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Amanhã começa a definição de outro título Mineiro

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

A ansiedade domina nós, Atleticanos, e também os adversários de amanhã. Afinal, o que seria de um não fosse o outro? Fico me lembrando de meus primeiros tempos em Belo Horizonte, ainda no início dos anos 70, em que passávamos a semana anterior a este jogo provocando e sendo provocados por amigos, vizinhos, parentes e colegas de aula (hoje de trabalho e até de aposentadoria), em um clima saudável e bem diferente dos tempos recentes.

Naquela ocasião, me lembro bem, em uma sala de aula e até na lanchonete da escola, era comum atirar uma bolinha de papel no colega para provocar. Nos tempos atuais, temos de tomar cuidado, pois o acirramento de ânimos pode levar o eventual ofendido a uma reação – ao seu entendimento – e até a algum tipo de artefato em retaliação.

Saudade tenho, como já disse aqui durante a semana, daqueles jogos com Mineirão lotado, sem cadeiras, onde dividíamos – apertadamente – espaço no cimentão. O maior público real do estádio foi de 123 mil pagantes e eu estava lá. Aquela fantasia de um jogo com o Villa Nova é público “fake”, pois todos sabem que mulheres e crianças não pagaram (o borderô mostra isso) e que as roletas deste item eram rodadas aleatoriamente para dar legitimidade à farsa. Pois, no verdadeiro recorde do estádio, eu estava lá e voltei para casa intacto num ônibus urbano.

Digo isso, para mostrar que é possível – como anunciaram dirigentes dos dois clubes para os jogos do Brasileiro – dividir o espaço e promover espetáculo daquela grandeza. Para tanto, basta apenas uma simples combinação e comunhão entre os organizadores – desde os dois clubes, passando pela Policia Militar, Bombeiros, FMF, CBF (essa é complicada) e principalmente torcedores -, enfim, todas as instituições responsáveis pela segurança que garanta o ir e vir de quem for assistir ao clássico.

Para amanhã, ainda que não tenha havido tempo hábil para esta situação, caberá a nós mostrar aos organizadores que isso é possível, sabendo receber e acolher os adversários no caldeirãozinho do Horto. Em jogo, mais que a hegemonia Atleticana no futebol mineiro: desafio de mostrar ao Brasil e ao mundo que em Belo Horizonte é possível realizar clássico com duas torcidas dividindo as arquibancadas. Se em outras praças, notadamente Rio e São Paulo, isso não é possível, qual a razão da CBF e da TV privilegiarem essa gente?

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Deixemos que nossas polêmicas corram fora das quatro linhas e até do estádio, como – por exemplo – a escalação de um árbitro que desagradou a gregos e troianos. O adversário já questionou e até sugeriu veto ao paraense Dewson Freitas, em função de atuação em jogo de seu time com Corinthians. Com o Galo, ele foi o responsável por assegurar uma vitória magra na Copa Brasil do ano passado, frente ao Botafogo, que encaminhou nossa desclassificação. Num caso beneficiou paulista e no outro, carioca. Curiosidade apenas!

Agora, com toda sinceridade, um árbitro com este histórico nem deveria fazer parte do sorteio. Desconheço os critérios, então, só nos restaria torcer contra a bolinha do sorteio. Temo a arbitragem, sim, tanto quanto nossos adversários. Ainda bem que a bolinha do sorteio era da FMF, fosse da CBF, seguramente ia premiar com Wright, Aragão, Simon e até algum Rezende doméstico.

Apesar disso, temos de entrar em campo focados na necessidade de reverter vantagem e favoritismo do adversário, conquistados indiscutivelmente dentro do gramado. Enquanto abusamos de troca de treinador e formação de elenco com a temporada em andamento, o outro lado da lagoa manteve o comandante – apesar de ser a mala que sabemos – e continuou com a base do ano anterior com um ou outro reforço pontual. Isso garantiu a vantagem incontestável que levam para a final. O favoritismo, insisto, é do adversário. Até mesmo, como já disse, têm a obrigação de ganhar. Mas, como Atleticano, ofereço minha resistência.

Vamos aguardar o que o nosso jovem treinador reserva para a amanhã. Não creio em nada diferente das últimas partidas, mesmo com aquela idiotice (repito) de treinamento fechado para a imprensa. Abriria os portões até aos Torcedores. Se o treinador adversário (que é gaúcho, assim como o Renato do Grêmio) se valer da estratégia do segundo, poderá ter contratado um drone e observado quais seriam as surpresas guardadas para este momento decisivo do Campeonato Mineiro.

Vida que segue, aqui somos todos Galo, por#@!

Blogueiro

View Comments

  • Mesmo muitos não acreditando no trabalho do Thiago Larghui SEREMOS CAMPEÕES em cima da raposinha magricela, podem apostar no que eu digo !

  • Apoiado, João Anderson!
    Penso de forma parecida!
    Estão dizendo que o único reforço titular é o Ricardo Oliveira, e então, contratou-se mal! Poxa, Roger Guedes foi peça importantíssima do título de 2016 do Palmeiras. E faz, com alguma irregularidade, é verdade, partidas e jogadas brilhantes! O Erik foi disputado por grandes do Brasil, quando foi destaque do Goiás, inclusive pelo próprio Galo! Arouca estava sem jogar, mas se foi aprovado pelo departamento médico, era uma aposta talvez válida! Já foi muito bom jogador e não é tão velho, não! Enfim, concordo com o João Anderson, de que o trabalho está sendo feito, e que é difícil obter resultado imediato. Encontrar a melhor formação de um elenco com mais de 30 jogadores depende de sorte ou de tempo!
    Sou torcedor que tem prazer de ver o Galo entrar em campo em qualquer circunstância. Torço pra quem vestir nosso manto! E não vejo incompetência, vejo dificuldade real! Imaginem a coragem do Gallo em assumir uma diretoria de um gigante do futebol, num ano em que o presidente diz que não tem dinheiro para contratar! O Galo tem um bom time! Não é favorito a nada, mas com foco, faca no dente, apoio da Massa, pode ir chegando, sim! Pelo contrário, sem apoio, debaixo de críticas sem fundamento e impensadas, fora de tempo, pode não se ajustar e nos assustar! Fora uma exceção ou outra, de um jogador ou outro, o time tem jogado com vontade, e isto pra mim, e historicamente, para o torcedor atleticano sempre fora suficiente: amor e raça!
    Vamos com inteligência e determinação pra cima do time azul, que treme...vamu Galo!

  • Boa noite xará e amigalos. Um agradecimento ao Paula que é Maria e veio prestigiar o blog do GALO.
    Quanto ao jogo de amanha espero que nosso GALO se dê ao respeito em seus domínios e faça o dever de casa. Que se imponha desde o início e mande o time do treinador bailarina azul chorar na cama.....junto com o Maricone.....

  • Olá amigos da bola!
    Curto e grosso!....Três a zero pró Galo!.....
    Outra coisa, é bom lembrar aos cruzeirenses, que na final entre raposa e leão, o público superou os 130 mil, porque a maioria no estádio, era de atleticanos torcendo para o Vila! Isso é óbvio.

  • O blogueiro está enganado. Na final de 98 entre Cruzeiro x Villa Nova aconteceu algo totalmente inédito: não havia mais espaço dentro do estádio. Não havia espaço nos corredores dos bares sequer para andar. Do lado de fora do estádio ficaram por volta de 25.000 pessoas que não conseguiram entrar. Por favor, blogueiro, não subverta a história por conta de paixão cega. Fato é fato. O seu argumento é inverossímil.

    • Público pagante, como diria o saudoso Tião das Rendas: 74.857

      Público anunciado: 131.475 (se somar juiz, bandeirinhas, jogadores e todo o quadro móvel, chega a 132.834)
      Está no borderô do jogo. Depoimento de quem trabalhou naquele dia, dando conta de que "deram ordem, é para rodar a roleta de mulheres e crianças". Detalhe é que mulheres e crianças não pagavam ingresso, fraude!
      Pra te facilitar, abra o link:
      http://galodoidofp.blogspot.com.br/2013/03/a-farsa-do-recorde-no-mineirao.html

      • Então tá ... Então não tinham 131.000 pessoas lá dentro. Deve ter sido ilusão de ótica. E não haviam mais 25.000 pessoas lá fora querendo entrar. Talvez fossem 25.000 fantasmas. A entrar todo mundo seriam por volta de 160.000. Vou repetir: era impossível transitar na área dos bares. Havia uma massa de gente compacta. A seguir o mesmo raciocínio, a final Brasil x Uruguai em 1950 no Maracanã, não teve então 200.000 pessoas no estádio. Este é considerado o recorde do estádio. O que aconteceu no Maracanã é o mesmo que aconteceu no Mineirão: a multidão invadiu tanto em um jogo quanto no outro. Só isso. Simples assim. Tem umas coisas que a gente só aceita. Ponto.

        • Brasil e Uruguai houve invasão. Na sua pretensão manobra nos números. São diferentes.
          O borderô referenda a informação.

  • Grande Rabino!
    Lendo a lista dos relacionados para o jogo de amanhã tremi nas bases. Quanto jogador ruim, impressionante a fragilidade do atual plantel. Sei não, como dizem, clássico é clássico, mas....
    O time deles é bem superior, vamos falar a verdade, apesar de não ser nenhuma brastemp. Rabino, faça o que eu fiz: leia a lista dos relacionados e sua ficha também vai cair...como o nosso plantel é fraquérrimo....

    • Maria, Maria
      É um dom, uma certa magia
      Uma força que nos alerta
      Uma mulher que merece
      Viver e amar
      Como outra qualquer
      Do planeta

      Maria, Maria
      É o som, é a cor, é o suor
      É a dose mais forte e lenta
      De uma gente que ri
      Quando deve chorar
      E não vive, apenas aguenta

      Mas é preciso ter força
      É preciso ter raça
      É preciso ter gana sempre
      Quem traz no corpo a marca

      Galo na cabeça! !!!

  • Nosso GALO precisa jogar com muita inteligência amanhã pois quem precisa mesmo da vitória somos nós pra reverter a vantagem...

    o Mala mi mi mi Menezes deve vir com seu time recuado pra jogar no contra ataque, assim sendo, que o Thiago Larghi tenha muita visão de jogo pra escalar o time certo e se impor ao adversário...

    só sei que meu time é LUAN e mais 10!!!!!!

  • Boa tarde Eduardo. Sabe o que penso depois de ouvir a entrevista do Gallo? Que o Clube Atlético Mineiro, precisa de um DIRETOR DE FUTEBOL.

      • "Falta lateral, falta zagueiro, falta meio de campo, falta banco, diretor de futebol, planejamento, dinheiro, acharam o técnico na sorte. “Nonada”, diz Rosa, batendo na mesa o copo vazio daquela cachacinha de Curvelo. "

        Excelente

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