Bom, pelo que o time apresentou na partida; mau, por afastar-nos ainda mais da possibilidade do título. O empate, apesar de matematicamente não tirar definitivamente a possibilidade do título, evidentemente deixa o sonho muito fora de qualquer racionalidade. Confesso que esperava mais do time em campo, mas – considerando todo o contexto – não merecíamos a vitória. Apesar do apitador, nitidamente tendencioso, o Galo não apresentou virtudes que justificassem os três pontos.
A partida, apesar de não ter tomado sufoco como na quarta feira, teve dois tempos distintos. No primeiro, o Galo não existiu em campo e teve dois destaques negativos. Cazares, que acabou substituído pelo Luan no intervalo, e Carlos César, que voltou a ser o Carlos César que conhecemos. O equatoriano, que é um grande jogador, mas precisa entender duas coisas urgentes. Que não é craque e o extracampo é fundamental para o sucesso na curta carreira.
Com o quadro atual, o Galo, para a sequência da temporada, deve buscar dois objetivos. Considerando a grande dificuldade de ultrapassar o líder Palmeiras, temos que buscar o terceiro vice-campeonato nas últimas cinco temporadas. Se não levamos, em que pesem alguns não considerarem a segunda colocação, quero chegar à frente do Flamengo. O outro seria a conquista da Copa do Brasil. Estamos a um empate da final e temos time para vencer o adversário, provavelmente o Grêmio que já canta no Sul essa conquista. É hora de o Galo mostrar a força do vingador.
Sobre o jogo. O grande destaque, outra vez, foi os quase 50 mil pagantes no Mineirão. O Galo perdia a partida até os 35 minutos do segundo tempo e o Atleticano não parava de cantar. Nem o risco da derrota, tampouco o péssimo juiz (ainda farei registro sobre ele), inibiram o Torcedor de empurrar o time em busca do resultado. Embalados pela massa, os jogadores conseguiram reverter o placar – que por pouco faz todos voltarem para cantando que “o Galo é o time da virada”, até que numa imperdoável desatenção cedeu o empate aos cariocas.
A reação no segundo tempo veio com uma alteração que o Torcedor “chiou”. A arquibancada pedia Pratto e o treinador, atendendo, sacou Leandro Donizete. Foi o suficiente para os gritos de “burro”. Coitado, se juiz é FDP, treinador é chamado desse jumento. E deu certo. Pratto, provando a todos – inclusive ao blogueiro que pregou diferente – pode jogar ao lado de Fred e Robinho. Não fosse aquele vacilo – a exemplo do jogo com o Botafogo – teríamos saído do estádio em festa e secando o Palmeiras. Agora até prefiro os paulistas aos protegidos cariocas.
Em minha concepção, ficar na tabela atrás de um time que tem Márcio Araújo sendo o protagonista do meio de campo e ainda Fernandinho, lá na frente, com seu bailado improdutivo, é desesperador. Réver, ao contrário, saiu daqui e deixou boas recordações, mas os outros dois nem são lembrados pelos Atleticanos. Diria, enfim, que dos males o menor. Agora é correr atrás da Copa do Brasil e da segunda colocação no Brasileiro. Ambas, viáveis.
Sobre o péssimo Bráulio da Silva Machado, catarinense, diria que estava na CBF no dia do sorteio, terça-feira passada. Quando saiu a bolinha com ele, senti um grande alivio, pois além dele estava o pernambucano Nielson Nogueira Dias de triste lembrança e lambanças em 2012. Meu sentimento estava errado. O catarina foi horroroso e no padrão CBF/TV. Deixou evidente que o apito é em desfavor. Registrei três rapidinhas e depois desanimei com o infeliz. Todas no primeiro tempo. Aos 31 minutos, Fred domina no peito e parte em direção ao ataque, o cara “viu” uma bola na mão; aos 40 minutos, o zagueiro Rafael Vaz tira a bola com a mão na meia lua, ele “imediatamente” sinalizou que não aconteceu o que todos viram; e aos 43 minutos, depois de finalmente marcar uma falta a favor do Galo, “deixou” bem à sua frente a barreira posicionar a mais de um metro do local marcado.
E querem que eu acredite na total isenção desses sopradores de apito. Todos tendem a favorecer o eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Robinho foi perseguido, e ele fazia “cara de paisagem”. Seus critérios em lances exatamente iguais tendiam pró-Mengo. O gol do Fred anulado, no caso pela bandeirinha, afirmo, sem medo de errar, fosse do Flamengo teria sido confirmado. Sempre foi assim e nada muda. A CBF, descaradamente, beneficia os times de Rio e São Paulo.
Reitero, todavia, que o Galo não mereceu melhor sorte na partida. Não jogou bem e o título ficou naquelas rodadas do início do campeonato. Em sete jogos, fizemos apenas quatro pontos, foi ali que perdemos o título.
O grito da Torcida Atleticana de “RAÇA” foi imortalizado numa ação da Ambev – fabricante da cerveja Brahma – com um punho cerrado. O gesto, famoso e reconhecido mundialmente, teve origem nas comemorações de gols pelo maior jogador do Galo de todos os tempos. Reinaldo, naqueles anos 70 e 80, encontrou sua maneira simbólica de protestar contra o governo militar. Foi perseguido, dentro e fora de campo, deixando seu nome registrado na nossa história. Agora, com o intuito de homenagear a massa – a maior e mais apaixonada Torcida de Belo Horizonte e de Minas Gerais – a Brahma foi buscar no gesto do Rei o sentimento e motivação para levar sua marca aos Atleticanos.
Não posso deixar de desejar ao Atleticano, a ser eleito prefeito de Belo Horizonte hoje, sucesso em sua gestão. Defenda esta cidade, caro prefeito, com a mesma disposição e vontade que honrou o “nome de Minas no cenário esportivo mundial”. Um deles foi o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Galo em toda nossa história. O outro foi o presidente que nos brindou com o maior título de nossas vidas. Portanto, um ou outro, fazendo pela nossa cidade o que fizeram pelo Galo, será prefeito destaque.
Ah! E não podemos perder a piada. Imaginem se o Atleticano fosse às urnas hoje para votar em Zezé Anão de Circo, atual senador biônico mineiro, ou no ex-goleiro Fábio para a Prefeitura. Que duro! Mais ainda, se o nosso time nem tivesse chegado à final do mineiro e brigasse contra o rebaixamento. Nuh! Seria trágico.
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Eduardo, ainda estou de cabeça inchada com este empate. Mas uma vez, tal como na partida contra o Botafogo, tomamos um gol no último minuto do jogo, que nos custou caríssimo. São três pontos perdidos por causa de falhas inaceitáveis para um time experiente como o nosso. Poxa, com tantos jogadores rodados e malandros em nosso elenco, não há ninguém para segurar a bola, cavar uma falta na lá frente, fazer uma cera (coisa que o time do "Framengo" usou e abusou em fazer, especialmente aquele goleiro frangueiro deles) , levar a bola para a linha de escanteio do campo do adversário e segurá-la por lá? Depois de obter uma vantagem decisiva aos 42 minutos do segundo tempo, não há mais jogo, caramba! Veja, nas duas ultimas partidas (Inter e "Framengo"), tomamos gols por erros de posicionamento da defesa simplesmente grotescos e, contra o Inter, Fábio Santos tentou sair jogando com a bola dentro da área, em vez de dar um bicudo nela. Será que estamos regredindo em fundamentos tão básicos e rudimentares do futebol? Quanto à nossa defesa, aconteceu o que eu mais temia. Por pressão inconsequente de certos torcedores (que agora somem covardemente dos blogs da internet), lançaram o Gabriel numa fogueira que é disputar o Campeonato Brasileiro sem que ele tivesse experiência suficiente para tanto (o mesmo que aconteceu com o goleiro Renan Ribeiro, lembra, Eduardo?). Ele não tem boa impulsão e se mostra atabalhoado frente às jogadas do ataque adversário. Veja, eu não estou crucificando o rapaz, como outros fazem levianamente, pois acredito que ele tem um futuro brilhante no futebol, se for bem orientado para corrigir estes erros. Quanto a Erazo, embora esteja longe de ser um mau jogador, mas não é o zagueiro ideal para ser titular no fortíssimo time que temos. Embora seja alto, perde todas as bolas áreas que disputa. Reconheço contudo, que seus reservas não são melhores que eles. Espero que essa (dura) lição sirva aos nossos jogadores quanto às partidas que nos restam, especialmente na Copa do Brasil, que é a nossa melhor chance de título este ano, especialmente contra o Inter e, se Deus quiser, contra o Grêmio, times fortes na jogada área e que vão exigir muito de nossos marcadores. Desculpe o longo desabafo, Eduardo, mas foi muito frustrante mesmo esse empate de sábado. Mas vamos que vamos, pois enquanto houver vida, há esperança!
PS: Três parabéns especiais. Falar do comportamento da massa atleticana sábado, no Mineirão, é chover no molhado. Deus um verdadeiro show, tal como conhecemos. Muito diferente dos mimimizentos , dos chatos incorrigíveis, que nunca conseguem ver nada de bom ou evolução no nosso time, e dos pessimistas de plantão que pululam na internet. Vítor, mais uma vez um monstro, um mito vivo do Clube Atlético Mineiro. E ao competentíssimo Marcelo Oliveira, que começou a partida com o time pedido pelos malas de sempre (com Cazares e Otero), viu que não deu certo, mudou a equipe e virou a partida no finalzinho da partida, a ponto de ser premiado por uma rádio local como o melhor em campo. Ah, se a nossa defesa tivesse segurado a vitória, não é mesmo?
Posso estar atrasado para falar de Galo x Fla, mas tenho algumas considerações, além de ainda acreditar, mesmo estando na fila desde 1971 com o Galo, para quem torço deste os 11 anos, em 1970:
1) Gabriel deu dois azares, em ambos os gols ele tirou, com raça, as bolas dos dois gols adversários da direção do Victor;
2) Relmente ter a defesa tão vazada quanto à do quase rebaixado Figueirense é demais para quem quer ser campeão
3) O Mineirão é campo neutro quando jogamos contra grandes clubes; meu xará Nepomuceno inverteu e colocou o jogo contra o Inter no Indepa;
4) Marcelo é um reles entregador de camisas, não um técnico de futebol. No outro time em que foi campeão foram duas coisas que o ajudaram: o time estava jogando bem, e ganhava dos pequenos muito mais do que dos grandes, e não tinha nem framengo, nem curíntia nem CBFlu nos calcanhares. Além disto, Cuca errou em 2013 ao não treinar o time para o Mundial jogando com tudo no Brasileiro, aí deu no que deu, não levou nem uma coisa nem outra
5) Levir nunca deveria ter saído do Galo, ainda mais para trazer Aguirre e Marcelo, muito piores que ele. Aliás, meu top 3 de técnicos que já pssaram pelo Galo tem Telê (incomparável), Barbatana e Levir
6) Como disse um amigo anteriormente, nossa tabela é mais tranquila (teoricamente, não com o Marcelo inventando) que a do Palmeiras, que não teria vencido Figueirense e Sport se não fosse ajudado pelos juízes
7) #euacredito
"O Mineirão é campo neutro".
O Mineirão é, sempre foi e sempre será a casa do galo e da massa.
A torcida atleticana precisa urgentemente de parar de dar ouvidos e financiar imprensa de outras federações para não começar a propagar as idéias que lhes convém.
Memória de torcedor e de eleitor é curta mesmo. Enquanto alguns estão endeusando o Pratto, esquecem que ele foi um dos grandes responsáveis pela eliminação do Galo na Libertadores desse ano.
Nossa zaga é fraquissima e o técnico tem que ter coragem de tirar medalhões quando eles não estando jogando bem, como foi o caso do Robinho. Dureza. Agora é torcer pra ficar entre os 3 primeiros.
Paremos de reclamar da arbitragem e vamos pensar no time. É normal um time que está entre os 5 do brasileiro, tomar 42 gols ? Ter um técnico que até hoje não compreendeu que deixar Lucas Pratto no banco é idiotice, sendo que esse mesmo jogador já provou o seu valor ? Creio que, mais do que reclamar de juiz, que em sua maioria são péssimos, penso que temos que julgar mais a diretoria e o técnico que, propriamente, o apitador. Tenho na cabeça que esse ano não apresentamos um futebol vistoso, convincente, de fato. Que ano que vem, o Nepomuceno priorize a zaga igual fez com o ataque esse ano. Porque não entra na minha cabeça, um time que está entre os 5 do brasileiro, semifinalista de copa do Brasil, tomar tantos gols igual estamos tomando. E isso não é de hoje, nosso time tem tomados muitos gols durante a temporada. Acorda diretoria, um bom time começa pelo banco e pela zaga, que por sinal, não é das piores, mas está longe de ser a ideal.
Reitero, como deixo claro no texto, que não responsabilizei a péssima arbitragem pela derrota. Basta reler com atenção, mas jamais deixarei de registrar que esses sopradores sempre beneficiam aos clubes do RJ e SP.
Eduardo,eu estava analisando:Todas as vezes que o Galo foi vice-campeão brasileiro,mereceu o título(77,80,99,12,15),seríamos o time com o maior número de campeonatos brasileiros(E quem sabe copa do Brasil,Libertadores e mundial),mas o Rj-Sp não engolem um time fora-eixo.
Eduardo,certa vez vi uma reportagem onde mostrava que o Reinaldo quase se transferiu pro Flamengo,na entrevista ele parecia meio chateado e não descartou esta possibilidade.Vc poderia apurar esta história,os motivos,etc?.
Houve isto sim, se não me engano, chegou a ir, mas não deu certo. Reminiscências da memória...
Tento ver sobre isso com ele, sabe onde leu sobre essa possibilidade?
Eu vi no"Baú do esporte",quadro apresentado pela Globo.
valeu.
Obrigado,assim que tiver algo publique um post,quem sabe vc não aproveita e faz uma entrevista com ele que na minha opinião é o jogador que tecnicamente mais se aproximou do Pelé(Aliás,Minas produziu os maiores gênios da bola como Pelé,que quase jogou no Galo,Tostão,etc).Tenho tbm outra curiosidade,geralmente os gênios do futebol jogam no meio campo,não teria sido um desperdício o Reinaldo jogar como centro-avante,uma pergunta que eu tbm gostaria que ele respondesse.
Uma defesa que toma um gol aos 44 do segundo tempo num erro coletivo, um técnico que deixa urso e tira Donizetti, pode até ser campeão da CB mas acho que vai tomar o mesmo rumo do ano passado. O GALO só vai ser campeão do brasileiro de novo quando tiver um técnico que saiba arrumar a defesa e ser equilibrado. Eu acredito na CB e focar tudo nela.
Faltou malandragem para M.O. Ele devia ter usado a ultima substituicao apos a virada. Tirava o Fred e reforcava a zaga ganhando tempo tambem. Faltou malandragem...
Ele fez as três alterações. Entraram pela ordem: Luan, Pratto e Clayton.
É impressionante como a paixão cegas as pessoas. Ontem, o Flamengo só não venceu o jogo, porque no 2º tempo se acomodou e ficou esperando o apito final. Quase perdeu o jogo, por pura preguiça, pois se mostrou um time muito mais organizado e consistente do que o do Atlético. O primeiro tempo do Robinho foi horroroso, com uma quantidade de passes errados que tende ao infinito, mas que, infelizmente, ninguém observa. De cada 5 passes, 4 são errados.
Eduardo, seu comentário sobre a arbitragem foi totalmente distorcido. O árbitro ontem nos beneficiou. No nosso primeiro gol, antes do lateral, houve uma falta clara no Marcio Araujo não marcada. E ele ainda acabou o jogo quando o Flamengo teria uma falta na risca da nossa área. Nós temos que parar sempre ficar culpando a arbitragem. Isso só serve para livrar time e técnico de suas responsabilidades. O resultado foi justo. O Flamengo foi melhor no primeiro tempo e nós no segundo tempo.
Sugiro, caro, que leia o texto todo e não apenas parte.