O Galo é o time da virada e da vanguarda

A nossa centenária e rica história não se prende exclusivamente ao futebol, embora seja este o esporte “carro chefe” que move essa invejável paixão Atleticana. Vanguarda é palavra de ordem no Galo, já que o Clube Atlético Mineiro sempre foi pioneiro em Minas Gerais e até no Brasil em diversas outras modalidades de esporte e eventos culturais. A marca “Galo” é conhecida e reconhecida mundialmente.

Se, em 1936, como o portal UAI mostrou na semana, foi do Galo o primeiro atleta mineiro numa olimpíada, o clube se destaca também em outras modalidades do esporte especializado, como maratona, vôlei e futsal. Hermógenes Neto esteve em Berlim, na Alemanha, disputado ciclismo. Ele foi o primeiro colocado na prova de classificação para os Jogos Olímpicos daquele ano. Numa exposição na sede da avenida Olegário Maciel pode-se ver o acervo com medalhas, troféus, carteira de atleta, ingresso dos jogos e documentos da cerimônia de abertura.

No vôlei, entre os anos de 1980 até 1983, foram sete conquistas em Minas Gerais, sendo quatro campeonatos estaduais e três metropolitanos. No Brasileiro, num período dominado pelas equipes Bradesco e Pirelli, o Galo era o único clube brasileiro que fazia frente a essa hegemonia. O presidente era Elias Kalil, que indicou seu filho Alexandre – na ocasião com pouco mais de 20 anos – para comandar a equipe. Foi ali que o presidente campeão da Libertadores/2013 deu seus primeiros passos como dirigente. Hoje, musas do vôlei, como Scheila, ficam na arquibancada torcendo pelo time do coração.

O primeiro atleta mineiro a vencer a São Silvestre, a mais importante e a mais badalada corrida de rua brasileira, tinha de vestir a camisa do Galo. O diamantinense João da Mata, em 1983, cruzou a linha de chegada ostentando o manto sagrado para todo o mundo ver e assistir, nas primeiras horas do ano que se iniciava. Indescritível a reação da Torcida Atleticana naquela oportunidade. Outro clube mineiro vem investindo na modalidade, mas na competição da virada de 2007 para 2008, um corredor queniano ao concluir vitorioso a mesma prova, agarrou-se a uma bandeira do Galo e comemorou pelas ruas de São Paulo. Tradição!

E no futsal? Títulos municipais, metropolitanos e estaduais são incontáveis. Nacionais somam cinco e internacionais, quatro. Entre toda essa coleção de conquistas, destacaria em âmbito nacional a Liga Futsal de 1997 e 1999 e a Copa Intercontinental de Futsal de 1998. Nesta maior conquista da modalidade de um time brasileiro, o Galo comandado por Manoel Tobias, venceu duas das três partidas decisivas frente ao MFK Dínamo Moscovo, da Rússia, no ginásio Olympic Complex daquele país. No ano seguinte, quem atuou no Galo foi Falcão, considerado o maior jogador da categoria de todos os tempos.

Hoje à noite, no Mineirão (nosso salão de festas), a Seleção Brasileira feminina conta com o futebol de Raquel, Tamires e a suplente de goleira Luciana. Todas elas com passagem pelo Galo, onde conquistaram inúmeros títulos.

Sobre o futebol profissional, todos sabem que vanguarda é com o Galo. Primeiro campeão brasileiro, primeiro clube brasileiro a fazer uma excursão – vitoriosa, diga-se – em território europeu. E em tempos recentes são do Galo os três últimos títulos internacionais vencidos por um clube brasileiro.

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