Minions seguem arrebatando o público

Quarta maior bilheteria mundial do ano (até o momento) e primeiro lugar no Brasil por oito semanas, somando 17 entre os primeiros colocados, Minions 2: A Origem de Gru (Minions: The Rise of Gru, 2022) é a animação mais assistida do Brasil em 2022 e segue firme levando o público às salas. Seguindo os passos da trilogia Meu Malvado Favorito (Despicable Me), a franquia dos pequenos seres amarelos tem aumentado seus números, o que deixaria Gru num misto de orgulho e inveja.

É estranho que o filme que conta a ascensão de Gru pertença à franquia dos Minions, e não à do próprio Gru. Tudo bem que se trata do mesmo universo, mas seria mais adequado que o título fosse Meu Malvado Favorito 4. Pode-se argumentar, no entanto, que a aventura dá bastante espaço aos amarelinhos principais: Stuart, Kevin, Bob e Otto, que continuam tendo a voz do francês Pierre Coffin, codiretor dos quatro episódios anteriores.

Embora existam dezenas de minions trabalhando juntos, são sempre os quatro que ganham mais relevância. Na trama dessa pré-continuação, vemos o momento em que eles e Gru se conhecem, além da chegada de outros personagens importantes, como o Dr. Nefario (voz de Russell Brandt). Tudo o que o então cabeludo Gru deseja, aos 12 anos de idade, é se tornar um grande vilão. E ele vê uma oportunidade quando um grande grupo maligno abre uma vaga.

O Vicious Six (quase o Sexteto Sinistro da Marvel) comete seus crimes e é caçado por uma divisão especial da polícia, sempre se safando. Gru sonha se tornar membro e aí a trama começa. Todos os dubladores dos malvados são figuras interessantes: Alan Arkin, Taraji B. Henson, Jean-Claude Van Damme, Dolph Lundgren, Danny Trejo e Lucy Lawless. E o elenco ainda conta com Michelle Yeoh e Julie Andrews. No entanto, o grande destaque segue sendo Steve Carell, que inventa uma voz esganiçada para o garoto que tem tudo a ver com a idade.

Para um filme que se pretende uma comédia, há pouca graça nesse Minions 2. Há situações criativas, com engenhocas e planos mirabolantes, que certamente vão entreter os mais novos, e não chega a desagradar os adultos. É uma espécie de jogo ganho, já que aprendemos a gostar desses personagens e ficamos ávidos por novas aventuras. É uma boa sacada voltar na década de 70 e muitas músicas ótimas são utilizadas. No fim das contas, mesmo sem rir muito, todos devem ficar com um sorriso no rosto, o que explica os excelentes resultados nas bilheterias. E garante vida longa a todos eles.

Esses três foram essenciais à trama

Marcelo Seabra

Jornalista e especialista em História da Cultura e da Arte, é atualmente mestrando em Design na UEMG. Criador e editor de O Pipoqueiro, site com críticas e informações sobre cinema e séries, também tem matérias publicadas esporadicamente em outros sites, revistas e jornais. Foi redator e colunista do site Cinema em Cena por dois anos e colaborador de sites como O Binóculo, Cronópios e Cinema de Buteco, escrevendo sobre cultura em geral. Pode ser ouvido no Programa do Pipoqueiro, no Rock Master e nos arquivos do podcast da equipe do Cinema em Cena.

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