E agora, José? Ou melhor: Aécio

O Senador mineiro é gravado pedindo dinheiro à JBS. Seu primo filmado recebendo o dinheiro. Os valores foram repassados a Zezé Perrella

O Brasil implodiu de vez. O que vai dar? Não tenho a menor ideia. E quem disser que tem é mentiroso ou o maior prepotente do mundo.

Temer vai renunciar, vai ser impedido, vai dar um tiro na cabeça? Ou vai fazer como o penta-réu criminal Lula e culpar a esposa por tudo?

Rodrigo Maia assumirá? Eunício Oliveira? Cármen Lúcia? Os militares? O povo?

Há muito por vir e muito por acontecer, mas uma coisa é certa: o país agora para de vez. Adeus reformas, adeus crescimento econômico, que ensaiava alguns passos, adeus esperança. O dólar vai a R$ 4 ou mais novamente, a bolsa desabará, o desemprego voltará e a recessão recrudescerá.

Mas tratarei de tudo isso a seu tempo, vez por vez, nas próximas horas e dias. O assunto agora é outro. O assunto agora é Minas, os mineiros e seus representantes.

Escrevi inúmeras vezes: “não acredito nas histórias que circulam sobre Aécio Neves, mas se 10% delas foram reais, Lula encontrou um rival à altura”. Pois bem. Parece que o percentual iniciou sua contagem. E não vai ter lágrima de irmã, nem vídeo indignado, que desmintam som e imagem. Aécio estava semi-acabado. Pois acabou de vez!

Outro Senador, Zezé Perrella, possui uma fama que o precede. Processos, suspeitas, histórias e mais histórias mal contadas, inclusive como presidente do Cruzeiro. Atingiu o ápice na apreensão do seu helicóptero, com 500 kg de cocaína, onde o piloto assumiu toda a responsabilidade. Agora, Perrella é acusado de receber R$ 2 milhões de Aécio/JBS.

Fernando Pimentel, o governador petista, está com seus dias contados. Após decisão do STF, o STJ está livre para processá-lo. Pimentel é suspeito de uma lista interminável de crimes. Como Ministro de Dilma Rousseff, como “consultor”, como Prefeito, o que não faltam são suspeitas, indícios, inquéritos, etc.

Alexandre Kalil acabou de ser eleito prefeito de BH. Durante a campanha se enrolou com uma doação própria de R$ 2 milhões. As bandeiras da Galoucura juram que o dinheiro foi-lhe repassado por Vittorio Medioli, prefeito de Betim. Num contrato amalucado de venda de um imóvel, acabou tendo as contas reprovadas pelo TRE-MG.

Posso falar também do filho de Newton Cardoso, o Deputado Federal Newton Cardoso JR, relator de um projeto de lei que pretende emplacar um novo REFIS (programa de perdão e parcelamento de dívidas tributárias) francamente favorável a si mesmo e a um grupo de parlamentares enrolados com dívidas tributárias bilionárias com a União.

Pois é, amigos. Eu sei que não é “privilégio” de Minas e dos mineiros a escolha de políticos corruptos e governantes incapazes e igualmente desonestos. Mas chegamos a um ponto em que não se pode mais errar tanto assim. Muitos atribuem à Minas a vitória do PT nas últimas eleições. Não sei. Mas que a coisa por aqui anda de mal a pior é inegável.

Finalizo voltando ao tema principal deste post, Aécio Neves: o conheço muito superficialmente. Jamais votei nele por gosto, mas sempre contra o PT. O considero, desde 1º de janeiro de 2015, um político covarde, omisso e complacente com tudo isso que aí está. Há um monte de textos meus neste sentido. Aliás, os quadrúpedes vermelhos vão ter que inventar um novo discurso, né? “E sobre o Aécio, não vai escrever nada?”

Eis aí, seu babacas. Sempre lhes disse que — se e quando — Aécio se estrepasse, eu escreveria a respeito. Vão falar o que agora, seus Manés?

Pois bem. Repito: Aécio Neves acabou de vez. Com ele, seu grupo político e qualquer sombra de influência. Seu futuro?, apenas as brandas leis penais brasileiras podem nos dizer. Mas até lá, divirtam-se aqueles que esperaram tanto por este momento. A festa é toda de vocês.

E ao que parece, merecida, né?

Leiam mais.