Repescagem 2022: Marte Um

Uma família negra da periferia da Grande BH, Minas Gerais, vê Jair Bolsonaro sendo eleito. A partir daí, imagina-se que isso terá grandes consequências. Não, não nas vidas daquela família. Marte Um (2022) é marcado por várias possibilidades não concretizadas, como essa, e não chega a lugar algum.

Quando parece que o filme vai se centrar em Deivinho (Cícero Lucas), que joga futebol para agradar o pai (Carlos Francisco), mas quer ser astrofísico, o roteiro opta por cobrir toda a família, acompanhando as rotinas de cada um para, pouco depois, abandonar todas as premissas vislumbradas. A mãe (Rejane Faria) se envolve em uma situação ridícula que não dá em nada. E o mesmo é observado com todos os demais.

O diretor e roteirista Gabriel Martins não escolhe qual caminho quer seguir e acaba não seguindo nenhum. Os diálogos não são inspirados e a qualidade do som não ajuda. As atuações variam do correto ao risível, mas o roteiro não ajuda o elenco, que não tem muito com o que trabalhar. Ao final, fica a dúvida do que se pretendia com Marte Um.

Os pais também têm suas histórias, mas nada é conclusivo

Sobre Marcelo Seabra

Jornalista e especialista em História da Cultura e da Arte, é atualmente mestrando em Design na UEMG. Criador e editor de O Pipoqueiro, site com críticas e informações sobre cinema e séries, também tem matérias publicadas esporadicamente em outros sites, revistas e jornais. Foi redator e colunista do site Cinema em Cena por dois anos e colaborador de sites como O Binóculo, Cronópios e Cinema de Buteco, escrevendo sobre cultura em geral. Pode ser ouvido no Programa do Pipoqueiro, no Rock Master e nos arquivos do podcast da equipe do Cinema em Cena.
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