A hora é agora

Esse jogo de hoje é de decisão para as duas equipes. Galo e São Paulo ocupam as primeiras posições, seguidos de perto pelo Flamengo. Palmeiras e os dois gaúchos – Internacional e Grêmio, – também estão encostados e ainda brigam pelo título e vaga na Libertadores. Ao São Paulo, caso o Galo seja vencedor, uma derrota não o tira do páreo. Mas ao Galo, pelas circunstâncias, só a vitória interessa.

Sem recorrer à retórica dos pontos bobos que perdemos da metade do primeiro turno até o final naquela fase, não podemos mais nos permitir qualquer tropeço. Nossos próximos três compromissos – hoje com SP (fora), dia 26 com o Coritiba (casa) e em 7 de janeiro com o Santos (casa) – irão balizar o que essa competição nos reserva. Para ser campeão, nada diferente que três vitórias.

Os nossos dois concorrentes também terão adversários complicados. O São Paulo, depois do Galo sai pra pegar o Fluminense e o Bragantino. Já o Flamengo recebe o Bahia, sai para enfrentar o Fortaleza (ex-time do Ceni) e como mandante faz um clássico com o Fluminense. Ao final dessas três rodadas ainda restarão dez jogos, mas o momento é de vencer e recuperar, distanciando da concorrência.

Ao que minha vida Atleticana sugere, temos hoje dois obstáculos a enfrentar. Nosso próprio desequilíbrio, que em momentos decisivos deixou escapar títulos importantes em nossa história. Neste campeonato mesmo, se considerarmos os resultados pífios para adversários desqualificados, era para o Galo ter uma reserva extraordinária à frente dos concorrentes. Pra ficar num só, o Botafogo – lanterna do Brasileiro – teve apenas três vitórias. Uma delas em cima do nosso time.

O outro obstáculo, esse histórico, cruel e manjado é a má vontade da organização da competição com o Galo, ao longo dos tempos, para favorecer cariocas e paulistas. Esses dois que estão no páreo já nos “fintaram” os títulos de 1977 e 1980. Outros também, como Corinthians e Fluminense. Além de armações internas e dos tribunais, o mais usual é no apito do juiz.

Pois que, para o jogo de hoje – malandra e caprichosamente – a Comissão do Gaciba escalou o goiano Wilton Pereira Sampaio (ou Sampaulo do Caboclo?). Em seu prontuário de arbitragem constam alguns “errinhos” a favor do São Paulo e em desfavor do Galo. Vale lembrar, os dois times do Rio Grande do Sul reclamaram recentemente de prejuízos da arbitragem de Sampaio, nas duas ocasiões em favorecimento ao mesmo São Paulo.

Já contra o nosso time do coração, o Atleticano que tem boa memória (o blogüeiro quando tem dificuldade recorre ao bom amigo Zé Roberto Galo da Mata – uma enciclopédia sobre esses casos), não apaga da memória suas desastrosas atuações em partidas que impediram a vitória do Galo.

Em 2013, pela Copa do Brasil, o então presidente Kalil vociferou ao final de um empate com o Botafogo que nos tirou a vaga – “sujeitinho que veio operar o Galo”. Depois, já em 2018, o Galo vencia ao Palmeiras dentro de Belo Horizonte, até que ele – Sampaio – assegurou o empate numa penalidade que Edu Dracena se atirou teatralmente no chão na cara do soprador de apito. Diante disso, entendo que a escalação dele foi providencial.

Sendo assim, cabe a Sampaoli e seus comandados não entrar na pilha desse “sujeitinho” e jogar bola. Se Galo e São Paulo, ambos, repetirem as atuações do último final de semana a vitória Atleticana estará assegurada. Vamos aguardar o que o treinador nos reserva para essa importante e decisiva partida. Que os Deuses estejam conosco. Assim seja!