Dois pontos em seis jogos é pouco para quem quer pensar grande

Vou na contramão do que li e ouvi sobre o jogo de ontem. Não gostei, como não venho aprovando o time na temporada. Alguns dizem que foi a melhor partida dos últimos tempos, nisso concordo, pois demonstra o quanto o time anda mal em campo. E mais: confirma o que a grande maioria dos analistas – mineiros e nacionais – vem dizendo. O futebol brasileiro faliu definitivamente. O Palmeiras, virtual campeão brasileiro, não é uma grande equipe. O Galo dos anos 70, 80 ou entre 2012 até 2014, seria campeão com rodadas de antecedência.

Não fosse o Victor, ontem no primeiro tempo, o Galo sairia com dois gols atrás. No primeiro lance, uma pexotada conjunta de Fábio Santos e Adilson, por pouco os paulistas saem na frente. Ambos, lateral e volante, com idade avançada vêm comprometendo a equipe, ao lado de Elias e Ricardo Oliveira – que parecem dois preguiçosos no gramado – embora o “golaço” do primeiro deles. Elias fez o gol e nada mais. Assim como o vagalume Cazares, que depois de errar uma jogada de calcanhar, brilhou com lance similar na jogada do gol.

Maidana, que o ex-diretor – já demitido – disse que vinha sendo observado por Europeus, conseguiu numa mesma jogada dar dois vacilos. Emerson, que oscila grandes jogadas e outras de verdadeiro perna de pau, foi tão ineficiente que no intervalo a torcida saudou o antigo lateral do Galo, agora condenado à terceira opção de Felipão. “Volta Marcos Rocha”, foi ouvido por quem esteve no Horto.

Se Victor foi eficiente nos lances que salvou, Leo Silva, Luan e Chará foram melhor que seus companheiros. De bom, com todas as considerações que julgo merecedoras, foi que Levir conseguiu fazer os jogadores entenderem o que é vestir a camisa do Galo. Estavam mais comprometidos que o que demonstraram ao longo do ano. Embora, o treinador, continue num mundo virtual em suas entrevistas.

Outro ponto que me merece destaque, finalmente o atual treinador deu oportunidade ao jovem e promissor Alerrandro. Preterido pelos seus antecessores, o treinador – ao que me parece – começa a perceber que o atual titular não vem correspondendo e o seu substituto – que tem contrato de cinco anos – não vai a lugar nenhum. Alerrandro merece oportunidade. Mérito a Levir, no caso. Mas, ainda temos o Bruninho e alguns que estão emprestados. Lamento que o Marco Túlio fosse repassado como “moeda de troca” ao Sporting de Lisboa.

Enfim, não acho que ganhamos um ponto e sim perdemos dois. Era jogo para vencer, assim como foram tantos outros, especialmente aqui em Belo Horizonte. Nosso caminho continua muito difícil para a Libertadores. Entretanto, será que com esse time vale à pena entrar em pré-Libertadores? Não creio. Especialmente quando ouço presidente e treinador dizer que temos 80% a 90% do elenco definido para 2019. A meu juízo, temos 10% a 20% aproveitáveis, se for para pensar grande.

Pequenez basta esse ano todo. Já ficamos livres do grande responsável por essa lambança, o diretor de futebol demitido. Também do treinador iniciante. Será que falta mais alguém fora dos gramados? Só se for à presidência. Tomara que Levir volte seu raciocínio para a realidade e coloque os pés no chão.

Quando foi dispensado, injustamente por sinal, vinha conduzindo time numa zona de estabilidade. Demitido, naquelas circunstancias, retorna agora para sua quinta temporada, parece que ainda com a cabeça na demissão ou no Japão.

Em tempo: arbitragem condizente com a mediocridade do futebol brasileiro. Faltas levando quase dois minutos para ser cobradas, marcando lance faltoso que estava de costas (parece que na suposição), sem critério. Esse goiano está mais para ex-árbitro e não me lembro de uma atuação dele decente em jogos do Galo. Sem mais!