Mais um golaço do prefeito João Doria! Que outras cidades sigam o exemplo de São Paulo e acabem com este lixo
Há muitos exemplos crassos do nosso subdesenvolvimento. Das favelas à falta de saneamento básico, da violência urbana à corrupção. O Brasil jamais foi um país em desenvolvimento, como falsamente propagandeado nos anos do lulopetismo. Sempre fomos o que somos: um país de terceiro para o quarto mundo; se já houver um.
Quem já teve a oportunidade de conhecer outros países (desenvolvidos) sabe do que estou falando. As diferenças são tantas e tamanhas, que é impossível se comparar. Peguem um único arranha-céu de Nova Iorque ou Dubai e tentem encontrar algo minimamente parecido por aqui; mesmo em São Paulo ou Rio de Janeiro. Ontem mesmo vi uma foto do skyline de Shangai e me peguei pensando nisto. E olhem que a China está a anos-luz de ser exemplo de desenvolvimento.
Uma das facetas deste atraso é o nosso urbanismo. Cidades sujas, degradadas, sem espaços e equipamentos públicos decentes, um amontoado de construções sobrepostas em ruas minúsculas, esburacadas e mal iluminadas. Calçadas estreitas, espremidas por postes, camelôs e bicicletas acorrentadas às árvores. Quando não raro, igualmente ocupadas por carros e motos. Um verdadeiro labirinto dos horrores cruzado por zumbis que atiram lixo no chão, fazem xixi e cocô nas ruas, depredam e picham tudo o que encontram pela frente.
Duas coisas, em especial, me chamam a atenção: motos e fios elétricos. Com os países mais atrasados que conheço essa é a nossa principal semelhança. Quanto mais miserável a nação, mais megalópoles rasgadas por eles. Os fios no alto e as motos no chão. No lado oposto, nas cidades mais desenvolvidas do mundo, não se vê sombra de nenhum dos dois. Salvo as poucas e possantes motos de altíssimas cilindradas. Mas fios elétricos nos postes? Mais fácil encontrar ratos nas bocas de lobo.
O prefeito de São Paulo João Doria começa a dar fim a uma destas pragas urbanas. Acaba de assinar um acordo com as companhias de energia, telefone e internet. Em dois anos enterrarão 52 quilômetros de cabos em 117 ruas. Dois mil postes desaparecerão das calçadas. Num emaranhado de 44 mil quilômetros de fios e mais de 1 milhão de postes isso não é nada, eu sei, mas simboliza o fim da convivência com este lixo visual. Estima-se que em São Paulo seriam necessários R$ 100 bilhões e mais de 30 anos para consumir com a praga. Mas se a lei aprovada por José Serra, em 2005, já estivesse em pelo vigor, metade do caminho teria sido percorrido.
Que São Paulo sirva de exemplo para outras grandes cidades brasileiras. Enquanto admitirmos lixo nas ruas, buracos nas calçadas e nas avenidas, muros pichados e falta de iluminação pública, continuaremos convivendo com a violência urbana descontrolada. Sim, amigos, uma coisa está diretamente relacionada à outra. Uma cidade bonita, limpa e organizada favorece a ocupação pública e afasta a criminalidade. É assim em qualquer lugar decente do mundo.
Gostei muito deste post.
Realmente o meio urbano brasileiro público estacionou nos anos 50.
É uma barbaridade de feio.
Outro aspecto trogodita de nossa administração pública.
Olha q eu nem sei se nos 50… se vc pensar q grande parte das reformas em cidades com Santiago em Buenos Aires são da virada ou a partir do século XX, pensa no quanto o projeto de BH poderia ter sido melhor…
Corrigindo… Santiago e Buenos Aires
Comentários e matéria imbecil.
imbecis, Thiago. Imbecis