Contra tudo e todos pela vitória

O adversário de hoje, em campo, é o Goiás que luta contra o rebaixamento. Temos de focar nisso e buscar outra vitória, tentando uma sequência difícil de vencer nos gramados para superar nossos erros do primeiro turno, e o “esquema” oficial dentro da CBF em favor de terceiros. A bem da verdade, não fossem aqueles vacilos que aconteceram, sei lá que tipo de armação essa gente tentaria para manipular – como sempre – e manchar o futebol brasileiro.

Já disse aqui que o que passou não tem retorno, mas é duro lembrar das escorregadas que permitimos. Ontem, um amigo repetia comigo, se tivéssemos tido a competência de ganhar pelo menos um terço dos pontos atirados pelo ralo, ninguém teria como conspirar contra o Galo. Assumamos nossa responsabilidade nesta paranoia persecutória que sou vítima desde 1977.

Porém, ainda assim, tenho de admitir que minha desconfiança com a CBF sempre cresce. Desde meados dos anos 70, essa promiscuidade vem atuando contra os bons princípios e a equidade no tratamento aos clubes. Paulistas e cariocas, sempre beneficiados, eventualmente gaúchos e até um entre os mineiros, aquele que atualmente agarrou na série B.

Repetir as sacanagens, não me vou ocupar, mas a quantidade de “erros” só nessa temporada a favor do São Paulo (do presidente Caboclo), Flamengo (eterno favorecido) e agora do Inter (do vice Noveletto) e time do Rio Grande do Sul – da terra do Gaciba – já me dariam argumentos para tanto. Agora, o STJD, providencialmente, suspendeu dois jogadores do Paranaense para a partida importante do Colorado. Enfim…

Queixas e desconfianças à parte, cabe ao nosso Galo – comandado pelo Sampaoli – superar isso e também a nossa instabilidade nos gramados. Vencer o Goiás hoje, contando ainda com o secador ligado na rodada para secar os três protegidos, é a nossa única arma para sonhar com o título.

A vaga na Libertadores, evidentemente está assegurada, mas a sede do Atleticano é pelo grito de “é campeão”! Ao que está desenhado no quadro de momento, o vencedor está entre os quatro primeiros, em que pese a folga do Inter na tabela. Os gaúchos, Flamengo, São Paulo e Galo são os que brigam pela liderança, consequentemente, todos praticamente assegurados na fase de grupos da Libertadores. Ainda o Palmeiras, que venceu a edição da competição 2020/21.

Restam ainda uma vaga direta da Copa do Brasil – Palmeiras e Grêmio, se der os paulistas a vaga passa para a classificação do Brasileiro – e outras duas (sétima e oitava) para a fase classificatória. Vale dizer, pelo retrato atual, que verdão e tricolor, paulistas, Inter, Flamengo e Galo, estão assegurados. A outra vaga está em aberto, bem como as duas de consolo. A meu juízo, concorrem a primeira situação Fluminense e Grêmio, este nas duas possibilidades.

Já para as outras, além desses dois estão na briga: Paranaense, Ceará, Corinthians, Santos, Atlético GO e Bragantino. Vale dizer, os que ficarem fora, terão vaga na Sul-Americana. Daí pra baixo é briga contra o rebaixamento. Vasco, Bahia, Sport e Fortaleza, entre eles cai um, considerando que Goiás, Coritiba e Botafogo já são cartas fora do baralho. Atente ainda, que entre os que se salvarem, um deles – o que ficar em melhores condições – se habilitará à Sul-Americana. Pois serão oito vagas para a Libertadores e seis para a Sula.

Para o confronto de logo mais, em Goiânia, o treinador relacionou 25 jogadores. Dois serão cortados, uma vez que além dos titulares, no banco podem ficar no máximo 12 atletas. Entre eles, novamente Tardelli está na lista. Zaracho volta de contusão. Ao meu gosto, seriam Bueno e Calebe ou Dylan, mas não sou treinador. Tampouco gostaria de ser responsável técnico.

Acredito que a escalação inicial não trará nenhuma novidade em relação a última partida, com exceção do segundo volante que pode ser tanto Allan quanto Nathan, de resto os mesmos profissionais que começaram o jogo na vitória sobre o Fortaleza. Convém registrar, tanto para o treinador quanto para o elenco, que o Goiás não tem nada a perder. Está, como mencionei acima, com o passaporte carimbado para a série B. Isso é um risco.

Por fim, vencer hoje é mais que o nosso ideal, virou necessidade vital para sobreviver na luta pelo título. Depois do Goiás, vamos ao Rio para pegar o Fluminense, que passou a sonhar com a Libertadores. Serão dois jogos fora de Belo Horizonte, com os adversários brigando por propósitos diferentes, que merecem toda nossa atenção e preocupação. Pra cima deles, Galo!

Fotos: Pedro Souza/Atlético