Tirando o atraso dos blockbusters

Deadpool & Wolverine (2024)

Desde a primeira peça publicitária divulgada, Deadpool & Wolverine era tido como o filme que iria revolucionar o Universo Marvel, consertando as linhas temporais e trazendo para campo quem havia ficado de fora, como os X-Men. O que vimos foi um festival de referências para os fãs, uma metralhadora de piadinhas infames e uma trama que partiu de lugar nenhum e ficou rodando em volta do próprio rabo. É divertido, raso e esquecível na mesma medida.

Um Lugar Silencioso: Dia 1 (A Silent Place: Day One, 2024)

Escolhido por John Krasinski após a estreia em Pig (2021), Michael Sarnoski assumiu a direção desse terceiro filme da franquia Um Lugar Silencioso e os dois escreveram o roteiro juntos. Trazendo novos personagens, eles mostram como foi a chegada dos alienígenas assassinos sensíveis a sons em Nova York, mudando radicalmente de cenário. O resultado é tão instigante quanto os anteriores e o pouco que sabemos sobre aquelas pessoas é o suficiente para que nos importemos. Lupita Nyong’o é o coração do elenco, que ainda conta com Joseph Quinn, Alex Wolff e Djimon Hounsou (de volta).

Furiosa: Uma Saga Mad Max (Furiosa: A Mad Max Saga, 2024)

Retomando sua saga Mad Max, o diretor e roteirista George Miller conta uma história pré Estrada da Fúria: sai Charlize Theron e entra Anya Taylor-Joy como a versão mais jovem de Furiosa. Um roteiro quase inexistente dá lugar à ação que parece se repetir, resultando em um filme cansativo. Taylor-Joy faz o que pode e Chris Hemsworth foge de sua zona de conforto, sendo os dois os destaques dessa aventura insossa.

Planeta dos Macacos: O Reinado (Kingdom of the Planet of the Apes, 2024)

Sai Matt Reeves e entra Wes Ball, da trilogia Maze Runner, na condução desse quarto Planeta dos Macacos – nessa encarnação atual. Um jovem macaco tem sua vila atacada e, após capturado, vai parar no reinado do vilão da vez. Aventura honesta, divertida, com seus momentos de tensão e bons efeitos visuais. Não me importaria de ver mais histórias com Noa.

Twisters (2024)

Bebendo na fonte do longa de 1996, e atualizando-o, esse novo Twisters consegue ser minimamente interessante mesmo com o roteiro mais previsível dos últimos tempos. Toda a graça se deve a seu casal de protagonistas, a simpática Daisy Edgar-Jones e o galã do momento, Glen Powell. Novas gerações de caçadores de tornados se dividem entre os que só buscam espetáculo para a internet e os que pretendem conseguir dados para ajudar a diminuir os danos causados. A inglesa Edgar-Jones se torna a típica garota da fazenda norte-americana e Powell tem mais conteúdo do que demonstra por trás do sorriso irritante e canalha.

Sobre Marcelo Seabra

Jornalista e especialista em História da Cultura e da Arte, é atualmente mestrando em Design na UEMG. Criador e editor de O Pipoqueiro, site com críticas e informações sobre cinema e séries, também tem matérias publicadas esporadicamente em outros sites, revistas e jornais. Foi redator e colunista do site Cinema em Cena por dois anos e colaborador de sites como O Binóculo, Cronópios e Cinema de Buteco, escrevendo sobre cultura em geral. Pode ser ouvido no Programa do Pipoqueiro, no Rock Master e nos arquivos do podcast da equipe do Cinema em Cena.
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