A gente se vê pelos caminhos Atleticanos

Longe de uma prosa melancólica de despedida, afinal torcedor do Galo segue na Atleticanidade até depois de passar pela vida (quem puxou o pé do Ferreira?), tenho de agradecer a parceria dos amiGalos neste longo período que agradei e incomodei. Ainda bem, imagina se fosse apenas um dos extremos, teria sido uma chatice. Sabemos que tudo tem início, meio e fim, e quando chega esse momento, o melhor é o recolhimento.

Tive(mos) momentos de rara felicidade e encantamento com o nosso time, assim como vivemos experiências de muita angustia. No meu caso específico, sem ter um medidometro (chequei e não achei essa expressão no dicionário, mas mencionada em textos), diria que de cada aborrecimento fui compensado com centenas de situações de muita alegria e comemorações. Com o time e com os leitores deste espaço. Sou eternamente grato por ter vivido momentos de blogüeiro, sem nunca ter abandonado minha vida pessoal de torcedor e/ou envaidecido (isso é do lado de lá) com essa honra que o UAI me conferiu. Sigamos!

Algumas considerações e mesmo satisfação, entretanto, devo ao amiGalo deste espaço. Foi e é gratificante defender e resenhar sobre essa nossa paixão, assim está na capa do blog deste a primeira postagem. Os tempos são outros e a resistência não é a mesma. Aviso que a saúde vai bem, sou vigilante nesse caso. Redigi textos e mediei comentários no leito de hospital, foram tantas intervenções nos últimos tempos, que não aguento mais passar na porta de uma casa de saúde.

Nada que pudesse afetar minha dedicação por este trabalho e pelo Galo. Numa delas, tenho boa memória, alguém postou – debochadamente – se estaria mesmo hospitalizado, pois no dia seguinte já estava dando pitaco aqui. Graças, no caso, ao wi-fi e celular em mãos e já fora da UTI. E, ao que me lembro, foram quatro situações, duas por causa da coluna (que agora tá boa, obrigado) e dois canceres (um definitivamente extirpado e o outro ainda sob vigília). Sem perder o humor, claro, fundamental para quem busca sempre a felicidade. E ser Atleticano é sinônimo disso. Ah! A decisão não te relação com esses pequenos percalços.

Durante esse longo período, jamais utilizei do espaço – genuinamente Atleticano – para expor minhas outras preferências. Aqui sempre foi do Torcedor do nosso time do coração fosse católico, evangélico, kardecista, direitista, esquerdista ou o que quer que seja. E fui reprendido. Por exemplo, recentemente, ao falar do time carioca flamídia, mencionei o que Walter Clark confessou em livro: “mumunhas da arbitragem, os acertos com os juízes, o suborno”. Nem entrei noutras revelações amorais que não fossem relacionadas ao futebol e favorecimento ao time do Rio de Janeiro. Galo da Mata afirma, com precisão, não fosse as armações, esse timeco seria um Bangu. Vide a imagem acima. Seleção carioca com quatro jogadores do Fluminense, quatro do Botafogo e três do Vasco. Do flamídia, nada, até surgirem Aragões, Rosa Martins, Wrights e outros recentes que dão folego aos interesses da cbf/tv.

Sei muito bem separar as coisas, assim como também defender minhas convicções, cada qual no seu campo. Como bom galista, na sua rinha! Aqui é SÓ Galo, foi a mensagem que ficou todo esse tempo estampada na nossa página. Que se diga, honrosa e sistematicamente, visitada por adversários. Os ataques que tentaram contra a pessoa do blogüeiro, ainda que eventualmente justificassem alguma reação, jamais amedrontaram ou inibiram as postagens. Existem jovens envelhecidos precocemente que acreditam que tachar de velho, idoso e gagá seja ofensivo. É elogio, afinal, como mencionou uma amiga que se chama Eliza “significa que vivemos intensamente e não morremos jovens”. Esses agressores sim, com pouca idade, são mortos vivos perambulando ao nosso entorno.

Tampouco outras ações menores, que com a mesma intenção de calar a voz Atleticana, obtiveram êxito. Alguns, felizmente pouquíssimos que se dizem atleticanos (esses com minúsculo) que frequentaram por um tempinho apenas para confrontar e espezinhar contra as cores e o próprio Clube Atlético Mineiro. Gente infeliz que vive incomodado com a grama do vizinho, teve um que sumiu daqui que numa ocasião me disse: “eu que tinha de ser o blogueiro”. Nada fazem para melhorar e aperfeiçoar na atual existência. Nenhum desses boquirrotos merece nosso olhar. Quando ao blog, reafirmo que cumpriu seu papel, com todo amadorismo que um trabalho voluntário impõe e sugere.

Vamos encontrar pelas ruas, cafeterias (lugar de quem não consome álcool, como meu caso), Arena do Galo e se surgir alguma situação mais confortável a um sujeito a caminho dos 70tão, quem sabe postar sobre os pitacos da nossa história e de tempos contemporâneos. Aqui é Gaaalooo, po##@!

Ah! Feliz Natal e Ótimo Ano Novo! Essa é a imagem caricaturada no alto, daquele “bom velhinho”. E um Galo Novo, com alguns reforços pontuais. Vem ne mim Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil. Libertadores e Mundial!

Vapt vupt: Reitero que fiquei sensibilizado com os apelos de continuidade, muito mais ainda com as manifestações de compreensão dos amiGalos. Pois bem, quarta última, numa prosa informal com um dirigente da associação (outro amigo que o Galo me brindou), percebi a importância desse espaço – leitor diário – para avaliação da relação clube/torcedor. Novo apelo, mesmo lendo também nossas críticas. Diante de todo esse contexto – notadamente dos amiGalos leitores e sócios deste espaço -, após duas reuniões que terei (jornal e meu advogado, que é amigão desde os bancos acadêmicos), avaliarei a possibilidade de pensar num novo formato.

Esse meu colega de faculdade será decisivo, uma vez que me defende na única ação que fui contemplado nesses oito anos de blog. Como disse um dileto amigo, aqui sempre presente, “uma só, coleciono 38 por muito menos”. Além dessas prosas, pretendo outras duas resenhas com pessoas por quem tenho muita estima Atleticana. Que o papai do céu me ilumine e sinalize o melhor caminho. Repetindo; aqui é Gaaalooo, po##@!

*imagens: 1) arquivo do blog; 2 e 3) extraída das redes sociais