi em 2013, quando o Galo conquistou a Libertadores, sinto que nessa reta final de Brasileiro o nosso time está conquistando corações por todo o Brasil. Ao que percebo são duas as motivações de torcedores de outros clubes, nessa reta final onde apenas o Flamídia – ainda que com resíduos de percentual – poderia ameaçar a conquista do Campeonato Nacional.

A primeira delas, que a meu sentir também na conquista da América, é que o Atleticano é apaixonado, mas não é arrogante. Ao contrário, por onde passamos – qualquer um entre nós – deixa sempre um cheiro de perfume com a fragrância da harmonia pelo caminho. A segunda é a alta rejeição do clube carioca. Se tem a maior torcida do Brasil, graças ao Walter Clark – que confessou no livro “O campeão de audiência” as maracutaias pelo clube carioca – tem a maior taxa de rejeição. Quem não gosta, tem é ódio desse time queridinho da cbf/tv.

Diante disso, é perceptível pelas informações que temos e até mesmo pela reação em diferentes lugares deste imenso Brasil, que o Galo une os brasileiros nesta reta final. Palmeirenses, corintianos, são-paulinos, santistas, vascaínos, botafoguenses, tricolor carioca (só alguns poucos), gaúchos, baianos (hoje com exceção dos torcedores do Baêa), catarinenses, pernambucanos, goianos, paranaenses, nortistas e nordestinos todos fechados com o Galo.

Me lembrou até aquele músico mineiro reclamando. “O governador, o prefeito, o dono da rádio, todo mundo é Atleticano”. São mesmo, mas tem muito mais que imagina. É verdade, Rosinha, o mundo é Galo! Ah! A propósito, no caso de Belo Horizonte, refiro a torcedores de times da série A, portanto até os americanos. E, ao que sei, também pelo interior onde existem muitos times em cada cidade. Todo mundo fechado com o Galo.

E hoje, toda essa multidão terá a segunda oportunidade de explodir, caso o nosso time consiga uma vitória sobre os baianos. Com alguns desfalques, três deles, ao que penso, numa emboscada da arbitragem que premiou – seletivamente – Allan, Jair e Diego Costa com o terceiro cartão amarelo. Além deles, Rever no DM e ainda Dylan Borrero e Savarino por opção do treinador. Ao que entendi, com a chance finalmente dada ao bom Alan Franco, todos estrangeiros, extrapolam os cinco permitidos. Viajaram ainda Junior Alonso, Paraguaio; Vargas, chileno; e os argentinos Zaracho e Nacho.

Pela lista, imagina o time com Éverson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso e Arana; Tchê Tchê, Zaracho e Nacho; Vargas, Hulk e Keno. Acho muito difícil, embora o treinador Cuca sempre surpreenda, sair dessa formação. Além deles, viajaram Rafael, Guga, Igor Rabello, Micael, Dodô, Neto, Alan Franco, Nathan, Hyoran, Calebe e Sasha. Que elenco! Essa formação, confio, tem todas as condições de chegar pela madrugada no aeroporto de Confins sendo recebida por milhares de Atleticanos. Me lembro, em 1999, quando perdemos o título nacional, por ação de um árbitro de Minas Gerais (MResende), o elenco foi recebido por centenas de Torcedores que reconheceram o desempenho da equipe. Imagina, agora sendo campeão.

Sigo confiante que o Brasileiro será definitivamente fechado na noite de hoje em Salvador. Como disse ontem aqui neste nosso espaço, são seis match-points. Num deles a fatura vai fechar. Confio que será no dia de hoje, na cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos. Não caloteamos pai de santo, pai de terreiro, babalorixá, babaloxá, babá, ialorixá e nem mãe de santo ou qualquer terreiro ou candomblé. O Galo, diferente de outros clubes e até ex-jogador em atividade, é cumpridor de seus compromissos e acordos feitos. Então não temos débito e a eventual macumba baiana ou de terceiros não vai nos pegar. Assim seja!

*imagens: 1 e 2) Aeroporto de Confins; 3) Aeroporto de Salvador – todas extraídas das redes sociais, comprovando que o mundo é Galo.