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A árdua missão de conciliar Atleticanidade e a condição de blogueiro

    Foto: Bruno Cantini/Atlético

Seguramente, a maioria imagina o quanto é difícil, diariamente, postar algo aqui e ainda mediar comentários – alguns bem desanimadores, por sinal – , tentando manter acesa a nossa chama e paixão pelo Galo. Apesar desses pequenos dissabores, confesso que neste período que assino este espaço, sinto grande e verdadeiro estímulo em fazer parte dessa família Atleticana. Tanto eu, quanto nossos amiGalos que, semanalmente, contribuem com seus textos: Marcelo, José Roberto, Roberto e a nossa editora Amanda Aleixo.

Digo isso, com a intenção de levar uma consideração que acho fundamental à nossa continuidade. Atleticanos somos todos, uns mais otimistas e outros nem tanto, o que não assegura aos primeiros se proclamarem de “verdadeiros” enquanto taxam outros de “pseudo”. Igualmente ao segundo bloco, considerar quem pensa diferente de “chapa branca”, “puxa saco” ou o que for, não vale a pena. Até mesmo, considerando essa radicalização – termo que gostei e repeti de leitor. Aqui, temos “todas as matizes”. Afinal, somos todos Atleticanos.

Tem, claro, aquela gente que se infiltra aqui, mas permanecem por pouco tempo. São tão medíocres que se entregam facilmente, ainda que tardiamente. Pois bem, o que pretendo sugerir é que podemos e devemos “higienizar” nossas considerações, ainda que pessimistas. No lugar de “vampirizar” quem pensa diferente, buscar o bom debate sobre nossas diferentes opiniões acerca da nossa paixão pelo Clube Atlético Mineiro.

As vicissitudes (desequilíbrio) do nosso time, evidentemente, cria essa condição polarizada. Se o time vai bem, claro que comemoramos. Se anda mal, igualmente reagimos em reclamações. É natural. Afinal, como já afirmei aqui, a instabilidade emocional do Atleticano vem do desempenho do time em campo. Numa ou noutra situação, o Torcedor fica ajoelhado no estádio, nos bares e até isolado dentro de casa. Essa é a nossa diferença para outros times. Eles têm torcedores, nós somos Atleticanos.

Foto: Bruno Cantini/Atlético

Vejamos. Na última partida, ascendemos do inferno aos céus. Vi, bem próximo a mim, quem xingasse o sistema defensivo depois daquele erro infantil e imperdoável do gol adversário. Poucos, ainda bem. Do lado de fora do gramado, precisamente nas cadeiras, a Massa – como muito bem pontuou Lio Cardoso pelas redes sociais – fez a equipe reagir e virar a partida. “Estou indo ao campo para fazer o Galo ganhar e não para ver o Galo ganhar!”, destacou sobre o Atleticano no Horto.

Os mais de 20 mil Atleticanos, comprovando que a Massa faz a diferença, não se abateram com o gol e tampouco questionaram a escalação do treinador. Apoiaram o tempo todo. E interessante que os gols foram dos três velhinhos, muito criticados aqui: Léo Silva, Elias e Ricardo Oliveira. Eles fizeram aa emoção do Torcedor nas comemorações de seus tentos, que levaram o Galo à vitória e a subir na tabela de classificação. Agora, são oito pontos atrás do líder e iguais oito para o próximo candidato à vaga no G6. Embora eu queira o G4 e ainda sonhe com o topo da tabela.

Ao final, em meio à festa pelo bom resultado, ainda a observação de que os três pendurados Victor, Maidana e Ricardo Oliveira, passaram incólume a uma eventual advertência do árbitro Luiz Flávio de Oliveira. Não gosto desse juiz, seu passado com o Galo me sugere sua condenação. Não apita igual e seus critérios sempre foram em desfavor do Galo. Do trio salvou-se a Tatiane Sacilotti, uma vez que seu colega Luiz Alberto Nogueira matou três ataques promissores com impedimentos inexistentes. Os dois patetas atrás do gol, nunca serviram para nada mesmo.

Por fim, caros amiGalos – confiantes ou desconfiados – rogo que sejam evitados conflitos internos neste espaço democrático, sobretudo relacionados a temas que não sejam do interesse do nosso time do coração. Refiro, especificamente, em querer politizar o debate eleitoral aqui no nosso cantinho. Nem o blogueiro explicita sua opinião sobre isso, embora tenha posição a respeito. Respeitemos às diferenças. Domingo será dia de clássico mineiro e na rodada seguinte clássico nacional. Temos de estar unidos em busca do mesmo ideal. Vencer e pontuar. Que assim seja!

Blogueiro

View Comments

  • A sapiência do nosso timoneiro...

    Aproveito para agradecer mais uma vez esse espaço lúcido, democrático, sadio e galo até num poder mais.

  • 240,00 o ingresso????? Absurdo. No entanto a nota oficial é só "pra jogar pra torcida" pq não vai dar nada. Sempre foi assim. Ô futebolzinho podre esse nosso!!!

  • Um pouco fora do tema, entendo que nossa diretoria poderia aprender uma lição com a diretoria rival: o momento para reclamar da arbitragem deve ANTECEDER aos jogos. Abraços!

  • Querido blogueiro. Deve ser muito difícil realmente conciliar paixão, razão, amor ao Galo e os desabafos e euforias de nós, torcedores. Não sou muito de escrever, mas, diariamente acompanho o nosso blog Canto do Galo. Uma curiosidade eu tenho: é visto e sabido que chamamos as marias de marias, mas, qual o sentido correto? Maria, pelas três Marias no firmamento, ou Maria, como um nome de mulher? Um abraço blogueiro, qualquer dia eu volto.

  • Contra o galo o juíz beneficiou o Palmeiras, no último minuto.
    Contra o cruzeiro, foi o contrário, porque ? Lá tem diretoria que passou a semana falando que não confiava no árbitro, etc, agiu preventivamente.
    Conosco, juíz nos prejudica até contra times de segunda, com estádio cheio e ninguém faz nada.
    Minha opinião é que, com Thiago Largh, Léo Silva, Fábio Santos, Adílson, Elias e Ricardo Oliveira, não conseguiremos títulos importantes. O desinteresse do Adílson e do pastor ( que até fez um gol) no último jogo era demais.

  • Boa tarde Eduardo e amigos do Galo. Uma torcida como a do NOSSO GALO, que já comprou jogador e bateu recorde de público nos momentos mais difíceis do clube merece respeito. Que a diretoria saiba receber e separar as diversas críticas, somos todos ATLETICANOS.

  • Grande Eduardo, uma vez tive a honra de ser carregado por vc no Hall do Mineirão após a eliminação da turma vaidosa em um Torneio Início, se não me engano em 2006. Esse espaço é seu por merecimento e você vêm dentro dos limites do bom senso e da educação tocando o barco com maestria. Em tempos de ódio, você consegue balancear bem o humor da massa. Vida longa meu amigo...

    • Lembrei desse dia. Memória de idoso precisa ser provocada. Bons tempos, viajei aqui em boas recordações. Isso rejuvenesce.

  • Caro Eduardo, concordo inteiramente com você. Aqui é Canto do Galo, amor unico e incomparável ao Glorioso Clube Atlético Mineiro, o que nos une e encanta!
    Não cabem aqui discussões partidarias e ideologicas! Cada qual tem sua preferência eleitoreira ou ideológica... Mas aqui não é lugar para isso!
    Cantemos nosso amor imortal pelo Galo, torçamos e vibremos em altíssima tonalidade e sintonia pelo Atlético, contagiemos, encantando, nosso Time, estimulando e empurrando-o a vitórias e conquistas memoráveis!
    Esse o papel que nos cabe.

    • Temos a obrigação de jogar com inteligência, sem "ir com muita sede ao pote", uma vez que o forte deles é "não jogar" e aproveitar as falhas dos adversários. Espero que TL tenha essa percepção. Desculpe-me pelo contraditório. Abraços!

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