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Não tem comparação

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Costumo usar essa expressão quando faço qualquer paralelo sobre o nosso Galo, seja com times do eixo – aqueles que se beneficiam de benesses da entidade constituída do futebol brasileiro e da TV que manipula a favor dessas equipes – e especialmente quando me refiro aos demais clubes de Minas Gerais. Alguns poucos não Atleticanos, demonstrando sua ira e contrariedade, me cercam na rua ou até aqui mesmo e apresentam argumentos tentando me persuadir na contramão.

Ora, vamos aos fatos. Antes, faria uma consideração pessoal. Claro que cada um puxa para o seu lado – respeito e até ouço e leio o contraditório -, entretanto, mantenho meu convencimento. Já demonstrei aqui, desafiado por um não Atleticano, a comprovação de que a maior goleada em clássicos pertence ao Galo: o 9 a 2 (27/11/1927), tão reclamado e que tentam desmentir. Conforme comprovei, um livro editado e licenciado por nossos próprios adversários traz o resultado, público presente, data e – evidentemente – a goleada e até os autores dos gols.

Já o placar de 6 a 1, tanto comemorado e festejado, temos no mesmo livro, publicado e que se repete duas vezes a favor do Galo (21/06/1936 e 27/05/1942). Além deles, conforme consta na mesma edição, uma vitória por 6 a 2 (07/12/1947) e um placar de 5 a 0 (21/06/1956). É a única publicação licenciada dessa gente que tem lugar na minha estante. Mas, alguns dados são bastante relevantes e até muito mais consistentes que placar das partidas. Alertado pelo bom amigo, o promotor de Justiça Wagner Lúcio Teixeira Leão, observei algumas preciosas informações que trago ao leitor amiGalo.

Começo com o cabuloso e cabalístico número seis. A maior sequência de títulos, atribuída ao América, foi o “decantado deca” na fase do amadorismo, tendo conquistado os títulos mineiros de 1916 até 1925. Com isso, num total de 16 comemorações regionais, o coelho depois dessa façanha só foi campeão mineiro outras seis vezes (1948/57/71/93/2001/16). Menos de uma vez por década. Mas, excetuando esse festejado e único argumento americano, qual a maior sequência de títulos entre os mineiros? Exatas seis vezes, por isso disse que era cabalístico, entre os anos de 1978 até 1983.

Imagem: Google

E mais, títulos numa única década, o Galo novamente é insuperável, conquistou oito entre dez regionais disputados. Foram quatro desta sequência do hexa acima e outros quatro logo depois. O Galo comemorou nos anos 80 os títulos de 1980/81/82/83/85/86/88/89. Vale dizer, repito, nada menos que 80% dos títulos mineiros. Esse período foi determinante para a hegemonia histórica. Afinal, são 44 títulos, sendo 39 no profissionalismo, contra 36 – que no profissional são 33 – do segundo colocado entre os times de Minas Gerais. Oito a mais no geral e seis no profissionalismo.

Deixando de lado todo o histórico e trazendo para os tempos recentes, a situação não se altera. Vejamos. Nos dez últimos anos, vencemos cinco vezes, contra quatro do time do Barro Preto e uma apenas do América. No mesmo período, fomos também cinco vezes vice-campeões, enquanto o outro lado da lagoa ficou duas vezes em segundo lugar e Ipatinga, América e Caldense uma vez cada. Vale dizer, participamos de todas as finais.

Se reduzir para cinco anos, vencemos três vezes e uma vez cada um dos outros dois times de Belo Horizonte. Baixando para três temporadas consecutivas, continuamos na pole com dois títulos contra um do América. Para fechar, entre todos os times brasileiros, coube ao Galo as duas últimas e maiores conquistas internacionais. Copa Libertadores de 2013 e Recopa de 2014.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Ah! Em tempo. A Copa do Brasil de 2014, em cima de time mineiro, não tem preço e nem comparação. Lembrando que na ocasião tentaram desmerecer a competição. Da mesma maneira que agora insistem em desprezar a Primeira Liga. Como pude mostrar aqui semana passada, a Sul-Minas, menor que essa, foi efusivamente festejada quando o título foi para o lado de lá.

Pra finalizar, jamais deixo de registrar o que mais me cativa no nosso Galo: a maior e a mais apaixonada torcida de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Somos uma multidão, espalhada pela capital e interior de Minas Gerais, com representação em todos os estados brasileiros e agora conquistando todo o mundo. Não existe, neste planeta, quem não tenha ouvido falar do Clube Atlético Mineiro, o Galo, Forte, Vingador!

Os oito milhões de Atleticanos fazem o Galo ser o segundo time de muita gente, exceto quem nutre o desejo de ser aquilo que só é conhecido pelo Atleticano. Esse sentimento é tão perceptível que os dois únicos segmentos nacionais que sentem vontade de gritar “Galo” e se torturam com isso, fazem dobradinha ou outra coisa menos convencional – até mesmo quando se enfrentam – para atacar o nosso time do coração. Ganhando, empatando ou perdendo, continuamos Atleticanos. A inveja é uma merda! Afinal, a Massa é a oitava maravilha do mundo.

Realmente, não tem comparação!

Blogueiro

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  • O post do Eduardo é sensacional! Peço licença aos amigos para voltar na tecla da modernização. Modernização no Galo passa por contratar uma empresa que gerencie o marketing do clube de uma forma inovadora. Ir buscar essas empresas em São Paulo, se for o caso. A coisa aqui está muito devagar. O Eduardo deu todas as dicas nesse post. No ano passado, um inglês estudioso de futebol lançou um livro sobre a história desse esporte. E colocou no livro, como o maior escândalo de fraude no futebol de todos os tempos, a atuação de Wright quando expulsou meio time do Galo no jogo contra o Framengo de pela Libertas em 1981. O marketing do Galo precisa sair da linha "vítima/mártir" e tomar o caminho do "me dê um limão que faço mil limonadas". Precisa explorar esse fato, mas como parte da história de um grande clube. Está na hora de lançar uma nova edição da Enciclopédia do Atlético, justa homenagem a Adelchi Ziller, atualizar todas essas informações que o Eduardo está relacionando e incluir o verbete: "Foi Preciso Montar uma Grande Estrutura para Conseguir parar o Galo de 1980!" - e fazer referência ao livro. É preciso lançar o verbete como citação do livro, e não como opinião da Enciclopédia ou do Clube, senão dá danos morais e problemas criminais. O Jurídico resolve isso. O Galo precisa revigorar a sua imagem. Sair dessa imagem de vítima ou de mártir aproveitando esses fatos e toda a robalheira, não como queixas de derrotas ou titulos perdidos, mas mostrando o que fazem no Brasil para parar um Gigante. E jogar isso lá fora, na Europa. Internacionalização da Grife. Sair dessa coisa provinciana de ficar nesse bate-rebate com Cruzeiro. O Cruzeiro não tem isso. Venceu os títulos de 2013/14 quando os clubes grandes estavam em crise. E o Galo não quis. Estava em outra. Agora, vai o Cruzeiro para a final com um time bem razoável, como esse Flamengo aí, que também deu sorte. Tudo isso porque o Galo está em crise. Como disse o Fred Melo Paiva, depois de 2012 o Cruzeiro não é mais o rival do Galo. Se quiserem podem ser rivais do América. Segundo o Fred Paiva, o Galo não rivaliza com um São Caetano que deu certo.

  • Hoje tá difícil de tecer algum comentário sobre o Galão da Massa, as marias invadiram nosso espaço democrático e galático, não gosto dessa turma aqui nos importunando, dia tremendamente lamentável, então por razões óbvias e também de protesto não comento nada hoje. Saudações atleticanas. Xará entenda as minhas lamentações, abraços.

  • Boa tarde, Eduardo e amiGalos. O mais engraçado são os comentários incoerentes dessa torcidinha ridícula e modinha do time azul calcinha vaidoso. No começo do ano queriam a cabeça do treinador dançarino de qualquer jeito e agora enchem a boca para chamá-lo de melhor técnico do Brasil, falam de apoio incondicional mas são "time do povo... que não vai ao estádio" quando o time está mal, basta ver a média de público delas no começo do campeonato, fazem o famoso mosaico cinza no Mineirão e ainda criticam a nossa história mas vivem de glórias de 20, 30 anos atrás. Essa é a típica torcida de simpatizantes, torcida de sofá, vão ao estádio e apoiam quando lhes convém. Deve ser frustrante ficar 4 anos (e contando) esperando a infame quarta-feira do Goulart, são arrogantes demais, sempre foram, e sempre quebraram a cara, agora cantam vitória contra os mulambos achando que já são campeões, esquecem que ainda faltam 90 minutos de futebol, quero só ver o choro delas depois do jogo se mais uma vez esse time dos correios - entrega garantida - assistir ao adversário usando nosso salão de festas para comemorar o título (aliás, deveríamos cobrar o aluguel dos mulambos pelo uso do salão de festas, até então só o Galo podia usar o espaço para comemorações kkkkkkkkkk). Para completar, a cereja do bolo é acharem que o Mineirão, PROPRIEDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS, que fique bem claro, vai ser passado a elas de mãos beijadas. Podem até continuar usufruindo do estádio, mas apenas para o futebol e só, precisam respeitar o contrato de inquilinos e aceitar os prejuízos que ele trouxe ao seu time, enquanto isso o Galão seguirá nadando de braçadas no seu estádio próprio, lucrando com tudo e enchendo a casa com a massa. Como diria a minha avó, "faz-me rir", elas são uma piada mesmo.

    Saudações alvinegras a todos.

  • Lamentável que o blog tenha aberto espaço pras marias. Lamentável. Apenas me interessam as coisas do GALO. Dispenso toda e qualquer discussão juvenil com adversário.

  • Não estou entendendo o que está acontecendo. O nosso terreiro foi invadido pelas marias!!! Isso serve apenas para desviar o foco de nossos problemas que está dentro de campo e nisso ninguém fala mais. Tenham a santa paciência.

  • Caro Eduardo, A grande verdade desta história toda é que o sonho das Marias é ser parecido com o Galo. Senão vejamos: Ganhamos duas copas Comembol, que hoje é a Sulamericana. Ano passado e este ano as Marias fizeram a maior questão de ganhar a mesma copa e não tiveram competência. Hove somos o maior time de Minas, em número de torcedores, patrimônio, e midia Mundial, o que é sempre desprezado. E pasmem, a maior das asneiras: Querem ser o time do POVO, titulo este desde sempre que é nosso. Somos o time do povo, das classes A, B. C, D, E e por ai vai. Só precisamos de um presidente que saiba escolher um técnico caopaz, pois desde a saída do Levir, só veio draga.

  • Eduardo,seu blog é "tão bão" que as marias mesmo tendo uma decisão pela frente lêem .além do mais será que não tem nada mais para fazer?se o nosso Galo é tão ruim e fraco como dizem,porquê esta preocupação e perda de tempo conosco?este espaço é para Atleticanos.não somos reféns de títulos.somos do Galo!este amor incondicional vocês não têm e nunca terão.ah, e vamos ter um estádio próprio.dorme com mais esta.

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