As contas públicas do país e dos estados estão estouradas, mas não por sua culpa ou para o seu conforto
O Brasil está quebrado e os estados também; isto não é novidade alguma. Apesar dos trilhões de reais arrecadados em impostos todos os anos não há o mínimo de infraestrutura urbana, segurança pública, saúde ou educação. Não há um mísero serviço estatal que funcione adequadamente. O nível de humilhação e sofrimento por que passam diariamente milhões de brasileiros é algo desumano e pra lá de revoltante. Indignidade é uma palavra sequer próxima para descrever — e falo com conhecimento de causa — o tratamento que o aparato do estado destina à população. E quanto mais necessitado, mais desinformado, mais desassistido, mais pobre, mais castigado é o cidadão.
Bem, por que isso ocorre? Não são trilhões tungados dos nossos bolsos? Para onde, então, vai esta enxurrada de dinheiro? Ora, amigos, lhes digo para onde. Funciona mais ou menos assim:
Do dinheiro arrecadado, noves fora a corrupção imediata, o roubo na veia, 45% vão direto para o serviço da dívida, que são os juros e amortizações do rombo nos cofres. Depois, mais uns 25%, vão para o buraco da previdência, sobretudo o causado pelo funcionalismo público. Estados e municípios recebem 10%. O resto, cerca de 20%, servem para os penduricalhos, despesas obrigatórias, assistencialismos, etc.
Daí você me pergunta? “Ricardo, cadê o dinheiro dos investimentos e melhorias?” E eu te respondo: No mesmo lugar que os investimentos e melhorias, ora. No limbo, ou melhor, na PQP!! E o dinheiro do custeio da máquina toda? Bem, esse é fácil… O governo trabalha com 70% de endividamento, ou seja, gasta 70% a mais do que nos leva. Calcule tal porcentual sobre trilhões e perceba o tamanho do custo do funcionalismo público estatal (Municipal, Estadual e Federal, nos três poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário). Eu, você e absolutamente todos os brasileiros, pobres ou ricos, empregados ou empresários, profissionais liberais ou aposentados, não importa quem — se como Pessoa Física ou Jurídica — custeamos a vida de 100% dos funcionários públicos deste país, quando não também dos seus descendentes, através de pensões e benefícios especiais vitalícios.
E o que recebemos em troca? Bem, não preciso responder, não é verdade? Todos sabemos: Cidades, estados e país falidos; serviços inexistentes ou precários; humilhação, descaso e grosseria (salvo raríssimas exceções advindas de gente decente e comprometida) e, principalmente, uma dívida impagável a infernizar também os nossos filhos, netos e bisnetos, pois nada disso será resolvido sequer nas próximas duas ou três décadas, tal qual ocorreu consosco que também assistimos os nossos pais passarem pelas mesmíssimas coisas.
O Brasil vive um caos generalizado. Um caos moral, estrutural e financeiro. A quebra dos estados está a nos mostrar o tamanho do buraco. O Rio de Janeiro é só a parte mais evidente do que essa gente fez conosco nos últimos anos. Sem uma reviravolta no tamanho e na forma do estado, nada dará jeito. A máquina tem de diminuir, tem de custar menos e tem de trabalhar mais e melhor. Sem demissões, sem redução de salário e de benefícios, sem aumento de produtividade, não há arrecadação que suporte.
E anotem aí: Vai piorar muito ainda antes de melhorar. Se é que irá melhorar!
Mais pura REALIDADE !!
Imbecil fascista prepare-se para responder a vários processos.
O pior cego é o que não quer enxergar! Por acaso você precisou ir em um hospital público ultimamente? Precisou de um serviço de algum fórum ou tribunal? Teve a necessidade de matricular seu filho em alguma instituição de ensino pública? Quando você sair da sua caixinha vai entender exatamente o que o Kertzman quer dizer! Sinceramente, vejo amigos “estudando para passar em concursos públicos” só por causa da grana, ninguém faz concurso pela carreira. Acabam passando e “trabalhando” a vida inteira em profissões que detestam, prestando um serviço da pior categoria. Trabalhar de verdade, pouquíssimos querem!
Fardo petista: “Usaremos o ‘idiota útil’ na linha de frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos sua base moral, a família e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem de nossas mesas. O Estado será Deus“. Lenin
Gente! Não sabia que Lenin era Petista.
Ricardo, sinceridade eu gostaria que o problema fosse simplesmente o que falou, mas não o é, é mais complexo e de mais difícil solução. A análise pura e simples como você colocou apenas atende aos interesses políticos e não ao povo, muito ainda deve ser analisado e uma reflexão mais acertada será como acontece na Europa hoje, reduções em pensões, redução do investimento público, diminuição de rendas, mas aqui o Estado já está construído, coisa que não ocorreu aí.
Pois é. Ótimo texto!
Entretanto, faltou você falar que o Brasil está quebrado, mas fez Copa do Mundo e Olimpíada. E que estamos pagando o preço de uma copa e uma olimpíada que não deveriam ser realizadas no país, pois haviam outras prioridades que deveriam ser tratadas antes de pensar em sediar estes eventos. Investimentos em educação, tecnologia, área de saúde e infraestrutura. Veja a calamidade no Rio de Janeiro. Estado falido em todas as esferas.
Mas o povo gosta é de circo. Então o governo deu circo. Todos se divertiram durante 30 dias em cada evento e bateram palmas para os estrangeiros. Quando a lona do circo foi retirada a realidade veio à tona e está batendo no lombo de todos agora.
E vamos pagar esta conta por muito tempo, graças à ignorância e alienação dos brasileiros.
O governo é o retrato de quem ele governa. São burros governando burros.
Sou funcionário público. Trabalhei 30 anos. Fiz milhares de horas extras e não recebi. Nunca tive vantagens extras além do salário. A maioria dos funcionários ganha pouco e trabalha muito. Cobre daqueles que ganham enormidades, principalmente no Legislativo e Judiciário.
É o que estou fazendo.
Ricardo, um bom dia; Lílian, de novo.
Eu também sou funcionária pública aposentada; recolhi todos os meus impostos, desde o primeiro dia de trabalho, sem atraso e sem possibilidade de sonegação; por quê? Porque tudo o que um funcionário público deve ao Estado, impostos e demais encargos é retirado de seu salário, ainda na fonte, antes dele ser creditado para o cidadão. Se a previdência está nestas condições deve-se ao mau uso destes valores que foram colocados no caixa do Estado, dia após dia, durante 30 anos, por cada funcionário público. Nunca me encaixei no estereótipo/ arquétipo “paletó na cadeira”; fui perito criminal; trabalhei em duas de chuva, feriados, natal, virada de anos, de acordo com a escala de trabalho; não me envergonho de minha profissão e fico sentida de saber que a população atribui ao funcionalismo público esta conta… Embora quem mais sonega – e aqui vamos deixar uma brecha para outro post: em virtude de uma carga tributária excessiva-, ainda é o cidadão que não recolhe FGTS, não coloca às claras suas declarações de imposto de renda e por aí vai… Perdoe-me o desabafo. Com respeito e carinho.
Lilian, você é um belo exemplo de uma minoria dentre uma categoria. Note que não personalizo minha crítica, mas, sim, a faço a uma categoria. Funcionalismo público é diferente de funcionário público, e aqueles como você não deveriam se sentir ofendidos. Abraço e obrigado mais uma vez.
Ricardo, na verdade você está colocando todo o funcionalismo público no nesmo saco e isto não esta correto!
Não estou, não, Genario. Ao menos no sentido pejorativo. Abrs
O autor se limita a colocar o funcionalismo público tudo em um balaio só. Tanto os professores, bombeiros, médicos do PSF, são equiparados com deputados, vereadores, prefeitos…
A começar pela foto de Pezão para ilustrar a matéria, que busca incessantemente legitimar um processo neoliberal e de privatizações. Ora meu caro, sejamos justos, os Estados Unidos detém um sistema público de saúde e educação angustiante, privatizados, e sem qualidade nenhuma na prestação dos serviços, que é seletivo e não universal.
No Brasil, o poder que o grande capital exerce sobre as políticas públicas é impressionante, não só como financiador das campanhas eleitorais, mas como manipulador de todo o sistema judiciário. O poder fiscalizador do Estado é corrompido e o legislador não fica a meia légua disso.
Você diz “os Estados Unidos detém um sistema público de saúde e educação angustiante, privatizados, e sem qualidade nenhuma na prestação dos serviços, que é seletivo e não universal”… ora meu caro, o sistema de saúde e educação americano é ruim se comparado ao seu próprio sistema privado ou a sistemas públicos de outras nações de primeiro mundo, mas nunca se comparado ao nosso SUS – lá não tem gente morrendo nas filas, esperando cirurgia por meses ou anos, interrompendo quimioterapia no meio do tratamento. Morei em Durham – Carolina do Norte, meus filhos estudaram em escolas públicas melhores até que as escolas privadas que estudam agora no Brasil. O norte americano valoriza o trabalho (o louco do Trump, ou Collor americano, ganhou prometendo empregos, e não bolsa isto, bolsa aquilo). Acorda, esquece o socialismo, esquece o estado paternalista, ou você quer que nos tornemos a Grécia?
Caro Sotero, impressiona o dualismo político que limita a capacidade de análise de conjuntura. Em nenhum momento da minha exposição mencionei o socialismo, mas qualquer crítica ao sistema capitalista é visto como uma perspectiva socialista, será que é isso? Devemos pensar adiante da Guerra Fria, não é mesmo?
Nos EUA temos uma desigualdade enorme no sistema de ensino superior, sendo algumas faculdades a própria materialização do sistema racial e de classes da sociedade americana, e isso é um fato concreto, e para isso existem bolsas de estudo por lá também.
O sistema de saúde é uma prova concreta contra o conto de fadas da eficiência do setor privado. Quanto custa um soro antiofídico nos EUA?
Ainda assim Sotero, você solapa a história ao se contrapor ao Estado Paternalista. Acredita piamente na “mão livre do mercado” e se esquece do Crash de 1929 e da importância do Keynesianismo para os EUA.
O ciclo de reprodução do capital é esse, quer queira ou não. Nos momentos de grande acumulação, os neoliberais rejeitam a figura do Estado e proclamam guerra a qualquer política de redistribuição de riquezas, mas nos momentos de recessão recorrem a estrutura estatal e suas reservas para salvar no mercado, como foi nos EUA (com a Ford e Chevrolet em 2009) e no Brasil (Oi em 2014…)
Horrível esse artigo….raso….sem lastro…..preconceituoso…….sou funcionária pública a anos….não sou o fardo …pelo contrário…tento fazer o melhor de mim para ajudar no crescimento dessa porcaria de Brasil …..e eis que me deparo com as escritas de um imbecil igual a vc….realmente o brasileiro adora meter o bedelho em tudo ! A Internet deu mesmo voz aos idiotas
Daniela… não… sei…porque… você… me…chama… de… imbecil…mas… posso…dizer…o…mesmo…de…quem…escreve…assim…que…tal?
Claro, agora a culpa é do funcionário público, que em sua enorme maioria , trabalha com salários indignos e merece ser taxado de vilão do Brasil. Porque não jogar a culpa então nós pobres e miseráveis deste País, que por sua condição de ignorância e pouca educação nunca souberam escolher seus governantes, tanto que deu no que deu. Claro que existem os super funcionários, mas este é um capítulo a parte e não uma regra como nôs faz acreditar o Autor.
Não te faço acreditar em nada, Xará. Cada cabeça uma sentença.
quando leio esse comentários a unica coisa que penso é que se suprimissem da língua 4 palavras, proibindo seu uso, acabaria a esquerda: preconceito, hipocrisia, fascismo e machismo…eles sacam esse arsenal a torto e a direito sem o menor critério nem ter a menor ideia do que significam…usam pq leram em algum lugar a acharam bacana,,,,
kkkk perfeito. Principalmente FASCISMO. Parabéns pela observação.
Mais um ignorante, que não sabe nada de administração pública e que não teve competência de entrar no serviço público através de concurso público dando sua opinião substancialmente evasiva. Os servidores públicos efetivos não tem nada haver com a situação econômica do país. Isto daqui está do jeito que está por causa da corrupção institucionalizada, pela má gestão de anos de governos incompetentes, de distorções salariais absurdas nas esferas do executivo, legislativo e judiciário, de pensões absurdas etc. Não coloque na conta dos servidores uma culpa que não é dele. Até porque a maioria deles além de ganharem pouco, não tem fundo de garantia, não recebem horas extras, trabalham com seriedade e na maioria das vezes são maltratados e colocados de lado para atender a indicações políticas, ou seja os famosos COMISSIONADOS. Alem do mais, este mesmo povo sofrido que vc defende e o mesmo que vota em troca de favores e é conivente com este câncer que assola a nossa sociedade, A CORRUPCAO! Essa sua visão nada mais é do que produto dessa elite que chora por acabar com as leis trabalhistas, que explora o povo sofrido que vc fala é que se não fosse as leis nem salário pagavam a seus empregados. Não sei como Estado de Minas tem coragem de veicular uma opinião tão superficial como esta é que não apresenta a realidade. Também pudera: o que também esperar da nossa mídia brasileira né…
Mas que bom, né, Sérgio, que temos gente superior assim como você a nos colocar em nosso devido lugar.
É Ricardo, hoje é ponto facultativo. Mais um dia enforcado. Dizem que os pontos a serem olhados são os de altíssimos salários mas a verdade é quem o funcionário público mal remunerado neste país é o professor e o militar (lá de baixo do organograma). Os funcionários públicos ganham um boníssimo salário se comparado ao restante da população, mas querem mais. às vezes eu fico pensando que a solução é mesmo alugar o Brasil…
gosto dos seus textos Ricardo, mas este está vergonhoso. Nós Funcionários Públicos mais uma vez vamos pagar a conta??/
Paulo, me desculpe, mas o funcionalismo público — não, UM funcionário público — não paga a conta. Abraço.
Boa tarde a todos. Ricardo, só uma observação: esta, assim como todas as suas outras análises, é maniqueísta, parcial e rasa como um pires. Respeite as pessoas, não generalize. Assim vc fica parecendo os antisemitas para quem todo judeu não presta.
au…au (novamente)
Boa tarde a todos. Ricardo, só uma observação: esta, assim como todas as suas outras análises, é maniqueísta, parcial e rasa como um pires. Respeite as pessoas, não generalize. Assim vc fica parecendo os antisemitas para quem todo judeu não presta.
au…au (novamente)