Vou deixar para falar do jogo amanhã, uma vez que ainda temos a segunda-feira para dar continuidade a essa merecida curtição.
No domingo, “dia de ver Deus” – como se dizia no interior antigo -, quero aproveitar para sugerir ao Atleticano festejar. Isso mesmo, “vou festejar o teu sofrer!”
O antigo clássico mineiro (lembrando que já foi Galo e Vila, depois Galo e América e até recentemente Galo e o adversário de ontem), está vago já que somos o único de Minas na série A.
Sempre o nosso time do coração, uma vez que é o maior, o melhor e tem a maior Torcida da capital e de Minas Gerais.
Ontem, por pouco a história seria diferente, uma vez que o gol da vitória só veio nos acréscimos.
Já ganhei e perdi jogo na prorrogação, quando vence é – como foi – uma delícia. Mas, quando o gol no apagar das luzes é do adversário, fica difícil até de dormir.
Acordei bem neste domingo, me lembrei de outras vezes que recorri a medicamentos, daí imagino como deve estar as cabecinhas da terceira torcida mineira.
Não deixou de ser uma partida tensa, claro, até porque a soberba encarava o jogo como se valesse seu retorno para a elite do futebol brasileiro.
O treinador adversário, aquele garoto propaganda que parece ter gravado mais de 800 vídeos apelando para a adesão ao sócio misericórdia, falastrão colocou pilha desnecessária na partida.
Diga-se que ele, ao lado do goleiro que adora louvar a Deus, são eméritos neste quesito de jogar lenha na fogueira.
O treinador, aquele mesmo que disse que assiste Liga Inglesa e nunca série B, vem soltando “palavras de ordem” para tentar motivar ao torcedor do seu time.
Já o goleiro, com aquela vestal de garoto santo, adora – já no aquecimento – fazer olhar e caras de provocação ao Atleticano. Lá no Horto era mais visível.
Enfim, vencemos mesmo sem convencer, a um adversário que tentou retardar o jogo nos momentos que teve igualdade e cuja torcida comemorava efusivamente o eventual empate antes do final da partida.
Neste jogo, inusitado de sábado à noite, o Atleticano fez festa desde que chegou ao Mineirão. Pela primeira vez, depois da reabertura daquele estádio, tivemos 90% de Atleticanos contra apenas 10% do adversário. Isso em tese, pois quem foi lá sentiu que parecia ser 99% da nossa Torcida.
Superada aquela tentativa idiota de que não se poderia fazer alusão ao rebaixamento recente do adversário, o Atleticano cantou e festejou desde que os portões foram abertos.
Na verdade, quem circulou pelas ruas da cidade e esteve em lugares públicos, já pressentia o que era aguardado para a noite.
Belo Horizonte se vestiu de preto e branco desde as primeiras horas da manhã. A confiança era perceptível. Por isso, a capital dos mineiros é conhecida mundialmente como a Cidade do Galo.
Lá nas arquibancadas, antes de a bola rolar, a tímida coreografia de braçadas da minoria era abafada pelos cânticos e os gritos da Torcida Atleticana.
No gogó então era covardia. Foram liberados seis mil ingressos para essa gente, não sei se foram todos comercializados, acho que não, pois tinha buracos na área reservada aos visitantes.
Interessante, a mesma corporação que tentou impedir a gozação da série B – em 2014 – autorizou pouco mais de 1,8 mil ingressos para os Atleticanos na final da Copa do Brasil. Tem coisas que nunca encontramos explicações.
Ao anunciar as escalações, o Atleticano demonstrou sua confiança em novos tempos, digo isso já que aplaudiu muito mais ao Cazares e Tardelli (ambos no banco) que qualquer outro jogador titular.
É aviso que está ansiosamente esperando achegada de novos nomes. E que Cazares permaneça, mas – cá entre nós – com foco na sua carreira.
O desconforto de assistir das cadeiras do Galo Na Veia a partida de pé (como pode isso, porque não assentar), foi compensado e comemorado ao finalzinho do jogo com aquele gol que garantiram os três pontos e a ascensão na tabela de classificação.
O Mineirão ficou uma “B”eleza, à volta para casa festiva e a Massa comprovou que “o Mineirão é nosso!” Aquele estádio em preto e branco fica incomparável.
Amanhã, cara Torcedora e caro Torcedor, falo sobre o jogo. Hoje só dei conta de comentar sobre a festa merecida pelo sofrido Atleticano.
Sofrido, mas – sempre digo – resignado e irreverente. A Massa mereceu o resultado, vamos agora voltar a sonhar com novos tempos. Seja bem-vindo Sampaoli!
*fotos: Bruno Cantini/Atlético
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Este time não ganha titulos inclusive perdeu os dois ultimos que disputou para o cruzeiro
Maurinho, com toda consideração, parece que precisa reler.
WELLINGTON E SOUZA ,
o atacante azul foi muito rápido .
Nem mesmo o Rabello conseguiu
chegar , e olha que estava a dois
metros dele .
No lance do "quase tomou um no
meio das pernas" eu entendo que
foi brilhante .
À queima roupa é difícil demais ,
meu caro !
Tentou afastar com o pé , a bola
passou e ele teve a felicidade de
tocá-la com um reflexo incrível
Mas são opiniões, não é mesmo?
Um abraço .
A torcida mais uma vez deu espetáculo deprimente. Hino cantado errado, em muitos momentos um time de série B, visitante, gritou mais alto. A torcida do Galo é lamentável, e parte do problema, não da solução. Hino em louvor à torcida? Isso é fim do mundo. Um horror. O CAM deveria cortar relações com organizadas. Seria um imenso avanço. Saudade do tempo em que Reinaldo, Cerezo, Luizinho e Éder, Chicão, Palhinha, eram motivo suficiente para nos levar ao estádio, nada mais sendo necessário. O CAM é maior que qualquer torcedor, e ninguém precisa ser convencido disso. Aqui é GALO.
Quase irrepreensível, mas no tocante à Torcida, me permita discordar. Eu estava lá e foi um show.
TIMINHO DE BOSTA E VELHO BOSTA. VAI MORRER E SEU TIME NÃO É BI.
Mas na torcida do seu time tá cheio de "BI" né maria???? No time também, tem BI lhão de dívidas..... Essas coitadas ainda não entenderam que o time delas faliu... Aceita que doi menos fia!!!!!
Nem deve um bi.
Quanto à idade, caro, "idoso é um jovem que deu certo". Vale dizer, envelhecer sem sofrer e ter preparo emocional pra isso, tente se reajustar. Caso contrário, ninfetinho rebelde, vai sofrer demais. O tempo não pára.
Saudações!!!
Lucy não consegui ir ao jogo, mas sua narração foi um show, me percebi ao lado de vocês sentindo toda aquela emoção. Parabéns!
Boa tarde,
Hoje como o redator me limitarem a falar do que envolveu o jogo, acertos e desacertos em relação a estrutura
1°- Retirada de ingresso, vexame. Eu como sócio torcedor não tenho problema, mas, o ingresso da minha esposa, simplesmente horrível. Ela não é sócia, primeiro porque não torce para o Galo, mas, comprar ingresso via internet, é o hô.
Ninguém deixou claro que não seria entregue na loja do galo. Chego de SP as 12h e bato com a cara na porta, loja do galo só até sexta (não explicado no sait do vendedor). Tenho que chegar super cedo, do estacionamento até setor E e depois sair do estádio para ir á bilheteria norte e depois voltar ao setor E (vermelho inferior) foi osso. O que diminuiu o esforço foi parar na praça da entrada e tomar uma três Hainneker. Ufa!
Obs: Foi lindo ver a concentração da massa. Inesquecíveis!
Durante o jogo, como da última vez pego um Atléticano de 1,90m na frente que só fica em pé, e um garoto na frente dele de 13 anos e 1,70m que só ficava em pé na cadeira e parte do jogo com os braços na nuca parecendo que ia voar, até o momento que pedimos para abaixar, isto lá pelos 35 minutos do segundo tempo e aquela agonia.
Antes do jogo, sou Atlético mas, julgo uma vergonha cantar o hino do galo no momento do hino nacional.
E outra vergonha cantar música inaltessendo torcida organizada em detrimento ao clube.
Saída desta vez foi perfeita, entre o fim do jogo e chegada ao hotel foram exatos 20 minutos, ficou claro que no mínimo tem que chegar na hora de abertura dos estacionamento ou então ficar como no último jogo que fui, que acabou meia noite e cheguei ao hotel as 2:40h.
Amanhã sigo o redator e comento sobre o jogo.
Havia esquecido.
O que foi aquilo, para reservar 6 mil ingressos ao adversário, inutilizou-se mais 5 mil lugares que poderiam ser vendidos aos Atleticanos.
tem que se pensar melhor nesta situação.
Oi Eduardo e Amigos, boa tarde!
Cruzeiro... assunto encerrado para este ano.
Seja bem-vindo Sampaoli.
Saudações Alvinegras,
Assim seja! Mas, amanhã quero falar do jogo, que deve ter sido o único da temporada.
Salve massa
Não há nada melhor do que ver a sinergia torcida x time. Ontem a massa provou o porquê de ser idolatrada por quem passa por aqui e invejada por quem não vestiu esta camisa.
Mas neste momento de euforia e felicidade por ter atolado de vez o time da série B, acho que deveríamos fazer coro ao Kaliu no apoio ao Bruxo.
Não sei o que anda acontecendo lá e o motivo do Bruxo ter entrado nesta enrascada, e ele com certeza terá sua vez de justificar, mas fato é que nesta hora ele precisa é de apoio e tenho certeza que se este apoio vier daqui de nosso berço, será mais um episódio em sua vida que nunca esquecerá.
Sugiro então fazermos uma corrente.
#Bruxo a massa está com vc!!!!
O jogo foi feio, sabemos. Como sugeriu o Eduardo, amanhã comento sobre.
Quanto a Festa! E que festa... Hoje, dia das Mulheres, narro uma experiência de Mãe;
Eu já contei aqui que meu filho, antes Atleticano fanático - desde que 7 Câmara assumiu e começou a sucessão de erros -, foi se afastando, afastando até que me disse claramente “eu não vou mais torcer pro CAM, e se fosse a senhora também largava esse time que só te faz sofrer”.
Tentei, mas não consegui persuadi-lo a voltar a ver jogos. Essa geração não sabe lidar com frustrações, desconhecem a palavrinha ‘da moda’, resiliência. Com dor, Respeitei.
A rivalidade faz do clássico um jogo diferente, envolve muita emoção. Aproveitei disso e da admiração que Ele tem por Tardelli, insisti para que ele fosse ao jogo ontem, e , confesso, fiz chantagem emocional. Emburrado, acabou aceitando.
Ainda a caminho, quando passávamos por carros, vans e ónibus lotados de excursões vindas do interior, com Torcedores cantando, percebi que ele já foi se animando, respondia soltando “Galôooo” ou “chupa maria”.
Ao chegarmos naquele mar Preto e Branco, olhamos para o céu e lá estava o helicóptero com desenho do fantasma e a letra B. Vi seus olhos brilharem, com, uma sensação de “vingança” me disse “drone é para os fracos, o Atleticano desconhece limites”.
Entrou no clima, procurou um ambulante e comprou um balão com a letra B e uma faixa com os dizeres ‘ão, ão, ão, segunda divisão”.
Entramos, e participamos do mosaico, cantando, alegres, como cumplices de uma peraltice.
Vi meu filho gritar “Fala Zezé” no tiro de meta de Fofão, vi xingar e aplaudir Guga, vi vibrar com o gol do General, vi chutar a cadeira e chamar Victor de frangueiro no momento do gol do adversário, vi aplaudir a entrada de Cazares e vi delirar com a entrada de Tardelli.
Por volta dos 45 minutos chamei as pessoas que me acompanhavam, para sairmos antes e evitarmos tumulto. Ele, enfático, me disse “NÃO! Faltam 4 minutos, o Galo vai fazer um gol”. E fez. Meu Deus, que sensação inexplicável! Ele me abraçou, abraçou conhecidos e desconhecidos que enlouqueciam transbordando alegria.
Puxava o lado esquerdo da camisa como quem arrancava o coração em demonstração de devoção ao escudo. Batendo no braço e gritando AQUI É GALO, ajoelhou e chorou.
A energia que tomou conta do estádio me lembrou a após Victor pegar o pênalti do Tijuana. Chorei junto. Apesar de 7 e suas lambanças, ontem meu filho foi resgatado.
Agradeço a Deus! Agradeço ao artista Thiago Scap e equipe Galoucura, agradeço ao Torcedor do helicóptero, agradeço aos ambulantes, agradeço a cada Atleticano que entrou no Mineirão ontem e aos milhares que ficaram do lado de fora; agradeço a cada Atleticano no mundo!
Agradeço ainda aos jogadores do CAM que, se não deu na técnica, foi na raça. Agradeço Otero pelo “pombo sem asa”. Agradeço a todos que direta ou indiretamente fizeram o espetáculo acontecer.
Aqui tem uma Mãe Atleticana com a pretensão de dizer que hoje, de alma lavada, é a Mulher mais feliz do mundo, por conseguir (re) unir seus AMORES. Obrigada, meu Galo. Obrigada, meu Filho!
Feliz dia das Mulheres a todas, em especial às Guerreiras Alvinegras!
Oi Lucy,
Em primeiro lugar, parabéns pelo seu dia de hoje....!!!
Em segundo, é exatamente por histórias assim que somos diferentes de qualquer torcedor no mundo - estou emocionado pelo seu texto e o retorno do seu filho.
Para acendermos nossa chama de paixão pelo GALO bastam pequenos gestos e situações que fazem viver, e,ou reviver o amor inexplicável que sentimos por esse Clube Atlético Mineiro. Somos únicos. No mundo não existe um clube de futebol mais amado que o CAM....
Não estou nem aí para dirigentes.... Esses passam.... O CAM é a minha vida toda... eternamente!!!!
Adorei a história do seu filho contada pela sua narrativa. Orgulho!!!
Um abraço a você e ao seu pequeno.
Prezada Lucy,
Rendo-lhe as minhas homenagens pela belíssima narrativa! Sem adjetivos para qualificá-la! Receba um respeitoso e carinhoso abraço !
Emocionante, cara Lucy! Chorei!
Parabéns por ser mulher, por ser mãe e por ser atleticana!!!
BOA TARDE,
Parabéns pelo dia das mulheres, você que aqui representa todas as Atleticanas que ontem não se omitiram e estavam presentes nesta que pode ser uma nova arrancada da nossa equipe.
Cara Lucy, seu (s) texto (s) faz (em) bem a alma Atleticana. Também, num momento do passado, tive de resgatar minha filha do desânimo. Atualmente, asseguro, ela está muito mais efetiva com a Atleticanidade que o pai. Salvamos gerações.
Boa tarde xará e amigalos! Exatamente meu Guru! A Massa merecia esse resultado no apagar das luzes! Foi emocionante ganhar das Marias com dois golaços! O Galo mesmo demonstrando deficiências jogou muito mais do que o time da série B. O Galo teve brio! Só caiu se produção após o interino tirar Savarino, que jogava bem. Victor falhou....Acho que a presença de Sampaoli botou pilha em alguns jogadores que andam devendo. Esperamos os reforços. Pelo menos uns três. Parabéns à Massa do Galo que deu show!!!!!