O dia seguinte e mineiros na cbf

Evidente que o revés de sábado, nem tanto pela derrota, mas pelas circunstâncias – o adversário e o roteiro do jogo – deixaram sequelas doloridas no nosso domingo. Por onde ande sempre uma abordagem ocorria, a maioria demonstrando confiança e alguns poucos chutando o balde. À propósito, eu sou apenas um blogueiro que sofre tanto quanto qualquer outro Torcedor. Não contrato, não escalo, tampouco faço ou perco gols.

Existem, lamentavelmente, gente que elege esse blogueiro para desancar às frustrações que uma derrota possam lhe ocasionar. Nem me refiro, no caso, aos bobos e covardes fakes que – sistematicamente – entram aqui até mesmo em tom de ameaça. De toda ordem, guardo algumas pérolas comigo, para meu deleite e até mesmo para a agregar ao BO registrado na Delegacia de Cibernética desde tempos atrás e renovada recentemente. Já sabemos quem são alguns (três) entre essa meia dúzia de valentes, moleques e covardes no teclado

Pois bem, esses pouco interesse tenho neles, mas me preocupa de certa maneira me incomoda a tal bipolaridade. Sou confessamente assim, mas a missão de estar blogueiro, me lapidou o suficiente para tentar (disse tentar) racionalizar reações quando o time é derrotado. A culpa e a responsabilidade é de todos. Desde a diretoria, comissão técnica, jogadores e até mesmo de nós Torcedores. Entre os xingadores que pude visualizar, muitos deles já davam o jogo como apenas cumprir tabela. Sabemos que não é assim, daí essa sua frustração se transforma em agressão ao que lhe esteja ao alcance.

Treinador, campeão da maior conquista do Galo de todos os tempos, passa a ser incompetente. Jogador que vinha brilhando e sendo exaltado, vira pipoqueiro e outros atacados por eventuais falhas. Diretoria, que vem realizando um belo trabalho, tem de se posicionar e ir até a cbf e dar murro na mesa. E nisso sobra para o blogueiro. Desde passador de pano até, acreditem, conspirar contra o Galo. Enfim, hoje é segunda-feira, temos jogos na quarta (03), domingo (07) e na quarta seguinte (10) para mudar esse chororô. Fundamental é nossa presença nas arquibancadas e, se fora do estádio, enviando boas energias ao time em busca da consolidação da liderança e do título brasileiro.

Em meio a tudo isso, faltando dez jogos, algo que tem me incomodado bastante é a omissão do mineiro entre os vice presidentes da cbf. Já disse aqui, por mais de uma vez, minha eterna desconfiança e insegurança quanto aos reais interesses daquela entidade. Uma confederação de futebol, que deveria atuar em defesa dos interesses de todos os clubes, historicamente age em favor de times do eixo Rio de Janeiro e São Paulo. Entre seus últimos presidentes, quatro deles saíram pelas portas dos fundos da sede no Rio de Janeiro.

Tempos atrás, tinha cinco vice-presidentes, atualmente são oito. Parece agenciamento de cargos em governos. Ministério e secretárias são criadas para atender e acomodar forças políticas necessárias aos interesses do titular de plantão. No caso da cbf, ao que sei, o presidente tem um salário de 160 mil/mês e seus vices a bagatela de 100 mil reais. Carguinho danado de interessante. Mas, afinal, quem ascende a essa posição está lá para defender os interesses do estado e região que representa ou simplesmente para compor a posar nas fotos de posse.

Temos mineiros  “mansos” na direção da cbf. Um vice-presidente, Castellar Modesto Guimarães Neto, que foi dirigente da FMF e passou para seu sucessor o comando do futebol mineiro. À propósito, na FMF, sucedendo Castellar Neto, assumiu Adriano Aro, irmão do deputado federal Marcelo Aro. Esse parlamentar, nesse aparelhamento familiar que vem desde os tempos do coronel José Guilherme Ferreira – seu avô – é o diretor de Relações Institucionais da mesma cbf. No caso da fmf é assunto pra post exclusivo. Essa dinastia Ferreira vem desde 1966, com interesses eleitorais e nepotismo, conforme noticiado pelo Estadão em 1997.  Pois, pergunto.

O que esses “abnegados” mineiros, tidos e ditos até mesmo como Atleticanos, têm feito para a moralização do futebol e imparcialidade de decisões da cbf. Desde a tendenciosa arbitragem, STJD sempre prejudicando, tabelas de acordo com a conveniência de cariocas e paulistas, adiamento de partidas de interesse do eixo e um tanto de sacanagens que conhecemos? O vice, com um robusto salário mensal, é filho de um ex-presidente do Conselho do Galo. Ano passado, coube ao vice convocar uma reunião emergencial, quando quase fomos punidos pela omissão do titular.

Já o Aro, ao que acompanho, é um político/parlamentar pragmático, com ações legislativas e politicas exclusivamente de seu interesse pessoal e de familiares. Irmão na presidência da FMF, pai é deputado do mais baixo clero na Assembleia, porém apadrinhado pelos interesses do filho – via de regra – ocupando cargos que não demonstra qualquer habilidade para as missões.

Enfim, como o que nos interessa aqui é o Galo, o que fazem Castellar Neto e Aro na cbf? Omissão é o que estou percebendo. Não vi ou li qualquer ação deles em defesa do futebol, seja mineiro ou do nosso time do coração que está liderando o Brasileiro? Depois, ambos e mais um monte deles, irão aparecer numa eventual festa de premiação. Mansos, repito, ambos!

 

Em tempo: Lamentável! Reprovável! Inaceitável sejam quais forem as circunstâncias. Me refiro ao episódio pós jogo em Porto Alegre ontem. Entretanto, esse acontecimento precisa ser levado à reflexão da cbf – desde a arbitragem, passando pelo STJD, tabelas e decisões administrativas – pois a revolta dos gremistas tem até santo que protege o torcedor.

A Santa Ira, hipotética protetora dos injustiçados e que sofrem violência em
seus direitos, como – historicamente – a cbf faz em desfavor dos clubes fora do
eixo Rio de Janeiro e São Paulo. Sediada no primeiro, seus dirigentes são predominantemente do outro estado e ao longo dos tempos sacanearam o futebol brasileiro ao privilegiar os interesses desse eixo.

Chega uma hora que o torcedor não aguenta mais. No nosso caso, já cansei de relatar sobre o histórico, nessa competição já sofremos abusos do Claus e Daronco, nos jogos com o Atlético-GO e agora o Flamídia. Um tal de Paulo Roberto, até que tentou fazer o mesmo no confronto com o Santos, mas o VAR salvou o Galo daquela mutreta. E temos dez rodadas pela frente, temo que o ocorrido ontem possa motivar outras torcidas a reagirem contra essa aberração histórica da cbf.

A maior responsabilidade pelos acontecimentos é da direção da cbf e da tv que manda no futebol brasileiro. O interesse comercial desse grupo de comunicação sobrepõe a disputa em campo. O mercado carioca e paulista são mais fortes, daí toda essa lambança e promiscuidade.

Os árbitros, coitados, são manipulados pelo sistema podre. Que façam então um torneio Rio/SP e deixem em paz o resto do Brasil. Paciência tem limite, e a opção pela violência ameaça a todos nós que gostamos de futebol e temos nosso time do coração. É tão fácil resolver isso, juízes imparciais e que não repitam os “erros” propositais e tendenciosos a favor dos clubes do Rio de Janeiro e São Paulo.

*imagens: 1 e 2) redes sociais 3) montagem do blog